Como fazer mudas de Guapuruvu

Como fazer mudas de Guapuruvu

Nome científico: Schizolobium parahyba

Nomes populares: Pau-de-canoa, Pau-de-tamanco, Pau-de-vintém, Guarapuvu, Guavirovo, Igarapobu, Paricá, Pataqueira, Bacurubu, Bacuruva, Bacuruvu, Badarra, Birosca, Faveira, Ficheira, Gabiruvu, Gapuruvu, Garapuvu, Guapiruvu,

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– O guapuruvu é uma árvore de grande porte, atinge de 20 a 30 metros de altura.

– Trata-se de uma árvore pioneira de tronco retilíneo, com ramificações e galhadas abertas apenas na parte superior.

– Trata-se de uma árvore de crescimento rápido.

– Por ser uma espécie de árvore pioneira, é indicada para recuperação inicial de áreas degradadas.

– Sua floração, (na cor amarela), geralmente, ocorre em agosto, numa época de escassez de flores, trazendo um grande alívio para as abelhas e outros insetos alados, que se alimentam de néctares.

– Árvore de madeira leve, clara, macia, largamente utilizada na confecção de artesanatos, caixeterias e outras embalagens.

– Os frutos (vagens) amadurecem no outono.

– Cada vagem carrega apenas uma semente grande, lisa, oblonga e rígida, envolta por uma membrana (asa papirácea) que se dispersa pelos ventos.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes.

– Por se tratar de sementes com tegumento (envoltório), duros e impermeáveis, para acelerar o seu processo de emergência é necessária a quebra de dormência.

– A quebra de dormência poderá ser feita da escarificação mecânica (o tegumento da semente deve ser desgastado no lado oposto ao hilo), ou, escarificação em ácido sulfúrico ou, imersão em água quente.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada à alta luminosidade e climas: Equatorial, Subtropical, Tropical.

– A planta deverá ser cultivada sol o sol pleno.

Solo:

– Planta deverá ser cultivada em solo fértil, enriquecido com material orgânico.

– O Substrato para os balainhos deverá ser a uma mistura totalmente homogeneizada de solo de boa qualidade e esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1.

– Por tratar-se de sementes com taxa de germinação baixa, aplicar de 2 a 3 sementes por balainho. (Taxa de germinação – cerca de 70%).

– As sementes deverão ficar enterradas a uma profundidade média de 2 cm.

Regas:

– As regas deverão ser frequentes para manter o solo dos balainhos sempre com boa umidade.

Plantio definitivo:

– As mudas ao atingir 50 centímetros de altura, já poderão ser levadas a campo.

– As mudas devem ser irrigadas no seu primeiro ano de vida.

Nota:

– Por se tratar de uma planta higrófita, ela se adapta perfeitamente a locais úmidos como as margens de rios, sendo capaz de tolerar encharcamento temporários.

– Por sua característica tegumentar, as sementes permanecem viáveis por alguns anos se armazenadas em locais arejado e fresco.

Para ver um vídeo dessa árvore: CLICAR AQUI

Como fazer mudas de Guanandi

Como fazer mudas de Guanandi

Nome científico: Calophyllum brasiliense Cambess.

Nome popular: Guanandi, Jacareúba (Norte do Brasil), Olandi (Sul do Brasil).

Origem: América do Sul, América Central, México.

Características gerais:

– Estados brasileiros onde o Guanandi é nativo: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

– O guanandi inicia sua produção de frutos aos quatro anos.

Propagação:

– A planta se propaga por sementes.

Coleta de Sementes:

– As sementes deverão ser coletadas de árvores selecionadas: vigorosas.

– As sementes deverão ser despolpadas e em seguida passar por um processo de quebra de dormência, para acelerar a germinação.

– A quebra de dormência poderá ser feita pelos métodos: Escarificação mecânica ou, Estratificação com areia úmida por 60 dias.

Preparação dos canteiros:

– Afofar a terra a uma profundidade média de 30 cm.

– Levantar o nível dos canteiros, em média, 20 cm, para facilitar a drenagem de água.

– Aconselha-se canteiro com 1 metro de largura, para facilidade dos tratos culturais.

Semeadura:

– Aplicar as sementes em fileiras a uma distância média de 5 cm entre elas.

– As sementes deverão ser enterradas a uma profundidade média de 2 cm.

– A distância média entre linhas poderá ser de 20 cm.

– Para acelerar a germinação poderá ser colocada sobre os canteiros, uma cobertura feita com plástico transparente.

– Normalmente a germinação irá ocorrer num período de 30 a 90 dias.

Substrato:

– O guanandi é rústico e pouco exigente, vegetando em qualquer tipo de solo, no entanto, para esta fase de formação de mudas mais vigorosas,  poderão ser utilizado diferentes substratos enriquecidos, aqueles que estiverem disponíveis no momento, exemplo: composto orgânico bem curtido, carvão vegetal moído, vermiculita,  serragem, casca de arroz carbonizada, bagaço de cana triturado, húmus de minhoca, fibras de coco.

– A combinação desses componentes deverá ser totalmente homogeneizada ao solo, antes de ser utilizada nos balainhos ou, tubetes.

– Para os canteiros, o mais indicado, é utilizar apenas a terra do subsolo.

Repicagem:

– A repicagem das mudas, poderá ser feita em balainhos de sacos de polietileno, tamanho médio ou, tubetes plástico, com capacidade de 75 cm3, e, deverá ser realizada quando as plântulas, recém-germinadas,  apresentarem as duas folhas cotiledonares.

– As plantas repicadas deverão ser colocadas em berçário (ripado ou, sombrite com 50 % de sombreamento).

– As regas por aspersão, deverão ser feitas diariamente. (Recomenda-se irrigação por aspersão, para não ocorrer perdas de substratos no recipiente).

Nota:

– O recipiente mais aconselhável para repicagem, é o tubete plástico,  visto que contém aletas e estrias longitudinais internas, que direcionam as raízes para baixo.

– A partir de 30 dias dentro do berçário, as mudas deverão ser transferidas para estufa com cobertura plástica, destinada à proteção das mesmas durante o inverno.

Plantio definitivo:

– Geralmente, após 8 a 10 meses depois de semeadas, (as mudas que apresentarem, no mínimo, dois lançamentos de folhas, altura média de 40 cm e diâmetro do colo entre 5 a 10 mm, estarão aptas ao transplantio). E já poderão ser repicadas em seus locais definitivos.  (Mas, antes, recomenda-se fazer aclimatação das mudas á luz solar, por um período de 20 dias, reduzindo inclusive, a oferta de água, preparando a planta para enfrentar possíveis temporadas difíceis, ou seja: estresse hídrico e/ou, nutricional pós-plantio).

– O período chuvoso da primavera é a época mais indicada para a repicagem das mudas em seus locais definitivos.

– O espaçamento ideal gira em torno de 3×2 metros.

– O tempo de corte da espécie gira em torno de 18,5 anos,

Como fazer mudas de Cássia Imperial – Amarela – Cássia fístula.

Como fazer mudas de Cássia Imperial – Amarela

Nome científico: Cássia fístula.

Nomes populares: Chuva de ouro, Canafístula, Cássia fístula, Cássia imperial.

Origem: Regiões tropicais da Ásia.

Considerações Gerais:

– Por ser uma planta de rara beleza, espalhou-se por todos os continentes de clima equatorial, subtropical, tropical.  (Mas, prefere clima quente e úmido).

– Trata-se de uma planta rústica que se desenvolve em solos pobres. (Mas, prefere solo areno-argiloso, com boa dosagem de material orgânico, profundo e bem drenado).

– Ciclo de vida perene.

– Adaptada ao sol pleno.

– Temperatura média anual deve oscilar em torno de 8 a 38° C.

Precipitação pluviométrica com média anual em torno de 600 e 3000 mm.

Propagação:

– A multiplicação da Cássia fístula é feita através de sementes.

Quebra de dormência:

– Suas sementes apresenta dormência tegumentar, (casca dura). E para melhor germinação faz-se necessária a quebra de dormência  que poderá  ser realizada através da escarificação física ou imersão em solução de ácido sulfúrico por 5 a 20 minutos.

Após este processo, as sementes deverão ser deixadas de molho em água, com temperatura ambiente, por algumas horas antes do plantio.

Solo:

– O solo dos balainhos deverá ser terra de boa qualidade, incorporada uma pequena quantidade de esterco animal bem curtido.

– Enterrar de duas a três sementes por balainho a uma profundidade média de um centímetro.

– Depositar os balainhos em local semissombreado.

– Manter o substrato úmido sem encharcamento.

– Em um mês as sementes já estarão germinadas.

– Antes de levá-las para seus locais definitivos, (Plantinhas com, mais ou menos, 20 cm de altura) deverá ser feita aclimatação gradativa das mudas ao sol.

– A Cássia amarela é uma planta puramente ornamental, com floração espetacular, em belos cachos pendentes com flores douradas que vão se abrindo gradualmente.

– Floresce na primavera e no verão.

Muito Cuidado:

Trata-se de uma planta tóxica, apesar de apresentar, segundo a farmacopeia popular,  propriedades medicinais. Caso necessidade da ingestão de alguma infusão medicamentosa dessa planta, deverá ser sumariamente acompanhada por um especialista.

 

Como fazer mudas – Quebra de Dormência por Estratificação e Embebição por água

Como fazer mudas – Quebra de Dormência por Estratificação

A quebra de dormência de sementes pelo método de estratificação:

– O método de Estratificação: consiste em fazer um tratamento úmido à baixa temperatura, auxiliando as sementes na maturação do embrião, trocas gasosas e embebição por água.

Quebra de dormência de sementes pelo método de Embebição:

– Embebição por água significa: colocar as sementes dentro de um recipiente cheio d’água. Ex: quando colocamos feijão de molho dentro d’água após algumas horas eles estarão inchados.

– Qualquer tipo de semente que o tegumento não seja impermeável, quando colocado em contato direto com água tem o mesmo comportamento: incharão.

Veja alguns exemplos de sementes que poderão ser utilizado o método de embebição:

Nome popular:        Nome científico:               Método utilizado:

Fava barbatimão    Stryphnodendron adstri. Embebição – 12:00 h

Guatambu             Aspidosperma ramiforum        Embebição – 4:00 h

Ipê-felpudo            Zeyhera tuberculosa       Embebição – 15:00 h

Leucena                Leucena leucocephala    Embebição – 12:00 h

 

 

Como fazer mudas – Quebra de dormência em sementes – Escarificação química

Como fazer mudas – Quebra de dormência em sementes

Escarificação química. Ou seja: imersão com ácido sulfúrico.

Características Gerais:

– Quebra de dormência em sementes pelo método da Escarificação química, consiste na imersão das mesmas em ácido sulfúrico.

– A necessidade de recompor florestas e matas ciliares com sua vegetação de espécies nativas, leva os órgãos responsáveis a desenvolver técnicas  específicas para alguns tipos de sementes que apresentam dormência vegetativa.

Método:

– O procedimento de quebra de dormência em sementes por Escarificação química, geralmente é feitos utilizando ácidos: sulfúrico e clorídrico.

– Tal contato, possibilita a corrosão parcial do tegumento impermeável das sementes  dando-lhes a possibilidade de executar trocas com o meio externo, absorvendo água , luz e oxigênio.

Nome popular:                Nome Científico:                Tempo de tratamento:

Amendoim do campo       Pterogyne nitens               Ácido Sulfúrico – 5 min

Candíuva                         Trema micrantha              Ácido Sulfúrico – 5 min

Fava barbatimão             Stryphnodendron adstring.    Sulfúrico – 15 min

Leucena                          Leucena leucocephala       Sulfúrico – 20 min

Mutambo                       Guazuma ulmifolia                     Ácido Sulfúrico – 5 min

Olho-de-dragão             Adenanthera pavonina        Sulfúrico – 35 min

Olho-de-cabra               Ormosia arborea                   Sulfúrico – 35 min

Orelha de negro            Enterolobium contort.        Sulfúrico – 90 min

Pau ferro                        Caesalpinia leiostachya      Sulfúrico – 45 segundos

Sabão-de-soldad            Sapindus saponaria               Sulfúrico – 1:00 h

 

Como fazer mudas – Quebra de dormência – Por água quente

Como fazer mudas – Quebra de dormência

Quebra de dormência – Por água quente

Características gerais:

– A dormência de sementes,  em rápidas pinceladas), é o processo utilizado pelas plantas, em atrasar parte de sua produção, para serem germinadas em épocas ou estações mais propícias ao seu desenvolvimento.

– Esse ajuste da natureza, poderá oferecer à planta, melhor garantia da sobrevivência da própria espécie.

-E, devido à necessidade de recompor as florestas devastadas, com suas espécies de vegetação nativa, obriga os órgãos responsáveis e competentes em revolucionar técnicas que aceleram a germinação de sementes, que apresentam qualquer tipo de dormência.

Como proceder:

– A quebra de dormência em sementes pelo método da água quente, é utilizado em sementes que apresentam impermeabilidade no tegumento (casca), e consiste na  imersão das mesmas em água  quente.

– A temperatura é controlada e pode variar entre 76 a 100ºC.

– Existe uma temperatura, bem como um tempo ideal, de tratamento, específico para cada espécie de semente.

– Veja abaixo alguns exemplos:

Nome popular:     Nome cientifico:                     Tempo de tratamento:

– Bracatinga                   Mimosa scabrella                           Água ( 70ºC ) – 5 minutos

– Canafístula                 Peltophorum dubium                     Água ( 80ºC) – 5 minutos

– Candíuva                      Trema micrantha                           Água ( 50ºC) – 5 minutos

– Guapuruvu                 Schizolobium parahyba               Água ( 90ºC) –  1 minuto

– Mutambo                     Guazuma ulmifolia                         Água ( 90ºC) – 1 minuto

– Saguaragi                    Colubrina glandulosa                     Água ( 90ºC) –  1 minuto

– Topa                              Ochroma pyramidales                  Água ( 80ºC) –  15 segundos

 

Como fazer mudas – Quebra de Dormência – Escarificação mecânica

Como fazer mudas – Quebra de Dormência – Escarificação mecânica.

Quebra de Dormência – Pelo método de Escarificação mecânica.

 Escarificação mecânica:

Consiste em atritar (abrasão), das sementes em uma superfície áspera (lixa, piso de cimento rústico, etc.). É utilizado para gastar parte do tegumento impermeável (casca dura), das sementes para facilitar a absorção de água, luz e oxigênio, pelo embrião da semente.

Considerações gerais:

Mais da metade das sementes de espécies arbóreas possuem algum tipo de dormência, que se caracteriza pelo atraso no processo de germinação.

A dormência é um recurso utilizado pela própria planta. E, a grosso modo, significa: guardar sementes para germinarem em outras estações mais propícias, servindo  para a segurança na sobrevivência da própria espécie.

Abaixo, espécies de árvores, cujas sementes, é possível utilizar esse método:

Espécie:                             Nome Científico:      

– Jatobá                             Hymenaea courbaril

– Guapuruvu                    Schizolobium parahyba

– Castanha do Pará         Bertholletia excelsa

– Olho de dragão             Adenanthera pavonina

– Olho de cabra               Ormosia arborea

– Orelha de negro           Enterolobium contortisiliquum

– Pau marfim                   Balfourodendron riedelianum

Como fazer mudas – Quebra de Dormência choque térmico

Como fazer mudas – Quebra de Dormência choque térmico

 A quebra de dormência de sementes pelo método de choque térmico:

Choque térmico:

É realizado para que a semente sofra um choque de temperatura, para despertar o embrião.

– É feito com alternância de temperaturas variando em aproximadamente 20 a 30ºC, dependendo do tipo de semente, em períodos de 8 a 12 horas.

Como proceder:

– Mergulhar as sementes em água (60 a 80ºC) por 3 a 5 minutos.

– Em seguida, mergulhar em água fria (temperatura ambiente) por 2 minutos.

Exemplos de sementes que poderão receber o tratamento de quebra de dormência por choque térmico.

Espécie:                                        Nome Científico

Senna multijuga                                (alelueiro)

Guazuma ulmifolia                         (mutambo)

Mimosa scabrella                           (bracatinga)

Peltophorum dubium                   (canafistula)

Cássia ferrugínea                            (cassia-fístula)

Cássia ocidentallis                          (fedegoso)

Mimosa sepiaria                              (maricá)

Colubrina rufa                                 (saguaraji)

Entrerolobium ontortis.            (tamboril)

Sangra D’Água                              Croton urucurana