Como fazer mudas de Aguapé

Como fazer mudas de Aguapé

Nome Científico: Eichhornia crassipes.

Nomes populares: Lírio d’água, Camalote, Mururé, Baronesa, Jacinto d’água,

Família: Pontederiaceae.

Origem: América do Sul tropical.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta aquática perene, flutuante.

– A planta apresenta-se com folhas grandes e arredondadas. Na base da folha existe uma bolsa reservatório de ar, que permite a planta flutuar, mesmo nas situações mais adversas.

– O sistema radicular do aguapé é um emaranhado de raízes delgadas, que funcionam como filtro, por vários mecanismos: físicos, químicos e biológicos, muito utilizada como agente de despoluição de rios e lagoas e, outras águas poluídas.

– Outra função do sistema radicular do aguapé é proteger peixes na fase de alevinos, insetos e outros organismos aquáticos indefesos.

– Apresenta floração quase o ano todo.

Clima:

– O aguapé é considerada uma planta pioneira.

– Planta adaptada ao clima quente: Equatorial, Tropical e, deverá ser cultivada à sol pleno.

Propagação:

– A planta poderá ser propagada por sementes, e/ou vegetativa (por divisão de rizomas).

Nota:

– Rizomas são caules horizontais submersos e/ou subterrâneos, ricos em substâncias de reserva, difere-se da raiz pela presença de nós, escamas e gemas.

Observação:

– Por propagação via sementes, geralmente liberada na água, poderá sobreviver 15 anos submersa.

Polinização das flores:

– A polinização das flores geralmente é feita por insetos: borboletas, besouros, etc.

 Nota:

Quando o aguapé é cultivado de forma correta do ponto de vista técnico-científico, ele pode ser um agente de despoluição. Quando, no entanto, a planta cresce de forma descontrolada e sem manejo adequado, pode se transformar num problema ambiental.

Nota:

– O Aguapé também é muito utilizado na piscicultura para manter a temperatura da água, proteger os peixes de predadores e do excesso de radiação solar, além de ser uma planta de despoluição, cuja principal característica é absorver e acumular poluentes, “filtrando” a água.

-Em seu local de origem, ou seja, nos rios da Amazônia e/ou Pantanal, a planta é predada por peixes (ex: Peixe-boi) e, outros mamíferos aquáticos herbívoros, ou, mesmo o gado em estação do inverno, onde há generalizada falta de alimentos.

 

Como fazer mudas de Samambaia Avenca – Adiantum

Como fazer mudas de Samambaia Avenca – Adiantum

Nome científico: Adiantum.

Nome popular: Avenca.

Família: Pteridaceae.

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– Trata-se de planta ornamental, herbácea, rizomatoza, de ciclo de vida perene, pertencente à família das samambaias.

– Dependendo da espécie, a folhagem com formatos e desenhos diferenciados, poderá ultrapassar 30 cm de comprimento.

– As samambaias não emitem flores, Elas produzem esporos.

– O esporo é o mecanismo criado pela planta, para sua proliferação na natureza e, é produzido, geralmente, na parte inferior da folha.

Clima:

– Planta adaptada ao clima quente e umido: Equatorial, tropical. Mas, não tolera a incidência direta da luz solar, nem ventos fortes.

– Trata-se de plantas com folhagem delicada e muito sensível. E, locais protegidos com boa luminosidade são os ideais para seu cultivo.

– Na natureza, vegetam próximo ao solo, em locais úmidos, geralmente, hospedadas em troncos de árvores mortas em estado de decomposição, fendas de rochas onde há acúmulo de material orgânico, etc. Mas sempre protegidas por sombras de matas ciliares.

Propagação:

– A planta poderá ser propagada por esporos e divisão do rizoma (touceira).

– A multiplicação por esporos é muito demorada, somente a natureza tem paciência suficiente para esperar um esporo se transformar numa bela samambaia.

Propagação por divisão de rizomas.

Primeiro:

– Preparar o substrato feito com terra vegetal e fibra de coco ou, casca de pinus, na proporção de 1:1.

Segundo:

– Preparar os vasos que irão receber as novas mudas.

– Colocando uma camada de pedriscos, de 2 cm, no fundo do vaso, para facilitar a drenagem de água.

– Em seguida – Colocar o substrato até o meio do vaso.

Terceiro:

– Arrancar com cuidado a planta matriz, entouceirada, do vaso.

– Dividi-la em mudas, de forma que não danifique, além do necessário, os rizomas.

Quarto:

– Acomodar as novas mudas individualmente, completar com o mesmo substrato, apertar levemente com as pontas dos dedos, para fixar os rizomas ao substrato.

Quinto:

– Regar para que o substrato fique totalmente umedecido.

Sexto:

– Colocar os vasos em locais protegidos, com boa iluminação.

– Manter o substrato sempre úmido sem encharcamento.

Nota:

– O método por divisão de rizomas, deverá ser feito no início da primavera.

Regas:

– Trata-se de plantas nativas de lugares com alta umidade relativa do ambiente, portanto, requer substrato sempre úmido, sem provocar encharcamento.

Nota:

– Trata-se de uma planta delicada muito sensível a mudanças bruscas de temperatura, poderá ser cultivada à sombra ou meia-sombra, em ambientes internos, porém necessitará de muita luminosidade.

Tratos culturais:

– Remover as folhas mortas.

Fertilização:

– Adubação química, fórmula NPK 10:10:10, poderá ser feita, mas, sempre seguindo a orientação e recomendação do fabricante, descritas no rótulo da embalagem.

– Adubação foliar não é aconselhada, pois irá danificar a folhagem delicada da planta.

Como fazer mudas de Begônia-asa-de-anjo – Begonia coccinea.

Como fazer mudas de Begônia-asa-de-anjo

Nome científico: Begonia coccinea.

Nome popular: Begônia-asa-de-anjo.

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– Trata-se de plantas de ciclo de vida perene, semi-herbácea, rizomatosa e entouceirada, que podem atingir mais de 1,0 metro de altura.

– As folhas de consistência espessa, geralmente pintalgadas de branco gelo, têm o formato de uma asa, a qual originou o nome da planta.

– A planta exibe flores o ano inteiro.

– As flores de pétalas cerosas apresentam-se em forma de cachos pendentes, nas cores: branca, rosa, salmão, além de, tonalidades intermediárias e combinações entre essas cores.

Propagação:

– A planta propaga-se por estaquia de galhos dos ponteiros e/ou por divisão da touceira.

Clima:

– Planta adaptada ao clima Subtropical e Temperado,com temperatura oscilando entre 18°C a 25°C.

– Trata-se de plantas que devem ser cultivadas à meia sombra, desde que receba alta iluminação pela manhã e a tarde.

– A planta não tolera frio intenso e/ou geadas, nem o sol a pino, nas horas mais quentes do dia.

Solo:

– O substrato do vaso deverá ser rico em material orgânico e totalmente drenável.

Regas:

– Regar a planta a fim de manter o solo levemente umedecido.

– A planta não tolera solo encharcado. O excesso de umidade apodrecerá suas raízes.

Tratos culturais:

– Caso houver perda excessiva de folhas, é sinal de solo excessivamente encharcado. Diante disso, faz-se necessário a diminuição na frequência das regas.

– Fazer o desbaste da planta sempre que ela ultrapassar, em média, 1,0 metro de altura, deixando-a com 40,0 cm. Esse procedimento irá estimular a brotação deixando-a vigorosa novamente.

– O desbaste deverá ser feito, preferencialmente, no início da primavera, quando as plantas estarão emergindo da dormência vegetativa.

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Como fazer mudas de Orégano – Origanum vulgare.

Como fazer mudas de Orégano

Nome científico: Origanum vulgare.

Nome popular: Orégano, Manjerona-selvagem, Manjerona-brava, Orégão, Orégão-vulgar-do-minho.

Família: Lamiaceae.

Origem: Europa, Mediterrâneo.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta aromática, de estrutura ramificada, de ciclo de vida perene que, geralmente não ultrapassa 40 cm de altura.

– Suas folhas são ricas em óleo essencial, tanto é que, está relacionada na lista das principais plantas Condimentares, e de uso Medicinal.

– Apresenta pequenas flores tubulares, róseas a arroxeadas e surgem no verão, em inflorescências.

– Poderá ser cultivado em canteiros, floreiras e caixas de vegetação.

– Apesar de ser uma planta considerada de ciclo de vida perene, o Orégano deverá ser replantado a cada período de 2 a 3 anos, pois, com o passar do tempo, a planta irá perdendo o seu vigor a sua beleza e consequentemente o seu aroma.

Variedades:

– Existem plantas com aparência de pequenos arbustos, densos, com caule e ramagem eretos e, outras, com formação rasteiras, entouceiradas, com densa ramagem, espalhando-se no solo através de seus inúmeros rizomas.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada a alta luminosidade e aos climas: Equatorial, Tropical, Subtropical, Temperado e, deverá ser cultivada ao Sol pleno.

Nota:

A planta poderá até sobreviver à meia-sombra, mas, nessas condições, sua folhagem não irá adquirir o aroma intenso e desejável.

Solo:

– Deverá ser cultivado em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica.

 Regas:

– Trata-se de uma planta resistente a curtos períodos de estiagem, Mas, para seu pleno desenvolvimento, aconselha-se regas regulares com a finalidade de manter o solo constantemente umedecido.

 Propagação:

– O Orégano propaga-se por: Sementes, Divisão de touceiras, Estacas de ramos e/ou por ramagem enraizada em recipientes com água.

Propagação por sementes:

– Preparar o canteiro e/ou, as caixas de vegetação com solo fértil, drenável, enriquecido com material orgânico bem curtido.

– Nivelar a superfície do canteiro e/ou, da caixa de vegetação.

– Aplicar as sementes desejáveis aleatoriamente ou por linhas.

– Cobrir com uma camada fina de solo peneirado.

– Regar com jato leve de água para não descobrir as sementes.

– Manter o solo com umidade constante sem encharcamento.

– Em poucos dias as plântulas iniciarão sua emergência.

– Quando as mudas atingirem, em média, 10 cm de altura, poderão ser transplantadas para seus locais definitivos.

Método de enraizamento de ramos em recipientes com água:

Processo simples e eficiente.

– Escolher uma planta matriz que esteja saudável.

– Cortar ramos com aproximadamente 15 cm de comprimento.

– Remover as folhas da base dos ramos, justamente a parte que irá ficar imersa na água.

– Mergulhar a parte da base do ramo, aproximadamente 8 cm, no recipiente com água.

– Colocar o recipiente em local com boa luminosidade, mas, evitar o sol direto. Isso prevenirá que a água esquente ou evapore, prejudicando o crescimento das raízes.

– Manter o nível de água dentro do recipiente sempre estável

– De uma a duas semanas as raízes começarão a emergir e, somente quando estiverem com um bom tamanho, (em média, 3 cm), poderão ser transplantadas na terra. Isso dará mais probabilidade para a planta sobreviver.

– Os recipientes para enraizamento poderão ser vidros de conserva, garrafas pet tamanho médio, etc.

Método de estaquia de ramos diretamente no solo:

– Cortar ramos com aproximadamente 10 cm de comprimento.

– Remover as folhas da base dos ramos, justamente a parte que ficará enterrada no solo.

– Enterrar as estacas no solo, aproximadamente 5 cm.

– Manter o solo umedecido sem provocar encharcamento.

– O solo deverá ser fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica bem curtida.

Método da divisão de touceira:

– Arrancar a touceira ou, parte da touceira.

– Dividir a touceira em partes menores e transplantá-las em locais diferentes, tomando o cuidado de revolver e revitalizar o solo com esterco orgânico bem curtido.

– Manter o solo com umidade constante sem alagamento.

Observações.

– As folhas do Orégano poderão ser usadas “in natura”, fresco, mas o aroma se intensifica com o processo de secagem.

– O Orégano perde seu sabor se cozido, pois o processo de cozimento fará a volatização do óleo essencial contido em suas folhas.

Como fazer mudas de Gengibre Azul – Cana-de-macaco – Dicorisandra

Como fazer mudas de Gengibre Azul – Cana-de-macaco

Nome Científico: Dichorisandra thyrsiflora.

Nome Popular: Gengibre-azul, Dicorisandra, Cana-de-macaco, Trapoeraba-azul, Marianhinha, Blue-ginger.

Família: Commelinaceae.

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta arbustiva, de ciclo de vida perene, que poderá atingir mais de 2 metros de altura.

Planta rústica, totalmente adaptada ao clima tropical e subtropical.

– A planta deverá ser cultivada à meia-sombra.

– A planta não tolera geadas.

– Trata-se de uma planta ornamental, difundida pela beleza de suas inflorescências azuis.

Solo:

– Embora sendo uma planta rústica, para que ela se desenvolva com total exuberância, para produzir suas inflorescências o ano inteiro, deverá ser cultivada em solo rico em matéria orgânica.

Propagação:

– A multiplicação poderá ser feita através de sementes, estacas da cana (caule) e, por divisão de touceira da planta matriz.

– Em escala doméstica, o método mais utilizado, é o de divisão de touceira.

– As mudas por divisão de touceira deverão ser transplantadas em seus locais definitivos.

Propagação por sementes:

– A multiplicação por sementes poderá ser feito em caixas de germinação, contendo substrato rico em material orgânico.

– As caixas de germinação poderão ser colocadas em locais semi-sombreados.

– As sementes deverão ficar,em média, 1,0 cm enterradas no solo.

– As regas deverão ser feitas somente para manter o solo umedecido sem provocar encharcamento.

– As mudas ao atingirem, em média, 10,0 cm de altura, deverão ser repicadas para balainhos, (sacos de polietileno).

– As mudas nos balainhos, com mais de 20,0 cm de altura, poderão ser transplantadas em seus locais definitivos.

– Aconselha-se fazer aclimatação gradativa ao sol, das mudas que serão transplantadas em seus locais definitivos, expondo-as pela manhã e a tardinha, quando o sol estiver com temperatura mais amena, antes de levá-las a campo.

Regas:

– Apenas para manter o solo com umidade desejavel sem alagamentos.

– As regas deverão ser mais frequentes nos períodos de estiagens prolongadas

Fertilização:

– Se a planta for cultivada em solo rico em material orgânico, não haverá necessidade de adubação complementar.

– Caso houver necessidade, poderá ser feito a complementação com uma colher de sopa do adubo NPK 10-10-10.

– Aplicar o adubo, em média 8,0 cm distante do tronco da planta.

– Aconselha-se fazer a adubação química 2 vezes ao ano (a cada 6 meses), preferencialmente no período chuvoso.

Tratos culturais:

– Eliminar as plantas invasoras e concorrentes.

– Remoção das partes mortas da planta.

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Como fazer mudas – Propagação sexuada e Propagação assexuada de plantas

Como fazer mudas – Propagação sexuada e Propagação assexuada de  plantas

Conceitos gerais:

As plantas, geralmente, multiplicam-se na natureza, de duas formas distintas:

1 – Por sementes, chamada de propagação sexuada.

2 – Por meio de partes vegetativas da planta, denominada de estaquia. As estacas podem ser retiradas de: galhos, ramos, raízes e folhas, chamada de propagação assexuada.

– No mundo moderno, com a competição de: Produção x Consumo, a cada dia que passa, o homem desenvolve novas técnicas de multiplicação de plantas para atender a demanda de mercado e/ou, a própria subsistência.

 Propagação sexuada:

– Caracterizada pela utilização de sementes.

– A técnica consiste em acelerar o processo de germinação, pois, na natureza, muitas variedades de plantas, por garantia própria de subsistência, apresentam dormência vegetativa em suas sementes.

– Dormência vegetativa é um fenômeno natural que atrasa a germinação de sementes.

– Algumas técnicas utilizadas para quebrar esse período de dormência, são:

Escarificação: Que é a abrasão da semente em uma superfície áspera para gastar parte do tegumento que a envolve, facilitando a absorção de água.

Embebição em água por algumas horas: Que consiste em mergulhar as sementes por um período de tempo em água, para que a semente incha promovendo o rompimento do tecido tegumentar, facilitando assim a sua emergência.

– Tratar as sementes com ácido giberélico (GA3): Dependendo do tipo de semente esse tratamento é feito em diversas concentrações e variados períodos de tempo, ex: 5 ppm por 36 horas, com o mesmo propósito de acelerar o seu nascimento.

– Choque térmico: Que é a imersão da semente em água quente (+ ou – 75 º C) com resfriamento natural, tentando amolecer o tecido tegumentar, para provocar o processo da germinação.

– Após esses processos, a semente deverá ser introduzida, geralmente, a menos que dois centímetros de profundidade, em substrato rico em material orgânico, levemente umedecido.

Algumas espécies nativas que poderão ser multiplicadas por alguma dessas técnicas, acima descrita.

– Angico, Nó de cachorro, Peroba-rosa, Ipê, Aroeira, Barriguda, Carandá, Jacarandá, Cumbaru, Embaúba, Saboneteira, Guanandi, Ingá, Leucena, Louro, Mangaba-brava, Sibipiruna, Sucupira, Ximbuva, Maminha-de-porca, Morcegueiro, Moringa, Pururuca, entre outras.

Propagação assexuada:

– Geralmente são utilizados quando a planta matriz permite enraizamento e brotação.

-Neste processo utilizam-se partes vegetativas da planta, ex: galhos, ramos, raiz, folhas, etc. denominado método de estaquia, o qual apresenta certas vantagens, com relação ao método anterior, pois, além de ser uma cópia idêntica da planta mãe, acelera a produção de frutos.

Estacas:

– As estacas são retiradas de partes da planta, ex: pedaço de caules de ponteiros maduros, ramos, galhos, raiz, contendo gemas (brotos), com tamanho médio de 15 cm de comprimento, espessura variando entre 0,5 e 1,5 cm.

– Os cortes da estaca deverão seguir o seguinte critério: Na parte superior: corte reto. Na parte inferior inclinado (em bisel).

– Desfolhar a base da estaca que ficará em contato direto com o solo.

– Enterrar as estacas até a sua metade em substrato adequado, com umidade e luminosidade controladas para proporcionar um pegamento satisfatório, com formação de raízes e brotação vigorosas.

– Algumas plantas, para facilitar a emissão de raízes, necessitarão que suas estacas sejam inoculadas com hormônio enraizador, encontrado facilmente em lojas agropecuárias.

Nota:

– Plantas propagadas por estacas, geralmente são breves em seus desenvolvimentos e, em pouco tempo já estarão em plena produção de flores e frutos.

Espécies que poderão perfeitamente ser propagadas por estacas:

– Acerola, Alecrim, Bico-de-papagaio, Erva-cidreira, Ginsem-do-pantanal, batata-doce,

Boldo, Canela de cotia, Guaco, Hortelã, Onze horas, entre outras.

Outra Técnica Assexuada – Multiplicação através da Divisão de touceira:

– Muitas plantas se desenvolvem emitindo brotações laterais, rebentos, (perfilho), e como se alastram no solo, (sentido horizontal), com o passar dos tempos se transformam numa grande touceira.

– O método consiste em remover a touceira com a utilização de uma enxada.

– Em seguida remover toda a terra remanescente na planta entouceirada.

– Com o uso de uma tesoura de jardim, dividir a touceira em várias partes, desde que, cada parte contenha pelo menos 4 a 5 brotações e raízes saudáveis.

– Remover as partes secas, podres e doentes de cada parte da planta.

– Replantar cada parte em locais separados.

– O substrato deverá sempre ser de boa qualidade enriquecido com material orgânico.

– As regas deverão ser processadas diariamente, somente para manter o solo ligeiramente umedecido, sem alagamentos, até a planta dar sinais vitais que esta pega.

Espécies que poderão ser multiplicadas por esse método:

Margaridas,  Carqueja, Onze horas, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Brotação lateral.

– Brotação lateral, são perfilhos laterais que a planta emite com o seu desenvolvimento, (plantas que se desenvolvem verticalmente).

– Remover os perfilhos laterais com o auxílio de um instrumento cortante, com todo o cuidado para não comprometer seu sistema radicular.

– Essas novas mudas deverão ser transplantadas individualmente.

– O método de propagação por brotação lateral garante às novas plantas, as mesmas características da planta matriz.

Espécies que normalmente são propagadas por essa técnica:

– Antúrios, Bromélias, abacaxizeiro, babosa, sisal, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Divisão de rizomas.

– Rizomas são caules que crescem lateralmente na superfície do solo ou, ligeiramente abaixo da superfície, emitindo a partir de gemas apicais ramos aéreos e/ou, folhas.

– A formação dessas gemas apicais, acontece em intervalos variáveis no desenvolvimento do caule.

– Geralmente com o passar do tempo a planta apresenta-se totalmente entouceirada.

– Para propagação deve se utilizar pedaços de rizomas da planta matriz, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que contenham no mínimo, 3 gemas apicais.

– Enterrar os rizomas até a sua metade, em solo fértil enriquecido com material orgânico.

– Irrigar a nova planta diariamente somente para manter o solo ligeiramente umedecido, até que ela demonstre sinais de que já está totalmente pega.

Espécies que poderão ser multiplicadas por essa técnica:

– Hortelã, Hortelã-brava, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Mergulhia

– Esta técnica consiste em colocar um galho, ainda preso à planta matriz, para enraizar na terra.

– Dar preferência aos galhos mais próximos do solo.

– Cavar uma pequena abertura no solo perto do tronco da planta matriz, logo abaixo do galho selecionado.

– Abaixar o galho selecionado nessa abertura prendendo-o com um fixador.

– Em seguida, enterrar a parte do galho selecionado, exatamente aquela que ficou rente ao solo, deixando a sua extremidade (ponteiro) livre para que continue crescendo.

– Com o passar do tempo, aquela parte do galho que ficou em contato direto com o solo emitirá raízes próprias.

– Depois de enraizada, desenterrar o galho com cuidado para não danificar o sistema radicular, recortá-lo e plantá-lo separadamente, como uma nova planta.

Espécies que poderão ser multiplicadas por essa técnica:

– Hibiscos, Roseira, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Alporquia.

– Alporquia se caracteriza em aproveitar a formação de mudas a partir de galhos de uma planta já produtiva.

– Selecionar um galho da planta matriz.

– Fazer um anelamento, em média, de 3 cm, removendo toda a casca ao redor do galho selecionado.

– Cobrir as imediações da área anelada com substrato úmido, envolto com plástico, amarrando-o firmemente com barbante.

Nota:

– Como a seiva bruta sobe através dos vasos lenhosos para fazer a fotossíntese nas folhas da planta e, em seguida, desce através da casca, em forma de seiva elaborada. Bem, no processo de descida, ao encontrar aquela parte do galho sem a casca, a seiva elaborada se acumula. E, é exatamente esse acúmulo de seiva elaborada que estimula o enraizamento nas imediações da parte do galho sem a casca, justamente onde se encontra a porção do substrato úmido, envolto em plástico.

-Após enraizamento, cortar o galho enraizado com cuidado e, plantá-lo no local desejado.

Espécies que poderão ser multiplicadas por essa técnica:

– Figueira, Pitangueira, Romã, Jabuticabeira, Laranjeira, Roseira, entre outras.

Como fazer mudas de Araruta – Como plantar Araruta

Como fazer mudas de Araruta – Como plantar Araruta

 Nome científico: Maranta arudinacea.

Nome popular: aguntingue-pé, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-palmeira e embiri.

Família: Marantaceae.

Origem: América do Sul, América Central, Antilhas.

 Características gerais:

– A araruta é uma planta herbácea perene rizomatosa.

– Os rizomas são caules prostrados que crescem horizontalmente sob o solo.

– Trata-se de uma planta de fácil cultivo. Pode ser cultivada em pequenas áreas, além de apresentar baixo custo de produção.

 Propagação:

A multiplicação da planta poderá ser feita de duas formas:

– Por divisão de touceira, ou:

– Por seus rizomas, que depois de transplantados, emitem raízes, folhas e ramos a partir de seus nós.  Pois, os rizomas da araruta são fusiformes, muito fibrosos que acumulam amido que formam as reservas para o desenvolvimento de uma nova planta.

– A planta cresce formando grandes touceiras que chegam a mais de 1 metro de altura.

Cultivares:

– As cultivares mais difundidas no Brasil são três:

A – Cultivar Comum:

B – Cultivar Creoula:

C – Cultivar Banana:

– As cultivares Comum e Creoula, são dominantes, sendo que a Comum é mais difundida comercialmente, por apresentar fécula de melhor qualidade.

Propagação:

– A propagação poderá ser feita por divisão de touceiras e, ou, por rizomas.

– Preferencialmente utilizam-se as extremidades dos pequenos rizomas ou parte deles.

– O plantio é feito em leiras, que facilita também na hora da colheita.

– Os rizomas são enterrados a uma profundidade média de 5 cm.

– A plantação deverá coincidir com o início do período chuvoso e/ou quente anual, podendo variar de acordo com cada região: No Sudeste, Centro-Oeste e Sul, ocorre de setembro a outubro; enquanto no Nordeste e Norte, entre novembro e janeiro.

Espaçamento:

O espaçamento recomendado gira em torno de 1 metro entre leiras e 50 centímetros entre plantas.

Solo:

– O solo deverá ser leve, arenoso e rico em matéria orgânica.

– O solo deverá ser arado com até 20 cm de profundidade para que fique bem fofo.

– Solos arenosos e profundos são os ideais por favorecer o crescimento dos rizomas.

– O pH do solo deverá oscilar entre 5,8 a 6,3.

 Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada a climas quente e úmido. Vegetando confortavelmente em temperaturas acima de 20°C.

– Poderá ser cultivada em grande parte do território nacional com exceção aos Estados do Sul e as regiões semiáridas do Nordeste.

Irrigação

– Manter o solo com umidade coerente, sem provocar encharcamento.

– Trata-se de uma planta relativamente sensível a falta d’água, entrando em dormência quando há períodos de estiagem.

 Tratos culturais:

– Trata-se de uma planta rústica e resistente a pragas e doenças.

– A araruta poderá até ser atacada por algumas pragas desfolhadoras, mas, isso, geralmente não comprometerá a produção dos rizomas.

– Executar capinas regulares a fim de remover as ervas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

– Remover as flores da planta pode favorecer o crescimento dos rizomas.

 Colheita:

– A colheita terá início entre 6 a 9 meses após o plantio. E isso irá ocorrer preferencialmente quando as folhas tornarem-se amareladas, coincidentemente com o final do período chuvoso.

– A colheita poderá ser feita com o auxílio de um enxadão ou, arado tipo aiveca para revolver o solo, facilitando a coleta manual dos rizomas.

– Na ocasião da colheita, os menores rizomas de plantas saudáveis e produtivas, poderão ser separados para o replantio da próxima safra.

– Os rizomas destinados à industrialização, deverão ser lavados para remover o excesso de solo aderente.

– Totalmente limpos estarão prontos para o beneficiamento para extração da fécula ou farinha.

 Beneficiamento dos rizomas:

– Para a obtenção da fécula de araruta, seguir os passos abaixo:

1 – Os rizomas deverão estar totalmente limpos.

2 – Ralar ou triturar os rizomas até a obtenção de uma pasta fina (poupa).

3 – Diluir essa poupa em água potável, até o ponto de passar por finas peneiras a fim de remover o material fibroso.

4 – A mistura deverá ser deixada em repouso para que ocorra a decantação do amido no fundo da vasilha.

5 – Ao perceber o final do processo de decantação do amido no fundo da vasilha, a água deverá ser escorrida.

6 – Finalmente a parte sólida remanescente no fundo da vasilha deverá ser colocada para secar ao ar livre por alguns dias.

7 – Depois de seco, deverá sofrer um novo processo de esmagamento até transformar-se num pó branco. Que é a fécula ou polvilho.

8 – Depois de totalmente seco poderá ser armazenado em local também seco, para posterior uso doméstico.

Como fazer mudas de Orégano – Como plantar Orégano

Como fazer mudas de Orégano – Como plantar Orégano

Nome científico:  Origanum vulgare.

Nome Popular: Orégano, oregão, mangerona-selvagem, mangerona-silvestre.

Origem: Planta nativa de regiões montanhosas do sul da Europa e da Ásia ocidental vegeta espontaneamente em diversas regiões da Europa e Grã-Bretanha.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta de ciclo de vida perene, herbácea, rasteira, de caule flexível, com propriedades aromáticas e medicinais.

Propagação:

– A propagação poderá ser feita através de sementes, estaquia de ramos jovens e também por divisão de touceiras.

– Trata-se de uma planta rústica, resistente e, de fácil propagação e cultivo.

– Poderá ser cultivada na horta, no jardim ou, em vasos instalados dentro dos alpendres e varandas, desde que receba sol pela manhã e à tarde.

– A planta necessita de alta luminosidade e, deverá ser cultiva em locais que receba luz direta do sol pelo menos algumas horas diariamente.

– O aroma do orégano é diretamente proporcional à quantidade de luz solar recebida, quanto mais luz solar, mais aromáticas serão suas folhas.

– A planta não tolera ventos fortes nem frios intensos.

Solo:

– O orégano deverá ser cultivado em solo leve e arenoso com boa drenagem, rico em matéria orgânica.

– O pH do solo deverá ser muito próximo ao neutro, oscilando entre 6,0 e 7,0.

– Para manter a planta com vitalidade, é necessário incorporar boa quantidade de adubo orgânico bem curtido, ao solo, anualmente.

– Se a planta estiver instalada em vasos, o ideal será trocar todo o substrato por uma mistura nova e nutritiva, rica em composto orgânico, uma vez por ano.

Clima:

– A planta se desenvolve melhor em clima ameno ou, em clima moderadamente quente, mas, pode ser cultivado na faixa de temperatura entre de 10°C a 32°C. O ideal é que a temperatura oscile entre 21°C e 25°C.

Irrigação:

As regas deverão ser feitas com frequência para que o solo seja mantido levemente umedecido.

– Quando as plantas estão bem nutridas e saudáveis, não haverá problema algum,  se o substrato secar por um curto período de tempo, entre uma rega e outra. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam a maioria das plantas.

Espaçamento:

– Em canteiros, as mudas poderão ser repicadas a uma distância de 20 cm entre plantas x 30 cm entre fileiras.

Tratos culturais:

– Remover as invasoras que estejam competindo por nutrientes e recursos.

Colheita:

– A colheita das folhas poderá ter início quando a planta estiver com aproximadamente  20 cm de altura.

– As folhas colhidas deverão ser desidratadas em local bem ventilado, quente, seco e escuro.

– O processo de desidratação faz com que o sabor e o aroma da planta se acentuam.

Uso medicinal:

– Segundo a farmacopeia popular, (medicina natural), o Orégano é considerado um tônico para o aparelho digestivo.

– Também é utilizado em infusão para tratar problemas como tosse, bronquite e cólicas intestinais.

– Apresenta ainda, ação analgésica e propriedades estimulantes do sistema nervoso.

Como fazer mudas – Rizomas – O que são plantas rizomatosas,

Como fazer mudas – Rizomas.

O que são plantas rizomatosas,

 O que são rizomas.

– O exemplo mais comum de planta rizomatosa é a bananeira.

– Rizomas são caules superficiais e ou, subterrâneos, modificados em forma de raiz.

– Os rizomas apresentam-se de formas levemente cilíndricas, com crescimento horizontal, paralelo ao nível do solo. São ricos em reservas energéticas para o desenvolvimento de novas mudas.

– Ao longo de sua extensão possuem gemas, das quais surgem as brotações.

– Geralmente, crescem alastrando-se no solo, formando touceiras.

Exemplos de plantas rizomatosas: bananeira, gengibre, íris, espada de São Jorge, alpínia, strelitzia, etc.

Como fazer mudas de plantas rizomatosas:

– Para multiplicar a planta, basta separar os rizomas em pedaços, desde que contenham alguns pares de gemas, (2 a 4 gemas), e plantá-los individualmente.

– Ou, por divisão de touceira.

Como fazer mudas – Bulbos – O que são plantas bulbosas

Como fazer mudas – Bulbos

O que são plantas bulbosas

O que são bulbos:

– Bulbos são órgãos de reserva, subterrâneos, que algumas plantas utilizam para o seu sistema reprodutivo.

– Na realidade, bulbos são caules modificados, adaptados para acumular reservas de nutrientes.

– Geralmente, são plantas anuais, que entram em dormência vegetativa, perdendo sua parte aérea, em determinada época do ano. Mas, os bulbos estarão guardados para vegetação na próxima estação.

– Bulbos, normalmente, são globosos, escamados, aparentando cebolas.

– São estruturas  subterrâneas complexas, onde uma porção denominada “prato”, representa o caule, de onde brotará as folhas e as flores.

– O “prato” é envolto em escamas suculentas, denominadas “catafilos”, onde são armazenados os nutrientes e outras substâncias de reserva para emergência da planta, no seu novo ciclo vegetativo.

Ex: Lírios, Cebola, Flor de callas, Alho, Amarílis, etc.

Como fazer mudas de plantas bulbosas.

– Os bulbos de plantas ornamentais, geralmente, perfilham. E com o passar do tempo a planta se apresentará de forma entouceirada.

– Para multiplicar, basta arrancá-la com cuidado, separar os bulbos maduros, plantando-os individualmente.