Como fazer mudas de Guarantã – Esenbeckia leiocarpa.

Como fazer mudas de Guarantã – Esenbeckia leiocarpa.

Nome científico: Esenbeckia leiocarpa.

Nome popular: Guarantã, Guarataia, Pau-duro, Goiabeira, etc.

Família: Rutaceae.

Origem: Brasil

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de médio a grande porte e, poderá alcançar até 30 metros de altura.

– A espécie ocorre naturalmente do Sul da Bahia até São Paulo, na floresta tropical pluvial, onde o bioma com a vegetação de folhas largas e perenes, apresenta um clima úmido e quente que lhe confere um padrão excelente de crescimento.

– A espécie ocorre naturalmente também, em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás em floresta latifoliada semi-decídua, típica do Brasil Central, que é uma região regulada por dupla condição climática: uma estação com chuvas intensas de verão, seguidas por um período de estiagem no inverno.

– Geralmente, a árvore apresenta tronco ereto e depois de adulta atinge mais de 40 cm de diâmetro.

– A planta apresenta madeira de boa qualidade que suporta as intempéries do tempo, por longos anos.

– A planta apresenta desenvolvimento moderado, geralmente, atinge dois metros de altura com dois anos de idade.

Floração:

– As flores de coloração branco-creme, dispostas em panículas terminais, ocorrem coincidentemente no período chuvoso do ano (setembro a janeiro).

Frutificação:

– Os frutos se apresentam em forma de cápsula, com superfície externa esverdeada e lisa, contendo sem seu interior sementes negras e duras.

– A maturação dos frutos ocorre de julho a agosto.

– Para obtenção das sementes, aconselha-se colher os frutos quando iniciarem a abertura da casca, em seguida poderá ser exposto ao sol, para completar o processo de abertura.

– As sementes poderão ser armazenas, em condições especiais, por até nove meses.

Propagação:

– A multiplicação da planta é feita por sementes.

– 1 Kg de sementes equivale a 9.500 unidades.

– O plantio poderá ser feito em tubetes de plástico, com substrato rico em material orgânico, acondicionados em viveiros sombreados.

– A emergência das sementes ocorrerá dentro de 30 dias.

– A germinação é considerada alta, em média, de 65%.

– O tempo de crescimento das mudas é moderado e, deverão permanecer no viveiro, em torno de 6 a 8 meses.

– As mudas para serem levadas a campo deverá apresentar, em média, 50 cm de altura.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada ao clima quente e úmido de regiões tropical e subtropical e deverá ser cultivada à meia sombra.

– A planta jovem não tolera a incidência direta da luz solar.

Solo:

– O Solo para plantio definitivo, deverá ser fértil, rico em material orgânico, profundo e úmido.

– A planta não é considerada pioneira e, a muda deverá ser plantada em local sombreado e/ou semi-sombreado.

Tratos culturais:

– Não há grandes necessidades.

– Trata-se de uma planta relativamente rústica, obedecendo-se a suas exigências de sombreamento e solo com boa umidade.

Como fazer mudas de Sucupira – Faveiro – Pterodon emarginatus

Como fazer mudas de Sucupira – Faveiro – Pterodon emarginatus

Nome científico: Pterodon emarginatus.

Nome popular: Faveiro, Sucupira, Sucupira-Branca, Fava-de-sucupira, Sucupira-lisa.

Família: Fabaceae.

Origem: Brasil, Mata atlântica e regiões de cerrado.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore rústica, de médio porte, que poderá ultrapassar 16 metros de altura, nativa em terrenos secos e arenosos.

– Apresenta madeira dura, muito utilizada na indústria madeireira.

– A planta floresce em setembro no início da estação chuvosa. As flores de coloração rosadas, apresentam-se em forma de inflorescências.

– O fruto tipo legume, alado, (asa membranácea para dispersão natural), contém em seu interior, uma única semente protegida pela cápsula fibrosa e envolta em substância oleosa, numa estrutura esponjosa. Os frutos amadurecem em junho-julho.

Clima:

– Trata-se de planta adaptada ao clima Quente: Equatorial, Tropical, Subtropical e, deverá ser cultivada a céu aberto e sol pleno, planta exigente em luminosidade.

Propagação:

– A multiplicação da planta é feita por sementes.

Nota:

–  Aquelas sementes de Sucupira que geralmente são encontradas em lojas de produtos naturais e/ou, raizeiros, que quando são maceradas solta um óleo amargo que, geralmente, é utilizado como remédio na farmacologia popular, não são sementes.  Na realidade, o que chamamos de semente é o fruto da sucupira. A semente está contida lá dentro daquele invólucro oleoso.

Procedimentos:

– Coletar os frutos de plantas saudáveis.

– Mergulhar os frutos em uma vasilha com água para fazer uma separação preliminar.

– Os que flutuarem, certamente estarão carunchados e deverão ser desprezados, pois, não irão germinar.

– Os frutos que afundarem estarão aptos a serem preparados para plantar.

Preparação das Sementes:

– De posse de uma tesoura de poda, recortar com cuidado as arestas do invólucro oleoso do fruto, para extrair a semente.

– Em seguida, as sementes liberadas deverão passar por um processo de lavagem com água e detergente para eliminar o óleo remanescente, existente no fruto, pois esse óleo é um inibidor natural, responsável pela dormência vegetativa da semente. A remoção do óleo irá facilitar a absorção de água para promover a emergência da plântula.

– Na sequência, as sementes prontas, passadas pelo processo de lavagem, poderão ser plantadas em canteiros, balainhos feitos com sacos de polietileno, tubetes plástico, embalagem descartável, etc.

– Caso utilizar balainhos, tubetes plástico, aconselha-se plantar duas sementes por balainho. Caso as duas germinarem, uma poderá ser repicada para outra embalagem.

– As sementes deverão ficar enterradas no substrato, em média, 1,0 cm de profundidade.

– Regar com jato leve de água para não desenterrar as sementes.

– Manter o substrato umedecido, em provocar alagamentos.

– Dentro de um mês as sementes férteis já emergiram.

– Geralmente, com 5 meses, as mudas já estarão prontas para irem a campo.

Solo:

– Utilizar terra fértil com esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1.

– Para solo argiloso utilizar: terra argilosa, areia e esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1:1.

Nota:

– Aconselha-se fazer aclimatação das plantas pelo método da exposição gradativa ao sol, por duas semanas, antes de serem levadas a campo.

– O plantio em local definitivo deverá ser feito em dias nublados, no final da tarde quando o sol estiver com temperatura mais branda ou, no início da estação chuvosa.

 

Como fazer mudas de Vinhático – Plathymenia foliosa

Como fazer mudas de Vinhático – Plathymenia foliosa

Nome científico: Plathymenia foliosa

Nome popular: Vinhático, Amarelinho, Vinhático-amarelo, Pau de candeia

Família: Fabaceae Mimosoideae.

Origem: Brasil, Regiões de cerrado.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore leguminosa de ciclo de vida perene, de médio e grande porte, que poderá ultrapassar 25 metros de altura, com diâmetro do tronco acima de 0,40 metros.

– Seu porte irá depender do local de ocorrência: No meio da mata, ficará alta e esquia. No cerrado e campo aberto, crescerá menos, porém, com copa e galhada mais ampla.

Ocorrência principalmente em regiões de cerrado-forte (Centro-oeste e Nordeste) e, também em matas de algumas regiões brasileiras.

– A madeira amarelo-canela é de textura média e de longa durabilidade.

Floração e frutificação:

– A planta floresce nos meses de Novembro e Dezembro.

– As flores bissexuadas, são de coloração branca-creme, dispostas em pequenos cachos espigados, que surgem nas axilas das folhas e/ou, na parte terminal dos galhos.

– Por tratar-se de uma leguminosa, as sementes ocorrem dentro de vagens de coloração vermelha-escuro, contendo até 10 sementes duras, na cor marrom-claro.

– As sementes são pequenas, geralmente com 0,5 cm de comprimento, dispostas dentro de envelopes de película branca, membranácea, (sementes aladas), que poderão facilmente ser dispersas pelo vento, fazendo a propagação natural da planta.

– A coleta das sementes poderá ser feita de Julho a Setembro.

– As vagens deverão ser colhidas diretamente da árvore matriz, no início da dispersão espontânea das sementes.

– Em seguida, deverão ser levadas ao sol, para completarem sua abertura e a liberação das sementes.

Propagação:

– A multiplicação da planta é feita através de sementes.

– As sementes deverão ser plantadas imediatamente após serem colhidas.

– Não haverá necessidade de retirar a película membranácea (envelope) que envolve a semente.

– As sementes poderão ser plantadas em canteiros tipo sementeiras, para futuro repique em balainhos feitos com sacos de polietileno. Ou, se preferir, poderão ser plantadas diretamente nos sacos de polietileno.

Substrato dos canteiros e/ou dos sacos de polietileno:

– O substrato deverá ser um composto organo-arenoso, o mesmo, substrato típico do seu ambiente nativo (cerrado), ou seja: um substrato de média fertilidade, totalmente drenável. E poderá ser feito misturando: terra fértil com areia, na proporção de 2:1.

– As sementeiras e/ou, sacos de polietileno, deverão ser dispostos em locais semi-sombreados.

– Aplicar as sementes de forma que elas fiquem soterradas no substrato, em média, 2,0 cm de profundidade.

– Caso as mudas forem feitas em sacos de polietileno, aplicar 2 sementes por saco.

– Irrigar com jato leve de água, para não desenterrar as sementes.

– Manter o substrato sempre com boa umidade sem encharcamento.

– Geralmente, em 15 dias ocorrerá a emergência das sementes férteis.

– Em condições naturais, a taxa de germinação é inferior a 20%. Diante dessa baixa porcentagem, urge a necessidade de desenvolver estudos para a quebra de dormência das sementes para aumentar o índice de emergência.

Nota:

– Para as mudas germinadas nas sementeiras, ao atingirem, em média 10,0 cm de altura, já poderão ser transplantadas em sacos de polietileno.

– Em média, com 12 meses as mudas já poderão ser levadas para serem repicadas em local definitivo.

– Trata-se de plantas de desenvolvimento lento, classificada como: “Secundária Tardia”, pois, não ultrapassa 3,0 metros de altura aos 2 anos de idade.

Nota:

-Antes das mudas serem levadas a campo, aconselha-se fazer a rustificação das mesmas, pelo método da aclimatação gradativa ao sol, por um período de 2 semanas.

Como fazer mudas de Barbatimão – Stryphnodendron adstringens

Como fazer mudas de Barbatimão – Stryphnodendron adstringens

Nome científico: Stryphnodendron adstringens.

Nome popular: Barbatimão, barbatimão verdadeiro, barba de timão, charãozinho roxo, casca da virgindade.

Família: Fabaceae-Mimosoideae.

Origem: Brasil, Regiões de cerrado, Endêmica no Centro-oeste brasileiro.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de pequeno porte, pertencente à família das leguminosas, que poderá ultrapassar 4,0 metros de altura, com diâmetro do tronco, em torno de 0,30 metros.

– A madeira dura, pesada, resistente, geralmente utilizada na construção civil.

– O período de floração ocorre de Setembro a Novembro. As flores de coloração branco-creme, apresentam-se densamente reunidas em espigas cilíndricas, e surgem nas axilas das folhas.

– Por ser uma leguminosa, as sementes ocorrem dentro de vagens alongadas, (favas), de endocarpo macio e fibroso, com cerca de 10,0 cm de comprimento.

– Os frutos amadurecem entre Junho e Setembro. As sementes, na cor caramelo, são pequenas, arredondadas com cerca de 1,0 cm de diâmetro.

– A coleta das sementes deverá coincidir com o início da queda espontânea das vagens, da planta matriz. As vagens deverão ser expostas ao sol para secar e facilitar a retirada manual das sementes.

Propagação:

– A planta multiplica-se através de sementes.

– A sementes poderão ser plantada sem canteiros tipo sementeiras, para futuro repique em balainhos feitos com sacos de polietileno e/ou, ser plantadas individuais, diretamente nos sacos de polietileno.

Substrato dos canteiros e/ou dos sacos de polietileno:

– O substrato deverá ser um composto organo-arenoso, o mesmo, substrato típico do seu ambiente nativo (cerrado), ou seja: um substrato de média fertilidade, totalmente drenável. E poderá ser feito misturando: terra fértil com areia, na proporção de 2:1.

– As sementeiras e/ou, sacos de poliestileno, deverão ser dispostos em locais semi-sombreados.

– Aplicar as sementes de forma que elas fiquem soterradas no substrato, em média, 2,0 cm de profundidade.

– Irrigar com jato leve de água, para não desenterrar as sementes.

– Manter o substrato sempre com boa umidade sem encharcamento.

– Em 30 dias acorrerá a emergência das sementes férteis.

Nota:

– Para as mudas germinadas nas sementeiras, ao atingirem, em média 10,0 cm de altura, já poderão ser transplantadas em sacos de polietileno.

– Em média, com 12 meses as mudas já poderão ser levadas para serem repicadas em local definitivo.

– Trata-se de plantas de desenvolvimento lento, classificada como: “Secundária Tardia”, pois, não ultrapassa 2,5 metros de altura aos 2 anos de idade.

– Nota:

-Antes das mudas serem levadas a campo, aconselha-se fazer a rustificação das mesmas, pelo método da aclimatação gradativa ao sol, por um período de 2 semanas.

Observação:

– As vagens (favas), são consideradas tóxicas para o gado.

Considerações finais

– O Barbatimão é conhecido na língua indígena como “Ba- timó” que significa: “Planta que aperta”.

– Bem, essa ação estíptica, ou seja: adstringente, (contrativa), é provocada pelo “Tanino”, substância disponível em grandes quantidades na casca da planta.

– O Tanino é também um poderoso agente anti-séptico, indicado para combater bactérias e fungos, com comprovação científica.

Cultura popular:

– A planta recebeu o nome popular de “casca-da-virgindade”, porque era muito procurada pelas prostitutas, que banhavam as partes intimas com uma infusão feita com sua casca.

Folclore:

– Essa estória ocorreu na meio rural:

Certa vez, um casal na meia-idade, coincidentemente com a data de aniversário de casamento, a esposa muito assanhada, querendo fazer surpresa para agradar o marido, sorrateiramente preparou tal infusão com a casca do barbatimão, colocou a poção milagrosa sobre a mesa da cozinha para esfriar e, foi cuidar dos afazeres domésticos.

Nesse interim, o marido chega da roça varado de sede, vendo aquela caneca de chá, pensando que era chá-mate, passa para o peito num só gole. A reação foi instantânea, o tanino existente naquela infusão concentrada, contraiu-lhe a mucosa da boca, garganta e adjacências, que ele mal conseguia respirar.

A esposa aparece de supetão e, vendo o marido todo esbaforido, com aquela caneca à mão, indaga-lhe:

– Cadê o chá que estava dentro da caneca? E, ele, com tremenda dificuldade, responde-lhe :

-Bebi tudo!

 

Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru – Cumaruzeiro

Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru

Nome cientfico: Dypterix alata.

Nomes Populares: baru, cumbaru, castanha-de-barata, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé.

Origem: Brasil, Região de cerrados brasileiros.

Características gerais:

– A frutificação do cumaruzeiro, geralmente, inicia-se aos seis anos.

– Trata-se de uma árvore leguminosa de médio porte. Uma planta poderá atingir, em média, até 15 metros de altura, com diâmetro do tronco em torno de 70 cm.

– Trata-se de uma árvore hermafrodita. Os frutos de forma arredondados, elípticos, em média, tem 6 cm de comprimento por  4 cm de largura, geralmente na cor  marrom-claro. A polpa é comestível e tem sabor levemente adocicado. No interior do fruto contém uma única semente, (amêndoa comestível), que é a parte mais nutritiva da planta.

– A planta é endêmica nos cerrados da região central do Brasil, mas, também ocorre nas regiões: sudeste, norte e nordeste.

– A floração geralmente ocorre de novembro a maio e a frutificação de outubro a março, mas, poderá variar de acordo com cada região.

– A colheita, geralmente é feita, após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Sabe-se que a amêndoa do cumaruzeiro tem alto valor nutricional, cujo sabor é semelhante ao do amendoim. Diante disso, atribuíram-lhe propriedades afrodisíacas.

– A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa, (mamíferos, roedores, morcego, etc.).

– Quando a árvore ocorre dentro das pastagens o gado também se alimenta da polpa, roendo os frutos caídos no solo na época da safra.

– Na natureza, esse processo de animais roerem os frutos para se alimentarem da poupa, acaba ajudando a planta na sua propagação natural, pois, fará o método de quebra de dormência pelo processo da escarificação mecânica e, consiste em: atritar os frutos com os dentes, no processo de mastigação, que irá gastar parte do tegumento impermeável (casca dura), para facilitar a absorção de água, luz e oxigênio, pelo embrião, acordando-o para emergência.

Propagação:

– Para propagação da espécie usam-se tanto as sementes inteiras ou, apenas as amêndoas.

– Na natureza, como foi descrito acima, os animais mamíferos de grande e médio porte, como: gado, suínos, antas, veados, etc. encarregam-se de fazer a propagação e distribuição da planta. (roem os frutos, e a maioria desses frutos acabam sendo enterrados pelo pisoteio desses animais e, uma boa parcela desses frutos enterrados acaba germinando).

– Em escala doméstica, para plantar o fruto inteiro será necessário fazer a quebra da dormência, atritando o fruto a uma superfície áspera como: lixa, piso de cimento rústico, etc. (escarificação mecânica), para gastar parte do tegumento impermeável da semente e, imediatamente após o processo de escarificação as sementes deverão ficar imersas em água por um período de 24 horas, antes de serem plantadas ou, se preferir, retirar a amêndoa de dentro do fruto, sem danificá-la e em seguida plantá-la.

– O processo da quebra do fruto para retirada da amêndoa deverá ser feito com o auxílio de uma morsa, martelo, etc. tomando o devido cuidado para não danificá-la.

– Recomenda-se quebrar apenas os frutos que, ao serem sacudidos, perceber nitidamente a amêndoa solta, balançando dentro deles.

– Para semeadura feita com sementes nuas, (amêndoas) a emergência é mais rápida, geralmente com quinze dias já estarão germinadas.

– Para semeadura feita com frutos inteiros (com escarificação mecânica e, imersas em água por 24 horas), geralmente demora em torno de 45 dias para germinar.

– As mudas dessa espécie deverão ser mantidas a pleno sol, pois à sombra poderão sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp., e, ou, outras pragas.

– Trata-se de plantas de crescimento rápido. Geralmente, com dois meses de vida, as mudas atingirão, em média, 15 cm de altura.

– A parte subterrânea (raízes), apresenta desenvolvimento mais rápido que a parte aérea da planta.

Seleção das sementes:

– Para iniciar uma plantação deverá ser feita a coleta de frutos no campo.

– As matrizes fornecedoras de tais sementes deverão ser vigorosas, produtivas, com frutos uniformes, livres de pragas e doenças.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, sem grandes exigências, porém é mais produtiva quando cultivada em áreas de solos mais férteis.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente. E deverá ser cultivada a sol pleno.

Viveiro de mudas:

– O viveiro de mudas deverá ser instalado a céu aberto.

– A semeadura deverá ocorrer o mais breve possível após coleta das sementes.

– Aconselha-se a produção das mudas em sacos de polietileno (tamanho médio).

– Plantar de uma a duas sementes, ou, amêndoas por saco, enterrando-as a uma profundidade média de 1 cm.

– A porcentagem de germinação, geralmente, é de 90%.

– O período de germinação para amêndoas demora, em média, 15 dias.

– O período de germinação das sementes submetida ao processo de escarificação mecânica e embebidas por 24 horas em água, antes de serem plantada, demora, em média, 45 dias.

Substrato dos sacos de polietileno:

– Por se tratar de uma planta rústica do cerrado, o substrato onde serão plantadas as sementes deverá ser um solo de boa qualidade incorporado algum tipo (em pequena quantidade), de esterco animal bem curtido.

Regas:

– As regas deverão ser frequentes, apenas para manter o substrato dos sacos de polietileno levemente umedecidos.

Plantio das mudas em locais definitivos:

-O plantio das mudas no campo deverá ser feito no período chuvoso do ano.

– O espaçamento poderá ser de 8 metros entre planta por 10 metros entre ruas.

Colheita:

– A colheita é feita após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Geralmente a safra tem variações bruscas de intensidade na produção de frutos de um ano para o outro.  Planta intermitente, produz uma safra regular a cada 2 anos.

– Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de frutos por safra regular.

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Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

 Nome científico: Bertholletia excelsa

Nome popular: Castanha do Brasil, Castanha do Pará, castanha da Amazônia.

Família: Lecythidaceae

Origem: America do Sul, Região amazônica.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que atinge facilmente 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro na base do seu tronco.

– Árvore endêmica da floresta Amazônica podendo ser encontrada nos estados do

Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Mato Grosso.

– A espécie ocorre também na Venezuela, Bolívia, Guianas, Colômbia, Peru, porém, na Amazônia brasileira existe com maior densidade.

Propagação:

– A propagação da castanheira é feita via sementes.

– No entanto, para acelerar o processo de germinação, as sementes necessariamente terão que ficar livres de sua casca (tegumento).

– As sementes sem o tegumento, apresenta um índice de germinação, em média, 70% com apenas 3 meses após semeadura.

– A retirada do tegumento é um trabalho delicado para não danificar a amêndoa.

– O melhor período para coletar as sementes destinadas a produção de mudas, vai de  outubro a março.

– Coletar sementes grandes, de árvores saudáveis com boa produtividade.

– Na produção de mudas utilizar apenas sementes novas, pois, essas, ainda não perderam a umidade nem o seu poder germinativo.

Retirada da casca tegumentar:

– Para facilitar a retirada do tegumento, as sementes deverão ficar mergulhadas em água por um período de 48 horas. Na sequência, poderá ser utilizada um quebra nozes, ou um martelo, apenas para trincar o tegumento, cujo processo final, deverá ser feito com o auxílio de um canivete, com todo o cuidado para não danificar a amêndoa.

Tratamento antifúngico:

– Após a retirada do tegumento, as sementes deverão passar por um tratamento contra fungos que atacam sementes oleaginosas.

– Preparar uma solução com fungicida à base de propiconazole na concentração de 0,2% (2 g do produto para 1 litro de água). As sementes deverão permanecer emergidas por 90 minutos nesta solução, com agitação a cada 10 minutos.

– Após o tratamento com esse fungicida, as sementes deverão ficar expostas sobre papel jornal para secarem a sombra, por um período de aproximadamente duas horas.

Sementeira:

– A sementeira poderá ser: caixa plástica perfurada para drenagem de água, ou confeccionada com madeira.

– A sementeira deverá ser colocada ou, construída em local semissombreado, (50% de sombra).

– A parte superior da sementeira deverá ser protegida com uma tela de malha fina, para prevenir o ataque de roedores que chegam para saquear as sementes em desenvolvimento.

Substrato da sementeira:

– O substrato da sementeira deverá ser apenas areia lavada.

– Distribuir areia lavada na sementeira, nivelar a superfície sem prensar, em seguida regar.

Semeadura:

– A semeadura é uma das etapas consideradas como a mais importante.

– Colocar as sementes sob a areia, como o polo radicular de onde se originará a raiz (parte mais grossa) voltada para baixo, e o caulinar a uma profundidade de 1 cm da superfície do substrato.

– Caso haja dúvida, sobre o lado correto do polo radicular, colocar a semente na posição horizontal.

– Regar a sementeira, imediatamente após a colocação das sementes, repetindo a cada dois dias, a fim de manter o substrato de areia levemente umedecido.

Germinação:

-As sementes iniciam a germinação após10 dias da semeadura, podendo se estender até cinco meses, sendo que aos 80 dias já ocorreu 70% da germinação.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco de gado bem curtido, na seguinte proporção 2:1:1.

– Adicionar 1,0 kg de Calcário e 200 g de Superfosfato triplo por metro cúbico, de substrato.

– Homogeneizar todos os ingredientes, e preencher os balainhos.

Repicagem para balainhos (Sacos plásticos):

– A repicagem deverá ser feita antes da abertura das primeiras folhas das plântulas, no chamado “ponto de palito”, para evitar a perda de água e queima das folhas.

– Só deverão ser repicadas para os, (balainhos), sacos plásticos, as mudas que apresentar caulículo e radícula em pleno desenvolvimento.

Repicagem das mudas para locais definitivos:

– As mudas estarão aptas para o plantio em seus locais definitivos, quando atingirem, em média, 30 cm de altura e apresentarem 16 folhas abertas. O tempo necessário para que isso ocorra, poderá variar de quatro a oito meses, após a repicagem para os balainhos.

– Os balainhos, ou seja: As embalagens plásticas recomendadas para esse tipo de planta são sacos de polietileno preto (19 cm x 28 cm e 2 mm de espessura), contendo furos para drenagem de água.

Aclimatação ao meio externo:

– As mudas produzidas em ambiente sombreados deverão passar por um processo de aclimatação gradativa à luz solar, antes de serem repicadas definitivamente.

– Para isso, no período que anteceder o repique, as mudas deverão permanecer de 15 a 30 dias a céu aberto.

Covas:

– A castanheira deverá ser plantada em covas profundas.

– O colo da muda deverá ficar rente ao nível do solo.

– Para enchimento da cova utiliza-se uma mistura de terra vegetal (da primeira camada do solo), geralmente de coloração mais escura, devido à concentração de húmus, acrescentando 10 litros de esterco de curral e 300g de Superfosfato triplo, 100g de cloreto de potássio e 100g de sulfato de amônia, totalmente homogeneizados.

– Para grandes plantações, utilizar somente o Superfosfato triplo, misturado ao solo retirado da cova.

– Realizar o plantio no início das chuvas da primavera.

Clima:

– Trata-se de uma espécie adaptada a climas tropicais e subtropicais, variando entre 24,0° e 28,0°C. Cuja umidade relativa do ar é considerada alta, girando  em torno de 80% e 87%, com variações bruscas durante os meses entre 66% e 91% . Com precipitações médias anuais, oscilando entre 1400 e 2800 mm.

– A planta não tolera ventos frios.

Solo:

– A castanheira tem acentuada preferência por solos argilosos e argilo-silicosos e  terras altas .

– Os solos para a cultura ou, plantio definitivo, devem ser profundos, bem drenados, de textura média, topografia levemente ondulada e livre de inundações.

– A planta apresenta melhor desenvolvimento em altura e diâmetro do tronco, quando cultivada em solos com pH levemente ácido.

Espaçamentos:

– O espaçamento e a densificação de plantas por hectare, depende da finalidade.

– Para sistemas consorciados com culturas perenes, o espaçamento recomendado é 12m x 12m, densidade de 70 plantas por ha.

– Para sistema onde se pretende produção de madeira, o espaçamento deverá oscilar em torno de 4 mx 4 m.

 Tratos culturais:

– Capinas ou roçadas em forma de coroamento, efetuadas em torno das plantas, duas vezes ao ano. À medida que a planta for crescendo, não será  mais necessário.

– Aplicação de 300 gramas de Superfosfato triplo, aplicação em cobertura no segundo e terceiro ano após plantio.

– Controle de pragas. A praga mais comum é a formiga saúva.

Floração frutificação e colheita:

– Em plantio realizado em campo experimental, a floração e frutificação da castanheira iniciaram-se 15 anos, após as plantas serem levadas a campo.

– A castanha do Pará, Geralmente, apresenta floração nos meses de outubro a dezembro, e frutificação de outubro a março.

Como fazer mudas de Neem Indiano – Nim Indiano

Como fazer mudas de Neem Indiano – Nim Indiano

Nome científico: Azadirachta Índica.

Nome popular: Nim, Amargosa.

Origem: Índia

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que pode chegar a mais de 30 metros de altura e 2,5 metros de circunferência do tronco.

– Pertence à família Meliaceae, a qual inclui o Mogno e o Cedro, porém, a única no seu gênero botânico.

– A planta é nativa na Índia e apresenta grande resistência à seca e, não tolera solos encharcados, mesmo que temporariamente.

– Além de abastecer a indústria madeireira, a planta é largamente difundida pelas suas propriedades medicinais e terapêuticas encontradas nas sementes, folhas e cascas.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes.

– As sementes deverão ser obtidas de árvores vigorosas desde que apresentam produção satisfatória.

– Por se tratar de sementes recalcitrantes, a semeadura terá que ser feita logo após a colheita. (Sementes recalcitrantes são aquelas que não podem ser conservadas, pois, não sobrevivem à perda de água, durante a secagem e/ou congelamento).

– As sementes não necessitam de tratamento especial para germinação, basta a remoção da polpa do fruto.

Viveiro:

– É essencial a escolha da área para o viveiro, na formação das mudas.

– Esse local deverá ter solo de boa qualidade e, totalmente drenável, circulação de ar eficiente, disponibilidade de água para as regas.

Semeadura:

– A semeadura poderá ser realizada diretamente em sacos plásticos de polietileno, de tamanho médio, ou tubetes plásticos 290 cm³.

– As regas deverão ser diárias para manter o substrato levemente umedecido.

– A germinação das sementes ocorrerá entre 10 a 30 dias, dependendo do clima regional.

Substrato:

– O substrato deverá ser de boa qualidade.

– Misturar solo de textura média com material orgânico bem curtido, na proporção de 3:1.

Plantio definitivo:

– As mudas após atingirem uma altura média de 25 cm, já poderão ser repicadas em seus locais definitivos.

– Geralmente, o período de permanência da planta, dentro do viveiro, para chegar aos 25 cm de altura, tende a variar entre 50 a 100 dias.

– As mudas selecionadas para serem levadas a campo, antes de serem repicadas, recomenda-se fazer aclimatação à luz solar, por um período de 20 dias, reduzindo inclusive, a oferta de água, preparando a planta para enfrentar possíveis temporadas difíceis, ou seja: estresse hídrico e/ou, nutricional pós-plantio.  Esse processo é denominado: rustificação.

– O processo de aclimatação reduz a mortalidade das mudas recém-transplantadas.

– A melhor época para a repicagem definitiva é o início do período chuvoso anual.

Nota:

– O início da floração e frutificação, ocorrerá, em média, a partir dos dois anos.

– A produção é crescente e a planta chegará ao seu pico, em média, aos 10 anos de idade.

– Geralmente, ocorrerá 2 frutificações anuais.

– Normalmente, os frutos maduros, adquirem tonalidade levemente amarelada.

– A colheita dos frutos ocorrerá, em média, 75 dias após a abertura das flores.

Solo para plantação definitiva:

– O solo deverá ser de textura leve, boa qualidade, profundo e permanentemente drenável.

– Solos com pH entre 5 e 7, são os mais adequados.

– O solo do terreno para plantação definitiva deverá ser arado e gradeado.

– É recomendável que o relevo seja plano ou, levemente ondulado..

– Deverão ser evitados solos com textura muito argilosa, compactados e/ou, relevos baixios que apresentam tendências ao acúmulo de água.

Nota:

– É importante fazer análise do solo, cujos resultados orientarão as necessidades de calagem e de aplicação de fertilizantes.  Trata-se de uma planta exigente em nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca).

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada a altas temperaturas, para ser cultivada a pleno sol, em regiões de climas tropicais subúmidas e semiáridas.

– A temperatura média anual deverá ficar acima dos 20ºC.

– A planta é muito sensível ao frio.

– Trata-se de uma planta que se adaptou a várias regiões com precipitação pluviométrica diferentes, que varia entre 600 a 1400 mm/ano.

Tratos culturais

– Podas para formação da planta, como a decepa apical (corte no tronco principal a dois ou três metros do solo).

– A poda apical favorecerá a produção de frutos em detrimento da formação de madeira. – Aconselha-se fazer a poda dentro do segundo ou terceiro ano de vida da planta.

– A eficácia da produção de frutos, dependerá dos espaçamentos amplos entre plantas.

– Será necessário fazer um controle intensificado contra as formigas cortadeiras, com formicidas granuladas.

– Controle das plantas invasoras com capina regulares ou, herbicidas.

Espaçamento:

– O espaçamento recomendado para a plantação em  forma de bosque é de 4 a 6 metros entre plantas e 6 a 8 metros entre linhas. Deve-se manter sempre um mínimo de 40 m² por planta. (em média, 250 árvores por hectare).

Considerações finais:

– Dessa árvore se aproveita tudo: Madeira, folhas, frutos e cascas.

– E todo esse material será utilizado em áreas relacionadas à cosmética, medicina veterinária e humana, higiene pessoal e agricultura.

– Das sementes extrai-se um óleo com elevado teor de azadiractina, utilizado como matéria-prima na fabricação de inseticidas, fungicidas e produtos veterinários, bem como xampus, sabonetes e pastas de dentes, etc.

Como fazer mudas de Guanandi

Como fazer mudas de Guanandi

Nome científico: Calophyllum brasiliense Cambess.

Nome popular: Guanandi, Jacareúba (Norte do Brasil), Olandi (Sul do Brasil).

Origem: América do Sul, América Central, México.

Características gerais:

– Estados brasileiros onde o Guanandi é nativo: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

– O guanandi inicia sua produção de frutos aos quatro anos.

Propagação:

– A planta se propaga por sementes.

Coleta de Sementes:

– As sementes deverão ser coletadas de árvores selecionadas: vigorosas.

– As sementes deverão ser despolpadas e em seguida passar por um processo de quebra de dormência, para acelerar a germinação.

– A quebra de dormência poderá ser feita pelos métodos: Escarificação mecânica ou, Estratificação com areia úmida por 60 dias.

Preparação dos canteiros:

– Afofar a terra a uma profundidade média de 30 cm.

– Levantar o nível dos canteiros, em média, 20 cm, para facilitar a drenagem de água.

– Aconselha-se canteiro com 1 metro de largura, para facilidade dos tratos culturais.

Semeadura:

– Aplicar as sementes em fileiras a uma distância média de 5 cm entre elas.

– As sementes deverão ser enterradas a uma profundidade média de 2 cm.

– A distância média entre linhas poderá ser de 20 cm.

– Para acelerar a germinação poderá ser colocada sobre os canteiros, uma cobertura feita com plástico transparente.

– Normalmente a germinação irá ocorrer num período de 30 a 90 dias.

Substrato:

– O guanandi é rústico e pouco exigente, vegetando em qualquer tipo de solo, no entanto, para esta fase de formação de mudas mais vigorosas,  poderão ser utilizado diferentes substratos enriquecidos, aqueles que estiverem disponíveis no momento, exemplo: composto orgânico bem curtido, carvão vegetal moído, vermiculita,  serragem, casca de arroz carbonizada, bagaço de cana triturado, húmus de minhoca, fibras de coco.

– A combinação desses componentes deverá ser totalmente homogeneizada ao solo, antes de ser utilizada nos balainhos ou, tubetes.

– Para os canteiros, o mais indicado, é utilizar apenas a terra do subsolo.

Repicagem:

– A repicagem das mudas, poderá ser feita em balainhos de sacos de polietileno, tamanho médio ou, tubetes plástico, com capacidade de 75 cm3, e, deverá ser realizada quando as plântulas, recém-germinadas,  apresentarem as duas folhas cotiledonares.

– As plantas repicadas deverão ser colocadas em berçário (ripado ou, sombrite com 50 % de sombreamento).

– As regas por aspersão, deverão ser feitas diariamente. (Recomenda-se irrigação por aspersão, para não ocorrer perdas de substratos no recipiente).

Nota:

– O recipiente mais aconselhável para repicagem, é o tubete plástico,  visto que contém aletas e estrias longitudinais internas, que direcionam as raízes para baixo.

– A partir de 30 dias dentro do berçário, as mudas deverão ser transferidas para estufa com cobertura plástica, destinada à proteção das mesmas durante o inverno.

Plantio definitivo:

– Geralmente, após 8 a 10 meses depois de semeadas, (as mudas que apresentarem, no mínimo, dois lançamentos de folhas, altura média de 40 cm e diâmetro do colo entre 5 a 10 mm, estarão aptas ao transplantio). E já poderão ser repicadas em seus locais definitivos.  (Mas, antes, recomenda-se fazer aclimatação das mudas á luz solar, por um período de 20 dias, reduzindo inclusive, a oferta de água, preparando a planta para enfrentar possíveis temporadas difíceis, ou seja: estresse hídrico e/ou, nutricional pós-plantio).

– O período chuvoso da primavera é a época mais indicada para a repicagem das mudas em seus locais definitivos.

– O espaçamento ideal gira em torno de 3×2 metros.

– O tempo de corte da espécie gira em torno de 18,5 anos,

Como fazer mudas de Jacarandá Mimoso

Como fazer mudas de Jacarandá Mimoso

Nome científico: Jacaranda mimosifolia

Nomes Populares: Jacarandá, jacarandá-mimoso.

Origem: América do Sul

Considerações gerais:

– O jacarandá pode atingir cerca de 15,0 metros de altura

– As flores são tubulares, azul-violeta, reunidas em grandes inflorescências.

– O florescimento ocorre em meados do verão até meados da primavera, geralmente com a árvore sem folhas.

– As sementes são pequenas, achatadas, providas de asas membranosas que facilita a sua dispersão através do vento. São produzidas dentro de cápsulas lenhosas, que com o tempo se abrem liberando-as.

Propagação:

– A multiplicação de mudas, geralmente, é feita através de sementes.

Quebra de dormência:

– As sementes do Jacarandá apresenta leve dormência tegumentar, (casca dura).

– Essa dormência poderá ser facilmente quebrada pelo processo de embebição com água, ou seja:

– Deixar as sementes imersas em água, em temperatura ambiente, por 48 horas, antes da semeadura.

Solo:

– O solo dos balainhos deverá ser uma mistura homogeneizada de terra de boa qualidade, esterco animal curtido e areia, na proporção de 4:2:2.

– A areia entra na composição para deixar o substrato com boa drenagem de água.

– Os balainhos poderão ser sacos plásticos de polietileno, embalagem descartável tetra pak, ou qualquer outro tipo de embalagem descartável disponível.

– As embalagens descartáveis a serem utilizadas, deverão ser furadas no fundo para drenagem de água das regas.

Semeadura:

– Enterrar duas sementes em cada balainho, a uma profundidade de aproximadamente um centímetro.

– Depositar os balainhos em locais semissombreados, de forma que recebam luz do sol pela manhã e a tarde.

– Em 30 dias as sementes já estarão nascidas.

-Após atingir altura media de quarenta centímetros deverá ser feita a aclimatação ao sol, antes de ser levadas a campo definitivamente.

Abertura das covas:

-A cova definitiva deve ter 40 x 40 x 40 centímetros.

– Ao solo removido deverá ser incorporada uma quantidade razoável de esterco animal bem curtido, antes de voltar para dentro do buraco.

– Esse processo deverá ser feito em média 30 dias antes de receber a muda.

– Para plantar a muda, abrir um buraco um pouco maior que o torrão, no centro da cova, colocar a muda e apertar levemente com as pontas dos dedos fixando-a ao solo.

– O melhor período para se levar as mudas à campo, é o início da estação chuvosa, quando não será necessário fazer as irrigações frequentes até o seu pegamento.

Nota:

Dependendo do destino da planta, o espaçamento das covas deverá ser revisto, pois o jacarandá é uma árvore de médio a grande porte.

– Deverá ser plantada em pleno sol, em solo profundo, permeável e bem drenado.

Obs.

– A muda deverá ser tutorada nos primeiros anos de vida, para que adquira troncos eretos.

– O jacarandá não deve ser plantado próximo a muros, paredes, calçadas, pois suas raízes, em busca de nutrientes, poderão abalar essas estruturas.

– O Jacarandá é uma planta rústica e depois de pega, não precisará de grandes cuidados, apenas a eliminação das ervas daninhas competidoras.

Utilização:

– Paisagismo.

Para ver um vídeo dessa planta, CLICAR AQUI

Como fazer mudas – Quebra de Dormência por Estratificação e Embebição por água

Como fazer mudas – Quebra de Dormência por Estratificação

A quebra de dormência de sementes pelo método de estratificação:

– O método de Estratificação: consiste em fazer um tratamento úmido à baixa temperatura, auxiliando as sementes na maturação do embrião, trocas gasosas e embebição por água.

Quebra de dormência de sementes pelo método de Embebição:

– Embebição por água significa: colocar as sementes dentro de um recipiente cheio d’água. Ex: quando colocamos feijão de molho dentro d’água após algumas horas eles estarão inchados.

– Qualquer tipo de semente que o tegumento não seja impermeável, quando colocado em contato direto com água tem o mesmo comportamento: incharão.

Veja alguns exemplos de sementes que poderão ser utilizado o método de embebição:

Nome popular:        Nome científico:               Método utilizado:

Fava barbatimão    Stryphnodendron adstri. Embebição – 12:00 h

Guatambu             Aspidosperma ramiforum        Embebição – 4:00 h

Ipê-felpudo            Zeyhera tuberculosa       Embebição – 15:00 h

Leucena                Leucena leucocephala    Embebição – 12:00 h