Como cuidar de suas plantas no verão

Como cuidar de suas plantas no verão

Características gerais:

– As plantas, como todos os seres vivos, sentem as sensações térmicas: frio, calor, bem como a falta de nutrientes, falta de umidade, etc.

– Toda atenção dispensadas a elas, para mantê-las saudáveis, será recompensado com a beleza de suas flores, ou folhagens vistosas.

– A planta como todos os seres vivos se adapta a várias situações, no entanto, primeiro será necessário aclimatá-las, para que não sofra o estresse de uma mudança brusca de habitat, no seu novo ambiente.

– O verão se caracteriza pela alta luminosidade e temperatura do sol, muitas plantas são sensíveis à exposição direta a luz solar e acabam definhando.

– No verão as plantas continuam exuberantes, a umidade relativa do ar ainda está em alta. No entanto, é preciso conhecer as características particulares de cada planta para saber o tipo de ambiente que ela necessitará para permanecer saudável.

Regas:

– As regas sempre deverão ser feitas apenas para manter o substrato do vaso ou, do canteiro do jardim, levemente umedecido.

– Com o calor do verão, haverá maior evaporação da água das regas, e em linhas gerais, deverão ser aumentadas para duas vezes ao dia. No entanto, antes de processá-la, será necessário verificar a umidade do substrato com a ponta do dedo indicador.

– Regar as plantas de vaso ou, o jardim nas primeiras horas do dia, e ou, bem à tardinha quando a luminosidade do sol estiver mais amena.

Notas:

– É preciso prestar mais atenção com os vasos pequenos, pois, o seu substrato secará com maior facilidade, devido o seu pequeno volume de material.  Necessitando de regas com maior frequência.

– Ao invés de fazer regas rápidas de forma superficial, o faça sempre de forma branda e profunda, para que a água penetre no substrato e as raízes possam absorvê-la. Agindo assim, o número de regas poderá ser até diminuído.

– Evitar encharcamentos, o excesso de água apodrecerá as raízes e, ou, o surgimento de doenças provocadas por fungos e bactérias.

Adubação:

– No verão a fertilização das plantas deverá ser feitas, geralmente, a cada 15 dias.

– Utilizar sempre o adubo recomendado para cada tipo de planta, obedecendo às instruções, bem como as quantidades descritas  no rótulo do produto, indicadas pelo fabricante.

Transplantes:

– As mudas recém-transplantadas deverão ficar em locais protegido da luz direta do sol.

– O substrato sempre mantido com umidade constante.

Tratos culturais:

– livrar o seu jardim das ervas daninhas, competidoras dos nutrientes do solo.

– Observar com frequência as plantas de vasos, que geralmente, são mais sensíveis ao ataque por insetos, fungos e bactérias, para fazer a devida prevenção.

Combate de pragas com receitas caseiras:

– É perfeitamente possível tratar essas pragas com receitas naturais, simples e de baixa toxidade.

– O cheiro forte proveniente das plantas aromáticas como: arruda, alfavaca, hortelã, manjericão e gerânio, repelem insetos como: moscas, mosquitos etc.

Cavalinha:

– Combate doenças fúngicas e fungos de solo.

– Ferver 50 g de cavalinha em 1 litro de água por 20 minutos.

– Coar e diluir o conteúdo em 10 litros de água.

– Colocar a solução num pulverizador e aspergir sobre a  planta contaminada.

Arruda:

– Combate pulgões, cochinilhas e ácaros dos ramos e folhas.

– Bater no liquidificador, um ramo grande de arruda, em 1 litro de água.

– Coar e aspergir sobre a planta nos locais afetados.

Alho:

– O Suco preparado com alho combate bactérias, fungos, nematoides e outros insetos nocivos à planta.

Suco de Alho:

– Dissolver 50 g de sabão de coco em 4 litros de água quente.

– Em seguida, juntar 2 cabeças de alho trituradas no liquidificador.

– Adicionar também 4 colheres (chá) de pimenta vermelha.

– Deixar a infusão em repouso por algumas horas.

– Em seguida, Coar e pulverizar as plantas afetadas.

Hortelã e salsa:

– O cheiro forte da hortelã e da salsa, expulsa formigas cortadeiras, que acabam trazendo vários outros tipos de contaminação.

-Aconselha-se plantar hortelã e salsa nas proximidades dos limites de jardins para evitar a aproximação desses insetos.

Caramujos e lesmas:

-Caso ocorra contaminação por lesmas e caramujos, existe nas lojas especializadas em plantas, alguns tipos de iscas que combatem esses moluscos nocivos ao jardim.

Com preparar a Calda Bordalesa – Para o combate de doenças fúngicas.

Com preparar a Calda Bordalesa – Para o combate de doenças fúngicas.

Calda bordalesa, também conhecida como mistura de Bordeaux é um composto formado pela simples mistura de dois componentes químicos com água: sulfato de cobre (II) e cal hidratada ou cal virgem, transformando um fungicida agrícola tradicional, largamente utilizado em diversas culturas para combater ou prevenir doenças, principalmente as provocadas por fungos, especialmente o fungo Míldio, que ataca a parte aérea das plantas: ( videiras, tomateiros, batateiras, caquizeiros, citros, orquídeas e tantas outras culturas,)

Como preparar a calda bordalesa

Ingredientes:

Cal hidratada – Hidróxido de cálcio – Ca(OH)2  ou, Cal virgem – Óxido de cálcio –  CaO

Sulfato de cobre II ou sulfato cúprico – CuSO4.

Água – H20

A composição da calda bordalesa é:  1litro de calda a 1% – (1:1:100), ou seja: para se preparar um litro da calda, precisaremos misturar: 10g de sulfato de cobre (CuSO4), 10g de cal virgem (CaO a 95%) e 1 litro de água em temperatura ambiente.

A formulação a seguir, é para o preparo de 10 litros do composto.

Ingredientes:

– 100 gramas de Cal.

– 100 gramas de sulfato de cobre

– 10 litros de água.

Obs.

– Para obtenção de outros volumes, é só manter as mesmas proporções entre os ingredientes acima citados.

Dissolução do sulfato de cobre:

– Colocar 100 g de cristais de sulfato de cobre (CuSO4), dentro de um pano de algodão poroso, amarrar o pano, fazendo uma trouxinha,  e mergulhar dentro de um litro de água morna, num recipiente não metálico, durante 24 horas. Geralmente esse tempo é suficiente para completa dissolução dos cristais do sulfato de cobre.

Dissolução da cal:

– Em outro recipiente, deverá ser feito a queima de 100 g da cal virgem ( CaO), com água, adicionando pequenas quantidades, até completar nove litros do composto.

– Caso utilizar cal hidratada – Ca(OH)2, é só misturar a cal até formar nove litros do composto.

Preparação da calda bordalesa:

Em um terceiro recipiente não metálico, misturar a dissolução do sulfato de cobre com a dissolução da cal, mexer fortemente, com uma colher de madeira, até obter um composto totalmente homogêneo.

Nota:-

Depois de preparada, a mistura deveria estar neutra, ou de preferência com o pH levemente alcalino. Do contrário, poderá haver riscos de fitotoxidade, provocados pelo sulfato de cobre livre.

– Para medir o pH da mistura, caso não dispor de um pHmetro, poderá introduzir um objeto metálico,  (por exemplo: a lâmina de um canivete ou de uma faca), mergulhando-os, durante dois a três minutos no preparado. Caso a lâmina de aço escurecer, é sinal de acidez excessiva. Para corrigir o pH, adicionar mais mistura de composto de cal e ir fazendo a checagem até que a calda fique com o seu pH o mais próximo de neutro, ou levemente alcalino.

Notas:

– A calda bordalesa combate as doenças por meio dos íons de Cobre (Cu2+).

– Estes íons afetam as enzimas dos esporos dos fungos, impedindo o seu desenvolvimento.

– Portanto, o composto preparado, deverá ser utilizado como preventivo, antes do estabelecimento de doenças provocadas por fungos.

– A fórmula supracitada da calda bordalesa, é indicada para a grande maioria das plantas adultas.

– Plantas jovens, brotações, etc. a calda deverá ser diluída com 50% de água.

– A calda preparada deverá ser utilizada dentro de um período de 24 horas, depois desse tempo tende a oxidar, perdendo ou, diminuindo o seu principio ativo.

– O tratamento deverá ser repetido a cada 15 dias.

– Evitar a aplicação do composto em dias muito frios, sujeitos a ocorrência de geadas.