Como fazer mudas de ingá – Ingazeiro

Como fazer mudas de ingá – Ingazeiro

Nome científico: Ingá vera Willd

Nome popular: Ingá, ingazeiro, ingá do brejo, ingá-feijão, ingá-banana, angá,

Origem: América do Sul.

Características gerais:

– Trata-se de uma leguminosa, de ciclo de vida perene, que pode atingir até 10 metros de altura.

– As flores ocorrem normalmente de julho a novembro.

– As flores são brancas, pequenas, com longos estames brancos, levemente perfumados, atraindo beija-flores, abelhas e outros insetos.

– Por se tratar de uma leguminosa a frutificação se dará em forma de vagens que, dependendo da espécie, pode variar de 5 a 20 cm de comprimento,

– Os frutos maduros ocorrem geralmente entre dezembro e fevereiro.

– As vagens contêm várias sementes, envoltas em poupa carnosa branca adocicada.

– A poupa carnosa branca e adocicada que envolve as sementes é comestível…

Propagação:

– A propagação do ingazeiro geralmente é feito por sementes.

– Colher as vagens maduras.

– Abrir as vagens para a retirada das sementes.

– Remover com cuidado a polpa carnosa branca e adocicada, para não danificar as sementes.

– As sementes deverão ser plantadas imediatamente depois de colhidas, (As sementes perdem o poder germinativo em 10 dias).

– Aconselha-se plantar de 1 a 2 sementes por saco de polietileno previamente preenchido com o substrato de composto orgânico.

– As sementes deverão ficar soterradas no substrato, em média, a 1 cm de profundidade.

– Colocar os sacos de polietileno em local arejado, mas, semiprotegido da incidência direta do sol.

– Regar e manter o substrato dos sacos de polietileno com umidade constante, sem provocar encharcamento.

– A germinação é rápida, em média, 15 a 30 dias, e a percentagem de plantas obtidas é bem expressiva.

– As mudas crescem rápido, atingindo 40 cm de altura com 6 meses após a germinação.

 Substrato do saco de polietileno:

– O substrato deverá ser feito com uma mistura totalmente homogeneizada de: 40% de terra, 30% de areia e 30% de matéria orgânica bem curtida.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente: equatorial, tropical e subtropical.

– A planta necessita de alta luminosidade e deverá ser plantada a sol pleno.

– Nota: Planta bastante resiste a baixas temperaturas (até 3 graus).

 Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, de fácil cultivo.

– Planta adaptada a solo úmido e profundo, pouco exigente quanto à fertilidade do solo.

-pH neutro (ente 5,0 a 6,2).

Espaçamento:

– O espaçamento recomendado poderá ser 5 x 5 ou 6 x 6 metros, em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio.

Dimensões das covas:

– As covas deverão ser abertas com 50 x 50 x 50 cm.

– Misturar ao solo retirado da cova os seguintes materiais: 500 g de calcário, 1 kg de cinzas de madeira.  Após homogeneização de todos os componentes ao solo retirado da cova, o composto deverá voltar para dentro da cova, para maturação.

Locais definitivos:

– Antes das mudas serem levadas à campo, deverá ser feito  aclimatação gradativa ao sol.

– Cavar buracos, imediatamente maior que o torrão da muda, na cova previamente preparada para receber a planta.

– Em seguida, acomodar o torrão com a muda, e completar a cova com o solo removido.

– Na sequência, tutorar a muda, amarrando-a para que ela cresça verticalmente.

– Regar.

– A planta começará a frutificar com 3 a 4 anos, dependendo do clima e dos tratos culturais.

Regas:

– Aconselha-se levar as plantas a campo no início da estação chuvosa.

– Caso as mudas forem levadas para seus locais definitivos, em períodos secos, as plantas necessitarão ser irrigadas em dias alternados.

Tratos culturais:

– Fazer podas de formação de formação da planta, retirando brotos laterais e ramos mal formados e secos.

– Fazer capina de coroamento  para eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta em crescimento.

Fertilização:

– Aplicar de 3 a 4 kg de composto orgânico feito de esterco animal curtido, adicionando  30 gramas de NPK 10-10-10.

– Distribuir os nutrientes a 5 cm superficialmente e,  a 20 cm do caule da planta no inicio da estação chuvosa do ano.

Utilização:

– Planta largamente utilizada para recompor áreas degradadas, bordas de rios, represas, lagos.

– Os frutos são bastante apreciados pela fauna silvestre: Pássaros: periquitos, jandaias e papagaios. Peixes e Mamíferos como macacos. Os quais acabam fazendo a propagação natural da planta, distribuindo sementes em suas fezes, nas matas ciliares.

Propriedades medicinais:

– Segundo a farmacopeia popular a planta apresenta várias propriedades medicinais.

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Como fazer mudas de Ipê Rosa – Tabebuia pentaphylla.

Como fazer mudas de Ipê Rosa

Nome científico: Handroanthus heptaphyllus, Tabebuia pentaphylla,

Nome popular: Ipê rosa, Piúva.

Origem: Brasil, América do Sul.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta de crescimento rápido, quando adulta, pode atingir mais de 30 metros de altura.

– A planta floresce no inverno, provendo alimento para abelhas e beija-flores, numa época de escassez acentuada de flores.

– É largamente empregada no paisagismo urbano, por apresentar belíssimas inflorescências coloridas.

Clima:

– Planta adaptada ao clima quente: Tropical, subtropical, equatorial.  Sensível a geadas.

– Deverá ser cultivada a sol pleno.

Solo:

– O ipê é uma planta relativamente rústica, desenvolvendo-se satisfatoriamente em diversos tipos de solo. Mas, para que ela chegue ao seu máximo, deverá ser cultivada em solos férteis e bem drenados.

– Trata-se de uma espécie recomendada para recuperação de ecossistemas degradados.

Propagação:

– A produção de mudas, geralmente, é feita através de sementes.

– As vagens deverão ser coletadas, maduras, mas, antes da dispersão das sementes, pois se trata de sementes aladas.

– Na natureza, as sementes são espalhadas pelo vento.

– Após a coleta das vagens, a extração das sementes deverá ser feita manualmente e, após extraídas, deverão ficar à sombra, em ambiente ventilado.

– As sementes do ipê deverão ser plantadas em até três meses depois de colhidas, pois, a partir desse período, perdem o poder germinativo facilmente.

– Numa segunda hipótese, depois de coletadas, se forem colocadas em vidros esterilizado, e hermeticamente fechados, resistirão até no máximo nove meses, se armazenadas em câmara fria.

Sementeiras:

– A melhor maneira de plantá-las (para uma produção não industrial) será pelo método de sementeiras, ou seja: preparar em local sombreado, um canteiro, afofando bem a terra, que deverá ser de boa qualidade, misturando em seguida, uma porção generosa de material orgânico: esterco animal ou, folhas em decomposição, homogeneizar bem para a aeração do solo… Em seguida, nivelar a superfície e na sequência, distribuir as sementes, cobrindo-as com uma camada de terra de no máximo um centímetro…

-Manter o local úmido sem encharcar…

– Após as mudas atingirem mais ou menos dez centímetros de altura, deverão ser transplantadas em balainhos. (sacos de polietileno).

Após as mudas, nos balainhos, atingirem aproximadamente, trinta centímetros de altura, e depois de serem aclimatadas ao sol, por um período de mais ou menos um mês, deverão ser transplantadas para seus lugares definitivos.

Locais definitivos:

– Aconselha-se que as mudas deverão ser transplantadas em seus locais definitivos, no início da estação chuvosa, para não sentir muito o estresse da mudança.

Nota:

– Os ipês são plantas pouco exigentes e se desenvolvem em todo o território brasileiro,

– As sementes não necessitam de quebra de dormência.

– As sementes, também podem ser semeadas diretamente nos balainhos.

– A germinação ocorre após 30 dias em de 80% das sementes.

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Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru – Cumaruzeiro

Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru

Nome cientfico: Dypterix alata.

Nomes Populares: baru, cumbaru, castanha-de-barata, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé.

Origem: Brasil, Região de cerrados brasileiros.

Características gerais:

– A frutificação do cumaruzeiro, geralmente, inicia-se aos seis anos.

– Trata-se de uma árvore leguminosa de médio porte. Uma planta poderá atingir, em média, até 15 metros de altura, com diâmetro do tronco em torno de 70 cm.

– Trata-se de uma árvore hermafrodita. Os frutos de forma arredondados, elípticos, em média, tem 6 cm de comprimento por  4 cm de largura, geralmente na cor  marrom-claro. A polpa é comestível e tem sabor levemente adocicado. No interior do fruto contém uma única semente, (amêndoa comestível), que é a parte mais nutritiva da planta.

– A planta é endêmica nos cerrados da região central do Brasil, mas, também ocorre nas regiões: sudeste, norte e nordeste.

– A floração geralmente ocorre de novembro a maio e a frutificação de outubro a março, mas, poderá variar de acordo com cada região.

– A colheita, geralmente é feita, após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Sabe-se que a amêndoa do cumaruzeiro tem alto valor nutricional, cujo sabor é semelhante ao do amendoim. Diante disso, atribuíram-lhe propriedades afrodisíacas.

– A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa, (mamíferos, roedores, morcego, etc.).

– Quando a árvore ocorre dentro das pastagens o gado também se alimenta da polpa, roendo os frutos caídos no solo na época da safra.

– Na natureza, esse processo de animais roerem os frutos para se alimentarem da poupa, acaba ajudando a planta na sua propagação natural, pois, fará o método de quebra de dormência pelo processo da escarificação mecânica e, consiste em: atritar os frutos com os dentes, no processo de mastigação, que irá gastar parte do tegumento impermeável (casca dura), para facilitar a absorção de água, luz e oxigênio, pelo embrião, acordando-o para emergência.

Propagação:

– Para propagação da espécie usam-se tanto as sementes inteiras ou, apenas as amêndoas.

– Na natureza, como foi descrito acima, os animais mamíferos de grande e médio porte, como: gado, suínos, antas, veados, etc. encarregam-se de fazer a propagação e distribuição da planta. (roem os frutos, e a maioria desses frutos acabam sendo enterrados pelo pisoteio desses animais e, uma boa parcela desses frutos enterrados acaba germinando).

– Em escala doméstica, para plantar o fruto inteiro será necessário fazer a quebra da dormência, atritando o fruto a uma superfície áspera como: lixa, piso de cimento rústico, etc. (escarificação mecânica), para gastar parte do tegumento impermeável da semente e, imediatamente após o processo de escarificação as sementes deverão ficar imersas em água por um período de 24 horas, antes de serem plantadas ou, se preferir, retirar a amêndoa de dentro do fruto, sem danificá-la e em seguida plantá-la.

– O processo da quebra do fruto para retirada da amêndoa deverá ser feito com o auxílio de uma morsa, martelo, etc. tomando o devido cuidado para não danificá-la.

– Recomenda-se quebrar apenas os frutos que, ao serem sacudidos, perceber nitidamente a amêndoa solta, balançando dentro deles.

– Para semeadura feita com sementes nuas, (amêndoas) a emergência é mais rápida, geralmente com quinze dias já estarão germinadas.

– Para semeadura feita com frutos inteiros (com escarificação mecânica e, imersas em água por 24 horas), geralmente demora em torno de 45 dias para germinar.

– As mudas dessa espécie deverão ser mantidas a pleno sol, pois à sombra poderão sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp., e, ou, outras pragas.

– Trata-se de plantas de crescimento rápido. Geralmente, com dois meses de vida, as mudas atingirão, em média, 15 cm de altura.

– A parte subterrânea (raízes), apresenta desenvolvimento mais rápido que a parte aérea da planta.

Seleção das sementes:

– Para iniciar uma plantação deverá ser feita a coleta de frutos no campo.

– As matrizes fornecedoras de tais sementes deverão ser vigorosas, produtivas, com frutos uniformes, livres de pragas e doenças.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, sem grandes exigências, porém é mais produtiva quando cultivada em áreas de solos mais férteis.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente. E deverá ser cultivada a sol pleno.

Viveiro de mudas:

– O viveiro de mudas deverá ser instalado a céu aberto.

– A semeadura deverá ocorrer o mais breve possível após coleta das sementes.

– Aconselha-se a produção das mudas em sacos de polietileno (tamanho médio).

– Plantar de uma a duas sementes, ou, amêndoas por saco, enterrando-as a uma profundidade média de 1 cm.

– A porcentagem de germinação, geralmente, é de 90%.

– O período de germinação para amêndoas demora, em média, 15 dias.

– O período de germinação das sementes submetida ao processo de escarificação mecânica e embebidas por 24 horas em água, antes de serem plantada, demora, em média, 45 dias.

Substrato dos sacos de polietileno:

– Por se tratar de uma planta rústica do cerrado, o substrato onde serão plantadas as sementes deverá ser um solo de boa qualidade incorporado algum tipo (em pequena quantidade), de esterco animal bem curtido.

Regas:

– As regas deverão ser frequentes, apenas para manter o substrato dos sacos de polietileno levemente umedecidos.

Plantio das mudas em locais definitivos:

-O plantio das mudas no campo deverá ser feito no período chuvoso do ano.

– O espaçamento poderá ser de 8 metros entre planta por 10 metros entre ruas.

Colheita:

– A colheita é feita após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Geralmente a safra tem variações bruscas de intensidade na produção de frutos de um ano para o outro.  Planta intermitente, produz uma safra regular a cada 2 anos.

– Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de frutos por safra regular.

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Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

 Nome científico: Bertholletia excelsa

Nome popular: Castanha do Brasil, Castanha do Pará, castanha da Amazônia.

Família: Lecythidaceae

Origem: America do Sul, Região amazônica.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que atinge facilmente 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro na base do seu tronco.

– Árvore endêmica da floresta Amazônica podendo ser encontrada nos estados do

Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Mato Grosso.

– A espécie ocorre também na Venezuela, Bolívia, Guianas, Colômbia, Peru, porém, na Amazônia brasileira existe com maior densidade.

Propagação:

– A propagação da castanheira é feita via sementes.

– No entanto, para acelerar o processo de germinação, as sementes necessariamente terão que ficar livres de sua casca (tegumento).

– As sementes sem o tegumento, apresenta um índice de germinação, em média, 70% com apenas 3 meses após semeadura.

– A retirada do tegumento é um trabalho delicado para não danificar a amêndoa.

– O melhor período para coletar as sementes destinadas a produção de mudas, vai de  outubro a março.

– Coletar sementes grandes, de árvores saudáveis com boa produtividade.

– Na produção de mudas utilizar apenas sementes novas, pois, essas, ainda não perderam a umidade nem o seu poder germinativo.

Retirada da casca tegumentar:

– Para facilitar a retirada do tegumento, as sementes deverão ficar mergulhadas em água por um período de 48 horas. Na sequência, poderá ser utilizada um quebra nozes, ou um martelo, apenas para trincar o tegumento, cujo processo final, deverá ser feito com o auxílio de um canivete, com todo o cuidado para não danificar a amêndoa.

Tratamento antifúngico:

– Após a retirada do tegumento, as sementes deverão passar por um tratamento contra fungos que atacam sementes oleaginosas.

– Preparar uma solução com fungicida à base de propiconazole na concentração de 0,2% (2 g do produto para 1 litro de água). As sementes deverão permanecer emergidas por 90 minutos nesta solução, com agitação a cada 10 minutos.

– Após o tratamento com esse fungicida, as sementes deverão ficar expostas sobre papel jornal para secarem a sombra, por um período de aproximadamente duas horas.

Sementeira:

– A sementeira poderá ser: caixa plástica perfurada para drenagem de água, ou confeccionada com madeira.

– A sementeira deverá ser colocada ou, construída em local semissombreado, (50% de sombra).

– A parte superior da sementeira deverá ser protegida com uma tela de malha fina, para prevenir o ataque de roedores que chegam para saquear as sementes em desenvolvimento.

Substrato da sementeira:

– O substrato da sementeira deverá ser apenas areia lavada.

– Distribuir areia lavada na sementeira, nivelar a superfície sem prensar, em seguida regar.

Semeadura:

– A semeadura é uma das etapas consideradas como a mais importante.

– Colocar as sementes sob a areia, como o polo radicular de onde se originará a raiz (parte mais grossa) voltada para baixo, e o caulinar a uma profundidade de 1 cm da superfície do substrato.

– Caso haja dúvida, sobre o lado correto do polo radicular, colocar a semente na posição horizontal.

– Regar a sementeira, imediatamente após a colocação das sementes, repetindo a cada dois dias, a fim de manter o substrato de areia levemente umedecido.

Germinação:

-As sementes iniciam a germinação após10 dias da semeadura, podendo se estender até cinco meses, sendo que aos 80 dias já ocorreu 70% da germinação.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco de gado bem curtido, na seguinte proporção 2:1:1.

– Adicionar 1,0 kg de Calcário e 200 g de Superfosfato triplo por metro cúbico, de substrato.

– Homogeneizar todos os ingredientes, e preencher os balainhos.

Repicagem para balainhos (Sacos plásticos):

– A repicagem deverá ser feita antes da abertura das primeiras folhas das plântulas, no chamado “ponto de palito”, para evitar a perda de água e queima das folhas.

– Só deverão ser repicadas para os, (balainhos), sacos plásticos, as mudas que apresentar caulículo e radícula em pleno desenvolvimento.

Repicagem das mudas para locais definitivos:

– As mudas estarão aptas para o plantio em seus locais definitivos, quando atingirem, em média, 30 cm de altura e apresentarem 16 folhas abertas. O tempo necessário para que isso ocorra, poderá variar de quatro a oito meses, após a repicagem para os balainhos.

– Os balainhos, ou seja: As embalagens plásticas recomendadas para esse tipo de planta são sacos de polietileno preto (19 cm x 28 cm e 2 mm de espessura), contendo furos para drenagem de água.

Aclimatação ao meio externo:

– As mudas produzidas em ambiente sombreados deverão passar por um processo de aclimatação gradativa à luz solar, antes de serem repicadas definitivamente.

– Para isso, no período que anteceder o repique, as mudas deverão permanecer de 15 a 30 dias a céu aberto.

Covas:

– A castanheira deverá ser plantada em covas profundas.

– O colo da muda deverá ficar rente ao nível do solo.

– Para enchimento da cova utiliza-se uma mistura de terra vegetal (da primeira camada do solo), geralmente de coloração mais escura, devido à concentração de húmus, acrescentando 10 litros de esterco de curral e 300g de Superfosfato triplo, 100g de cloreto de potássio e 100g de sulfato de amônia, totalmente homogeneizados.

– Para grandes plantações, utilizar somente o Superfosfato triplo, misturado ao solo retirado da cova.

– Realizar o plantio no início das chuvas da primavera.

Clima:

– Trata-se de uma espécie adaptada a climas tropicais e subtropicais, variando entre 24,0° e 28,0°C. Cuja umidade relativa do ar é considerada alta, girando  em torno de 80% e 87%, com variações bruscas durante os meses entre 66% e 91% . Com precipitações médias anuais, oscilando entre 1400 e 2800 mm.

– A planta não tolera ventos frios.

Solo:

– A castanheira tem acentuada preferência por solos argilosos e argilo-silicosos e  terras altas .

– Os solos para a cultura ou, plantio definitivo, devem ser profundos, bem drenados, de textura média, topografia levemente ondulada e livre de inundações.

– A planta apresenta melhor desenvolvimento em altura e diâmetro do tronco, quando cultivada em solos com pH levemente ácido.

Espaçamentos:

– O espaçamento e a densificação de plantas por hectare, depende da finalidade.

– Para sistemas consorciados com culturas perenes, o espaçamento recomendado é 12m x 12m, densidade de 70 plantas por ha.

– Para sistema onde se pretende produção de madeira, o espaçamento deverá oscilar em torno de 4 mx 4 m.

 Tratos culturais:

– Capinas ou roçadas em forma de coroamento, efetuadas em torno das plantas, duas vezes ao ano. À medida que a planta for crescendo, não será  mais necessário.

– Aplicação de 300 gramas de Superfosfato triplo, aplicação em cobertura no segundo e terceiro ano após plantio.

– Controle de pragas. A praga mais comum é a formiga saúva.

Floração frutificação e colheita:

– Em plantio realizado em campo experimental, a floração e frutificação da castanheira iniciaram-se 15 anos, após as plantas serem levadas a campo.

– A castanha do Pará, Geralmente, apresenta floração nos meses de outubro a dezembro, e frutificação de outubro a março.

Como fazer mudas de pequi – Quebra de dormência.

Como fazer mudas de pequi – Quebra de dormência.

Nome científico: Caryocar brasiliense.

Origem:  América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– O pequizeiro é uma árvore típica, nativa do cerrado brasileiro.

– A semente envolta por uma poupa amarelada, com sabor e odor peculiar, é largamente consumida pelos povos da região, que a prepara: cozida no arroz, feijão, carnes, e também em formas de conservas, doces, licores, etc.

– Para acelerar a germinação das sementes que possui um tecido tegumentar espesso é necessário fazer a quebra de dormência.

Quebra de dormência:

– Colher o fruto e retirar as sementes.

– Deixar as sementes de molho em água por 4 a 5 dias, para facilitar a remoção da polpa amarela, comestível.

– Passado esse período a poupa já amoleceu o suficiente para ser removida com jato de água, até deixar a semente totalmente limpa.

– Em seguida deixar a semente secar em locais semissombreados por 2 a 3 dias.

– Na sequência as sementes deverão receber um tratamento por imersão, com ácido giberélico, facilmente encontrado em lojas agropecuárias.

Como preparar essa infusão:

Ingredientes:

– 1,0 gramas de ácido giberélico.

– Álcool.

– 4,0 litros de água.

Como preparar:

– Dissolver 1,0 gramas de ácido giberélico em álcool, o álcool deverá ser a medida suficiente para diluir totalmente o ácido, e em seguida adicionar os 4,0 litros de água.

– Homogeneizar totalmente essa mistura e mergulhar as sementes nessa infusão por 4 dias.

– Após os quatro dias, as sementes já estarão prontas para o plantio.

Plantio:

– Aconselha-se o plantio em sementeiras feitas em caixas plásticas com furos no fundo para drenagem de água.

– Encher as sementeiras com areia, (apenas areia, a ária facilita a drenagem de água).

– Enterrar as sementes com o olho do embrião para cima.

– As sementes deverão ficar soterradas com aproximadamente 3 cm de profundidade.

– Colocar as caixas plásticas com as sementes já plantadas, ao sol pleno.

– Regar de 2 a 3 vezes ao dia.

– Com dois meses a maioria das sementes já estará germinada.

– Após as mudas germinadas já poderão ser plantadas em balainhos, tubetes de plástico.

Substrato para os tubetes:

– 6 partes de terra de boa qualidade.

– 2 partes de esterco animal, totalmente curtido.

– 1 parte de areia.

Nota:

– Esses materiais deverão ser totalmente homogeneizados antes de serem colocados nos tubetes.

– As mudas deverão ser transferidas diretamente das sementeiras para os tubetes.

– Depois de transferidas para os tubetes, deverão ser irrigadas e mantidas sempre a sol pleno.

– As regas deverão acontecer sempre de 2 a 3 vezes ao dia.

Desenvolvimento das mudas:

– Entre 6 a 8 meses de idade, as mudas já deverão atingir aproximadamente meio metro de altura.

– O plantio para os locais definitivos deverão coincidir com o início da estação chuvosa do ano.

Colheita:

– A frutificação deverá iniciar por volta de 5 a 6 anos após o plantio.

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Como fazer mudas de Guapuruvu

Como fazer mudas de Guapuruvu

Nome científico: Schizolobium parahyba

Nomes populares: Pau-de-canoa, Pau-de-tamanco, Pau-de-vintém, Guarapuvu, Guavirovo, Igarapobu, Paricá, Pataqueira, Bacurubu, Bacuruva, Bacuruvu, Badarra, Birosca, Faveira, Ficheira, Gabiruvu, Gapuruvu, Garapuvu, Guapiruvu,

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– O guapuruvu é uma árvore de grande porte, atinge de 20 a 30 metros de altura.

– Trata-se de uma árvore pioneira de tronco retilíneo, com ramificações e galhadas abertas apenas na parte superior.

– Trata-se de uma árvore de crescimento rápido.

– Por ser uma espécie de árvore pioneira, é indicada para recuperação inicial de áreas degradadas.

– Sua floração, (na cor amarela), geralmente, ocorre em agosto, numa época de escassez de flores, trazendo um grande alívio para as abelhas e outros insetos alados, que se alimentam de néctares.

– Árvore de madeira leve, clara, macia, largamente utilizada na confecção de artesanatos, caixeterias e outras embalagens.

– Os frutos (vagens) amadurecem no outono.

– Cada vagem carrega apenas uma semente grande, lisa, oblonga e rígida, envolta por uma membrana (asa papirácea) que se dispersa pelos ventos.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes.

– Por se tratar de sementes com tegumento (envoltório), duros e impermeáveis, para acelerar o seu processo de emergência é necessária a quebra de dormência.

– A quebra de dormência poderá ser feita da escarificação mecânica (o tegumento da semente deve ser desgastado no lado oposto ao hilo), ou, escarificação em ácido sulfúrico ou, imersão em água quente.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada à alta luminosidade e climas: Equatorial, Subtropical, Tropical.

– A planta deverá ser cultivada sol o sol pleno.

Solo:

– Planta deverá ser cultivada em solo fértil, enriquecido com material orgânico.

– O Substrato para os balainhos deverá ser a uma mistura totalmente homogeneizada de solo de boa qualidade e esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1.

– Por tratar-se de sementes com taxa de germinação baixa, aplicar de 2 a 3 sementes por balainho. (Taxa de germinação – cerca de 70%).

– As sementes deverão ficar enterradas a uma profundidade média de 2 cm.

Regas:

– As regas deverão ser frequentes para manter o solo dos balainhos sempre com boa umidade.

Plantio definitivo:

– As mudas ao atingir 50 centímetros de altura, já poderão ser levadas a campo.

– As mudas devem ser irrigadas no seu primeiro ano de vida.

Nota:

– Por se tratar de uma planta higrófita, ela se adapta perfeitamente a locais úmidos como as margens de rios, sendo capaz de tolerar encharcamento temporários.

– Por sua característica tegumentar, as sementes permanecem viáveis por alguns anos se armazenadas em locais arejado e fresco.

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Como fazer mudas de Neem Indiano – Nim Indiano

Como fazer mudas de Neem Indiano – Nim Indiano

Nome científico: Azadirachta Índica.

Nome popular: Nim, Amargosa.

Origem: Índia

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que pode chegar a mais de 30 metros de altura e 2,5 metros de circunferência do tronco.

– Pertence à família Meliaceae, a qual inclui o Mogno e o Cedro, porém, a única no seu gênero botânico.

– A planta é nativa na Índia e apresenta grande resistência à seca e, não tolera solos encharcados, mesmo que temporariamente.

– Além de abastecer a indústria madeireira, a planta é largamente difundida pelas suas propriedades medicinais e terapêuticas encontradas nas sementes, folhas e cascas.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes.

– As sementes deverão ser obtidas de árvores vigorosas desde que apresentam produção satisfatória.

– Por se tratar de sementes recalcitrantes, a semeadura terá que ser feita logo após a colheita. (Sementes recalcitrantes são aquelas que não podem ser conservadas, pois, não sobrevivem à perda de água, durante a secagem e/ou congelamento).

– As sementes não necessitam de tratamento especial para germinação, basta a remoção da polpa do fruto.

Viveiro:

– É essencial a escolha da área para o viveiro, na formação das mudas.

– Esse local deverá ter solo de boa qualidade e, totalmente drenável, circulação de ar eficiente, disponibilidade de água para as regas.

Semeadura:

– A semeadura poderá ser realizada diretamente em sacos plásticos de polietileno, de tamanho médio, ou tubetes plásticos 290 cm³.

– As regas deverão ser diárias para manter o substrato levemente umedecido.

– A germinação das sementes ocorrerá entre 10 a 30 dias, dependendo do clima regional.

Substrato:

– O substrato deverá ser de boa qualidade.

– Misturar solo de textura média com material orgânico bem curtido, na proporção de 3:1.

Plantio definitivo:

– As mudas após atingirem uma altura média de 25 cm, já poderão ser repicadas em seus locais definitivos.

– Geralmente, o período de permanência da planta, dentro do viveiro, para chegar aos 25 cm de altura, tende a variar entre 50 a 100 dias.

– As mudas selecionadas para serem levadas a campo, antes de serem repicadas, recomenda-se fazer aclimatação à luz solar, por um período de 20 dias, reduzindo inclusive, a oferta de água, preparando a planta para enfrentar possíveis temporadas difíceis, ou seja: estresse hídrico e/ou, nutricional pós-plantio.  Esse processo é denominado: rustificação.

– O processo de aclimatação reduz a mortalidade das mudas recém-transplantadas.

– A melhor época para a repicagem definitiva é o início do período chuvoso anual.

Nota:

– O início da floração e frutificação, ocorrerá, em média, a partir dos dois anos.

– A produção é crescente e a planta chegará ao seu pico, em média, aos 10 anos de idade.

– Geralmente, ocorrerá 2 frutificações anuais.

– Normalmente, os frutos maduros, adquirem tonalidade levemente amarelada.

– A colheita dos frutos ocorrerá, em média, 75 dias após a abertura das flores.

Solo para plantação definitiva:

– O solo deverá ser de textura leve, boa qualidade, profundo e permanentemente drenável.

– Solos com pH entre 5 e 7, são os mais adequados.

– O solo do terreno para plantação definitiva deverá ser arado e gradeado.

– É recomendável que o relevo seja plano ou, levemente ondulado..

– Deverão ser evitados solos com textura muito argilosa, compactados e/ou, relevos baixios que apresentam tendências ao acúmulo de água.

Nota:

– É importante fazer análise do solo, cujos resultados orientarão as necessidades de calagem e de aplicação de fertilizantes.  Trata-se de uma planta exigente em nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca).

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada a altas temperaturas, para ser cultivada a pleno sol, em regiões de climas tropicais subúmidas e semiáridas.

– A temperatura média anual deverá ficar acima dos 20ºC.

– A planta é muito sensível ao frio.

– Trata-se de uma planta que se adaptou a várias regiões com precipitação pluviométrica diferentes, que varia entre 600 a 1400 mm/ano.

Tratos culturais

– Podas para formação da planta, como a decepa apical (corte no tronco principal a dois ou três metros do solo).

– A poda apical favorecerá a produção de frutos em detrimento da formação de madeira. – Aconselha-se fazer a poda dentro do segundo ou terceiro ano de vida da planta.

– A eficácia da produção de frutos, dependerá dos espaçamentos amplos entre plantas.

– Será necessário fazer um controle intensificado contra as formigas cortadeiras, com formicidas granuladas.

– Controle das plantas invasoras com capina regulares ou, herbicidas.

Espaçamento:

– O espaçamento recomendado para a plantação em  forma de bosque é de 4 a 6 metros entre plantas e 6 a 8 metros entre linhas. Deve-se manter sempre um mínimo de 40 m² por planta. (em média, 250 árvores por hectare).

Considerações finais:

– Dessa árvore se aproveita tudo: Madeira, folhas, frutos e cascas.

– E todo esse material será utilizado em áreas relacionadas à cosmética, medicina veterinária e humana, higiene pessoal e agricultura.

– Das sementes extrai-se um óleo com elevado teor de azadiractina, utilizado como matéria-prima na fabricação de inseticidas, fungicidas e produtos veterinários, bem como xampus, sabonetes e pastas de dentes, etc.

Como fazer mudas de Guanandi

Como fazer mudas de Guanandi

Nome científico: Calophyllum brasiliense Cambess.

Nome popular: Guanandi, Jacareúba (Norte do Brasil), Olandi (Sul do Brasil).

Origem: América do Sul, América Central, México.

Características gerais:

– Estados brasileiros onde o Guanandi é nativo: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

– O guanandi inicia sua produção de frutos aos quatro anos.

Propagação:

– A planta se propaga por sementes.

Coleta de Sementes:

– As sementes deverão ser coletadas de árvores selecionadas: vigorosas.

– As sementes deverão ser despolpadas e em seguida passar por um processo de quebra de dormência, para acelerar a germinação.

– A quebra de dormência poderá ser feita pelos métodos: Escarificação mecânica ou, Estratificação com areia úmida por 60 dias.

Preparação dos canteiros:

– Afofar a terra a uma profundidade média de 30 cm.

– Levantar o nível dos canteiros, em média, 20 cm, para facilitar a drenagem de água.

– Aconselha-se canteiro com 1 metro de largura, para facilidade dos tratos culturais.

Semeadura:

– Aplicar as sementes em fileiras a uma distância média de 5 cm entre elas.

– As sementes deverão ser enterradas a uma profundidade média de 2 cm.

– A distância média entre linhas poderá ser de 20 cm.

– Para acelerar a germinação poderá ser colocada sobre os canteiros, uma cobertura feita com plástico transparente.

– Normalmente a germinação irá ocorrer num período de 30 a 90 dias.

Substrato:

– O guanandi é rústico e pouco exigente, vegetando em qualquer tipo de solo, no entanto, para esta fase de formação de mudas mais vigorosas,  poderão ser utilizado diferentes substratos enriquecidos, aqueles que estiverem disponíveis no momento, exemplo: composto orgânico bem curtido, carvão vegetal moído, vermiculita,  serragem, casca de arroz carbonizada, bagaço de cana triturado, húmus de minhoca, fibras de coco.

– A combinação desses componentes deverá ser totalmente homogeneizada ao solo, antes de ser utilizada nos balainhos ou, tubetes.

– Para os canteiros, o mais indicado, é utilizar apenas a terra do subsolo.

Repicagem:

– A repicagem das mudas, poderá ser feita em balainhos de sacos de polietileno, tamanho médio ou, tubetes plástico, com capacidade de 75 cm3, e, deverá ser realizada quando as plântulas, recém-germinadas,  apresentarem as duas folhas cotiledonares.

– As plantas repicadas deverão ser colocadas em berçário (ripado ou, sombrite com 50 % de sombreamento).

– As regas por aspersão, deverão ser feitas diariamente. (Recomenda-se irrigação por aspersão, para não ocorrer perdas de substratos no recipiente).

Nota:

– O recipiente mais aconselhável para repicagem, é o tubete plástico,  visto que contém aletas e estrias longitudinais internas, que direcionam as raízes para baixo.

– A partir de 30 dias dentro do berçário, as mudas deverão ser transferidas para estufa com cobertura plástica, destinada à proteção das mesmas durante o inverno.

Plantio definitivo:

– Geralmente, após 8 a 10 meses depois de semeadas, (as mudas que apresentarem, no mínimo, dois lançamentos de folhas, altura média de 40 cm e diâmetro do colo entre 5 a 10 mm, estarão aptas ao transplantio). E já poderão ser repicadas em seus locais definitivos.  (Mas, antes, recomenda-se fazer aclimatação das mudas á luz solar, por um período de 20 dias, reduzindo inclusive, a oferta de água, preparando a planta para enfrentar possíveis temporadas difíceis, ou seja: estresse hídrico e/ou, nutricional pós-plantio).

– O período chuvoso da primavera é a época mais indicada para a repicagem das mudas em seus locais definitivos.

– O espaçamento ideal gira em torno de 3×2 metros.

– O tempo de corte da espécie gira em torno de 18,5 anos,

Como fazer mudas de plantas utilizando hormônio enraizador extraído da Tiririca.

Como fazer mudas de plantas utilizando hormônio enraizador extraído da Tiririca.

 Muitos se fala sobre o poder de enraizamento do suco extraído da tiririca.

 Tiririca

Nome científico: Cyperus rotundus.

Nomes populares: Tiririca do Brejo, hamassuguê, capim Danda, cebolinha, erva coco, Junca aromática, tiririca-Comum.

Origem: Ásia.

Considerações gerais:

– A tiririca é a grande praga das lavouras, mundialmente conhecida, alastra-se e vai tomando conta de tudo, inclusive de hortas e quintais.

-trata-se de uma planta com grande capacidade de competição e agressividade.

– Acredita-se que menos de 5% de suas sementes apresentam-se viáveis para germinação.

– Sua principal disseminação se dá através dos bulbos que crescem enterrado no solo, diante disso, a grande dificuldade de controle e erradicação dessa  invasora.

 Benefícios:

– Conforme experimentos, ainda sem comprovação científica, foram observados que o suco dos seus tubérculos, ajuda na formação de raízes em estacas de plantas de difícil pegamento.

– Os resultados observados foram semelhantes aos produzidos pelos: “ácido indol acético” (IAA), “Ácido indol butírico” (IBA),  “Ácido naftaleno acético” (NAA), ditos como: hormônios enraizadores.

– Pelo simples motivo da calda feita com a planta, estimular outras, induzindo-as na produção ou aceleração do processo de formação de raízes, acredita-se que esses tubérculos são ricos em fito hormônio.

Receitas do caldo da tiririca como hormônio Enraizador para propagação método de estaquia:

Receita A:

– Colher um maço da planta tiririca, com seus respectivos tubérculos.

– Lavar para eliminar a terra e outras impurezas.

– Bater no liquidificador com água.

– Em seguida, colocar as estacas de molho, até a metade, (ou seja a parte que vai ser enterrada),  por 1 dia, antes de plantar.

Receita B:

Ingredientes:

– Colher 1 kg de tiririca com folhas e tubérculos.

– 250 ml de álcool de cereal.

-1 litro de água.

Modo de preparar:

– Macerar bem ou, moer em máquina de moer carne a tiririca com folhas e tubérculos.

– Em seguida, colocar de molho por 48 horas no litro de água.

– Finalmente, coar a solução e adicionar o álcool de cereal.

Modo de usar:

– Cortar as estacas e colocá-las até a metade (ou seja: a parte que será enterrada), nesse liquido, durante aproximadamente 2 minutos.

– Decorrido esse tempo, plantar as estacas em seus recipientes, com o substrato ligeiramente umedecido, para não correr o risco da água das regas lavarem as estacas.

Obs. Esse preparado poderá ser armazenado na geladeira por até um mês.

Observações:

– Existem vários trabalhos científicos citando o efeito alelopático da tiririca.

 O que é alelopatia:

– Denomina-se (efeito alelopático), ou alelopatia o processo pelo qual uma planta libera substâncias químicas, nocivas,  (aleloquímicos) alterando o desenvolvimento de outra espécie vegetal.  Este processo é uma forma de “defesa” da própria planta contra uma espécie invasora.

 – Agora, sobre o efeito enraizador do suco extraído de suas folhas e tubérculos, é um capítulo à parte, que ainda apresenta-se controverso. 

Visto que: Diferentes espécies de vegetais foram trabalhadas e testadas por vários pesquisadores, com metodologia diferenciada, objetivando obter bons resultados. Porém a chamada eficácia agronômica apresentada pelo suco da tiririca utilizado como hormônio enraizador mostrou-se abaixo da média.

Conclusão:

A voz do povo é a voz de Deus…

Não custa experimentar, já que se trata de uma planta comum.

Esse assunto é muito antigo e muito comentado entre os interessados.

Muitos produtores de orquídeas, de bonsais, e de mudas em geral, feitas pelo método de estaquia, estão usando esse enraizador caseiro com sucesso.

 

Como fazer mudas de Jacarandá Mimoso

Como fazer mudas de Jacarandá Mimoso

Nome científico: Jacaranda mimosifolia

Nomes Populares: Jacarandá, jacarandá-mimoso.

Origem: América do Sul

Considerações gerais:

– O jacarandá pode atingir cerca de 15,0 metros de altura

– As flores são tubulares, azul-violeta, reunidas em grandes inflorescências.

– O florescimento ocorre em meados do verão até meados da primavera, geralmente com a árvore sem folhas.

– As sementes são pequenas, achatadas, providas de asas membranosas que facilita a sua dispersão através do vento. São produzidas dentro de cápsulas lenhosas, que com o tempo se abrem liberando-as.

Propagação:

– A multiplicação de mudas, geralmente, é feita através de sementes.

Quebra de dormência:

– As sementes do Jacarandá apresenta leve dormência tegumentar, (casca dura).

– Essa dormência poderá ser facilmente quebrada pelo processo de embebição com água, ou seja:

– Deixar as sementes imersas em água, em temperatura ambiente, por 48 horas, antes da semeadura.

Solo:

– O solo dos balainhos deverá ser uma mistura homogeneizada de terra de boa qualidade, esterco animal curtido e areia, na proporção de 4:2:2.

– A areia entra na composição para deixar o substrato com boa drenagem de água.

– Os balainhos poderão ser sacos plásticos de polietileno, embalagem descartável tetra pak, ou qualquer outro tipo de embalagem descartável disponível.

– As embalagens descartáveis a serem utilizadas, deverão ser furadas no fundo para drenagem de água das regas.

Semeadura:

– Enterrar duas sementes em cada balainho, a uma profundidade de aproximadamente um centímetro.

– Depositar os balainhos em locais semissombreados, de forma que recebam luz do sol pela manhã e a tarde.

– Em 30 dias as sementes já estarão nascidas.

-Após atingir altura media de quarenta centímetros deverá ser feita a aclimatação ao sol, antes de ser levadas a campo definitivamente.

Abertura das covas:

-A cova definitiva deve ter 40 x 40 x 40 centímetros.

– Ao solo removido deverá ser incorporada uma quantidade razoável de esterco animal bem curtido, antes de voltar para dentro do buraco.

– Esse processo deverá ser feito em média 30 dias antes de receber a muda.

– Para plantar a muda, abrir um buraco um pouco maior que o torrão, no centro da cova, colocar a muda e apertar levemente com as pontas dos dedos fixando-a ao solo.

– O melhor período para se levar as mudas à campo, é o início da estação chuvosa, quando não será necessário fazer as irrigações frequentes até o seu pegamento.

Nota:

Dependendo do destino da planta, o espaçamento das covas deverá ser revisto, pois o jacarandá é uma árvore de médio a grande porte.

– Deverá ser plantada em pleno sol, em solo profundo, permeável e bem drenado.

Obs.

– A muda deverá ser tutorada nos primeiros anos de vida, para que adquira troncos eretos.

– O jacarandá não deve ser plantado próximo a muros, paredes, calçadas, pois suas raízes, em busca de nutrientes, poderão abalar essas estruturas.

– O Jacarandá é uma planta rústica e depois de pega, não precisará de grandes cuidados, apenas a eliminação das ervas daninhas competidoras.

Utilização:

– Paisagismo.

Para ver um vídeo dessa planta, CLICAR AQUI