Como cultivar pepinos – Como produzir pepinos – Horta doméstica
Horta em casa
Pepino
Nome científico: Cucumis sativus.
Origem: Índia.
Características Gerais:
– O cultivo do pepino, é bastante simples e não demanda muitos cuidados.
– Trata-se de uma planta de ciclo de vida anual.
– O pepineiro é uma trepadeira, cujos ramos podem atingir mais de 2 metros de comprimento.
– Geralmente, o pepino comum, (pepino caipira), em escala doméstica, poderá ser produzido como planta rasteira, crescendo em contato direto com o solo. Porém, em escala comercial, usa-se fazer o tutoramento da planta, (pepino japonês), utilizando varas de bambu.
– Para induzir a planta à ramificação e à frutificação, usa-se cortar os ponteiros das ramas principais, ou seja:
– Para plantas tutoradas, quando as mesmas atingirem a altura máxima do tutor.
– Para plantas de cultivo rasteiro, quando as ramas atingirem, em média, 2 metros de comprimento.
Propagação:
– A multiplicação do pepino é feito por sementes, geralmente, plantadas diretamente no local definitivo.
– Por ser uma planta de clima quente, as sementes germinarão com mais vigor em temperaturas acima dos 20°C.
– Plantar de 3 a 4 sementes, a uma profundidade média de 2 cm.
– A germinação, geralmente ocorrerá dentro de uma semana.
– Fazer o desbaste quando as plantinhas apresentarem duas ou três folhas definitivas, deixando em cada cova, de uma a duas plantas.
Clima:
– Trata-se de uma planta bem adaptada a alta luminosidade, e deverá ser plantada em locais que receba a luz direta do sol.
– Planta de clima quente: tropical e subtropical, com temperaturas entre 26 e 28 ºC.
– A planta não tolera geada.
– Em regiões mais frias, o cultivo deverá ser realizado em estufas, onde temperatura, umidade relativa, luminosidade, etc. poderão ser devidamente monitoradas.
Obs.
– O melhor período para a propagação, são as épocas das temperaturas em alta, que vai da primavera ao outono. A produção ocorre durante todo o ano em regiões de clima tropical e subtropical.
Solo:
– O solo deverá ser, de preferência, areno-argiloso, fértil, rico em matéria orgânica e bem drenado.
– O solo não deverá apresentar acidez elevada. O pH deverá oscilar entre 5,5 a 6,8.
Incorporação de material orgânico ao solo:
– Revolver a uma profundidade de aproximadamente 25 cm, a terra do canteiro ou da cova, adicionando 5 kg/ m² de esterco animal bem curtido.
– Incorporar de forma homogênea o esterco ao solo.
Nota:
– Tanto os canteiros como as covas, deverão ser preparados, com antecedência de aproximadamente um mês, para que os materiais adicionados se incorporem totalmente ao solo, eliminando o risco de provocar qualquer dano ao sistema radicular da plantinha.
– Molhar os canteiros e ou, as covas, todos os dias que antecederem a plantação das sementes.
Adubação química e calagem:
Calagem:
– Para plantio em escala comercial é necessário fazer análise do solo. Para boa produção da planta, o pH do solo deverá ser mantido entre 5,5 a 6,8. A correção, (calagem), é feita utilizando calcário dolomítico.
Adubação química:
– Poderão ser utilizadas as fórmulas: (NPK 4:14:8), ou, (NPK 4:16:8), aplicado, em média,100 gramas por cova. A aplicação deverá ser feita, e bem incorporada (homogeneizada), ao solo da cova, duas semanas antes de receber as sementes.
Adubação de cobertura:
– Para adubação de cobertura, aplicar 15 gramas de nitrogênio, (nitro-cálcio ou sulfato de amônia), por planta, após a sua primeira frutificação.
– Repetir a adubação de cobertura, mais duas vezes, com intervalos de 20 dias entre elas.
Espaçamentos:
Sistema de cultivo rasteiro:
– O plantio a céu aberto, para o cultivo rasteiro, geralmente a distância entre covas é em média 1,5 metros.
Sistema de tutoramento:
– O plantio em sistema de tutoramento é feito em linhas duplas, utilizando estacas de bambu, com cumprimento médio de 2,5 metros.
– As estacas deverão ficar apoiadas em um fio de arame, em média 1,5 metros de altura, com relação ao nível do solo.
-Para o espaçamento, deverão obedecer, em média, 50 cm entre plantas e, 1,0 metros, entre linhas.
– Na medida em que a planta for crescendo, é necessário fazer a amarração das ramas ao tutor.
Regas:
– O solo deverá ser mantido úmido sem provocar alagamentos.
Colheita:
– A floração ocorrerá, em média, um mês, após o plantio.
– A colheita ocorrerá, em média, dois meses, após o plantio.
Nota:
– O pepino pertence à família das cucurbitáceas. (a mesma da abóbora e do melão).
– O tutoramento da planta facilita os tratos culturais e diminui o risco de ataque de doenças e pragas que sobrevivem no solo, bem como, as deformações dos frutos.
– Não é aconselhada a pulverização com inseticidas, pois, como a planta possui flores femininas ou masculinas, o pepineiro dependerá da polinização cruzada feita, geralmente pelos insetos alados, como as abelhas, que fazem o transporte do pólen.
Propriedades terapêuticas:
– O vegetal é formado por 95% de água e contém boa composição mineral: ferro, cálcio, fósforo, cloro, enxofre, magnésio, potássio, sais minerais e vitaminas A, C e do complexo B.
– O suco feito com o pepino auxilia no tratamento de inflamações do tubo digestivo, da bexiga, pressão alta, infecções dos dentes e da gengiva.
– O pepino também combate enfermidades da garganta e, quando combinado com mel, purifica o organismo e elimina gorduras.
– Também apresenta propriedades calmantes, laxantes, diurética, além de ser tônico para o fígado, rins e vesícula.
– Cabelos e unhas se beneficiam do alto teor de sílica e do flúor que a planta apresenta.
Apesar de bem resumido, tornou-se explicativo e cativante quanto a principiantes, o que é o meu caso.
Gostei do assunto. Estou a preparar-me para um mestrado em olericultura. Agradeceria muito se me mandassem material sobre como construir tutoramento com fitilhos em estufa.
Grato pela atenção.
Gostei do texto.
Saúde