Como fazer mudas – Propagação sexuada e Propagação assexuada de plantas

Como fazer mudas – Propagação sexuada e Propagação assexuada de  plantas

Conceitos gerais:

As plantas, geralmente, multiplicam-se na natureza, de duas formas distintas:

1 – Por sementes, chamada de propagação sexuada.

2 – Por meio de partes vegetativas da planta, denominada de estaquia. As estacas podem ser retiradas de: galhos, ramos, raízes e folhas, chamada de propagação assexuada.

– No mundo moderno, com a competição de: Produção x Consumo, a cada dia que passa, o homem desenvolve novas técnicas de multiplicação de plantas para atender a demanda de mercado e/ou, a própria subsistência.

 Propagação sexuada:

– Caracterizada pela utilização de sementes.

– A técnica consiste em acelerar o processo de germinação, pois, na natureza, muitas variedades de plantas, por garantia própria de subsistência, apresentam dormência vegetativa em suas sementes.

– Dormência vegetativa é um fenômeno natural que atrasa a germinação de sementes.

– Algumas técnicas utilizadas para quebrar esse período de dormência, são:

Escarificação: Que é a abrasão da semente em uma superfície áspera para gastar parte do tegumento que a envolve, facilitando a absorção de água.

Embebição em água por algumas horas: Que consiste em mergulhar as sementes por um período de tempo em água, para que a semente incha promovendo o rompimento do tecido tegumentar, facilitando assim a sua emergência.

– Tratar as sementes com ácido giberélico (GA3): Dependendo do tipo de semente esse tratamento é feito em diversas concentrações e variados períodos de tempo, ex: 5 ppm por 36 horas, com o mesmo propósito de acelerar o seu nascimento.

– Choque térmico: Que é a imersão da semente em água quente (+ ou – 75 º C) com resfriamento natural, tentando amolecer o tecido tegumentar, para provocar o processo da germinação.

– Após esses processos, a semente deverá ser introduzida, geralmente, a menos que dois centímetros de profundidade, em substrato rico em material orgânico, levemente umedecido.

Algumas espécies nativas que poderão ser multiplicadas por alguma dessas técnicas, acima descrita.

– Angico, Nó de cachorro, Peroba-rosa, Ipê, Aroeira, Barriguda, Carandá, Jacarandá, Cumbaru, Embaúba, Saboneteira, Guanandi, Ingá, Leucena, Louro, Mangaba-brava, Sibipiruna, Sucupira, Ximbuva, Maminha-de-porca, Morcegueiro, Moringa, Pururuca, entre outras.

Propagação assexuada:

– Geralmente são utilizados quando a planta matriz permite enraizamento e brotação.

-Neste processo utilizam-se partes vegetativas da planta, ex: galhos, ramos, raiz, folhas, etc. denominado método de estaquia, o qual apresenta certas vantagens, com relação ao método anterior, pois, além de ser uma cópia idêntica da planta mãe, acelera a produção de frutos.

Estacas:

– As estacas são retiradas de partes da planta, ex: pedaço de caules de ponteiros maduros, ramos, galhos, raiz, contendo gemas (brotos), com tamanho médio de 15 cm de comprimento, espessura variando entre 0,5 e 1,5 cm.

– Os cortes da estaca deverão seguir o seguinte critério: Na parte superior: corte reto. Na parte inferior inclinado (em bisel).

– Desfolhar a base da estaca que ficará em contato direto com o solo.

– Enterrar as estacas até a sua metade em substrato adequado, com umidade e luminosidade controladas para proporcionar um pegamento satisfatório, com formação de raízes e brotação vigorosas.

– Algumas plantas, para facilitar a emissão de raízes, necessitarão que suas estacas sejam inoculadas com hormônio enraizador, encontrado facilmente em lojas agropecuárias.

Nota:

– Plantas propagadas por estacas, geralmente são breves em seus desenvolvimentos e, em pouco tempo já estarão em plena produção de flores e frutos.

Espécies que poderão perfeitamente ser propagadas por estacas:

– Acerola, Alecrim, Bico-de-papagaio, Erva-cidreira, Ginsem-do-pantanal, batata-doce,

Boldo, Canela de cotia, Guaco, Hortelã, Onze horas, entre outras.

Outra Técnica Assexuada – Multiplicação através da Divisão de touceira:

– Muitas plantas se desenvolvem emitindo brotações laterais, rebentos, (perfilho), e como se alastram no solo, (sentido horizontal), com o passar dos tempos se transformam numa grande touceira.

– O método consiste em remover a touceira com a utilização de uma enxada.

– Em seguida remover toda a terra remanescente na planta entouceirada.

– Com o uso de uma tesoura de jardim, dividir a touceira em várias partes, desde que, cada parte contenha pelo menos 4 a 5 brotações e raízes saudáveis.

– Remover as partes secas, podres e doentes de cada parte da planta.

– Replantar cada parte em locais separados.

– O substrato deverá sempre ser de boa qualidade enriquecido com material orgânico.

– As regas deverão ser processadas diariamente, somente para manter o solo ligeiramente umedecido, sem alagamentos, até a planta dar sinais vitais que esta pega.

Espécies que poderão ser multiplicadas por esse método:

Margaridas,  Carqueja, Onze horas, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Brotação lateral.

– Brotação lateral, são perfilhos laterais que a planta emite com o seu desenvolvimento, (plantas que se desenvolvem verticalmente).

– Remover os perfilhos laterais com o auxílio de um instrumento cortante, com todo o cuidado para não comprometer seu sistema radicular.

– Essas novas mudas deverão ser transplantadas individualmente.

– O método de propagação por brotação lateral garante às novas plantas, as mesmas características da planta matriz.

Espécies que normalmente são propagadas por essa técnica:

– Antúrios, Bromélias, abacaxizeiro, babosa, sisal, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Divisão de rizomas.

– Rizomas são caules que crescem lateralmente na superfície do solo ou, ligeiramente abaixo da superfície, emitindo a partir de gemas apicais ramos aéreos e/ou, folhas.

– A formação dessas gemas apicais, acontece em intervalos variáveis no desenvolvimento do caule.

– Geralmente com o passar do tempo a planta apresenta-se totalmente entouceirada.

– Para propagação deve se utilizar pedaços de rizomas da planta matriz, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que contenham no mínimo, 3 gemas apicais.

– Enterrar os rizomas até a sua metade, em solo fértil enriquecido com material orgânico.

– Irrigar a nova planta diariamente somente para manter o solo ligeiramente umedecido, até que ela demonstre sinais de que já está totalmente pega.

Espécies que poderão ser multiplicadas por essa técnica:

– Hortelã, Hortelã-brava, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Mergulhia

– Esta técnica consiste em colocar um galho, ainda preso à planta matriz, para enraizar na terra.

– Dar preferência aos galhos mais próximos do solo.

– Cavar uma pequena abertura no solo perto do tronco da planta matriz, logo abaixo do galho selecionado.

– Abaixar o galho selecionado nessa abertura prendendo-o com um fixador.

– Em seguida, enterrar a parte do galho selecionado, exatamente aquela que ficou rente ao solo, deixando a sua extremidade (ponteiro) livre para que continue crescendo.

– Com o passar do tempo, aquela parte do galho que ficou em contato direto com o solo emitirá raízes próprias.

– Depois de enraizada, desenterrar o galho com cuidado para não danificar o sistema radicular, recortá-lo e plantá-lo separadamente, como uma nova planta.

Espécies que poderão ser multiplicadas por essa técnica:

– Hibiscos, Roseira, entre outras.

Outra Técnica Assexuada: Alporquia.

– Alporquia se caracteriza em aproveitar a formação de mudas a partir de galhos de uma planta já produtiva.

– Selecionar um galho da planta matriz.

– Fazer um anelamento, em média, de 3 cm, removendo toda a casca ao redor do galho selecionado.

– Cobrir as imediações da área anelada com substrato úmido, envolto com plástico, amarrando-o firmemente com barbante.

Nota:

– Como a seiva bruta sobe através dos vasos lenhosos para fazer a fotossíntese nas folhas da planta e, em seguida, desce através da casca, em forma de seiva elaborada. Bem, no processo de descida, ao encontrar aquela parte do galho sem a casca, a seiva elaborada se acumula. E, é exatamente esse acúmulo de seiva elaborada que estimula o enraizamento nas imediações da parte do galho sem a casca, justamente onde se encontra a porção do substrato úmido, envolto em plástico.

-Após enraizamento, cortar o galho enraizado com cuidado e, plantá-lo no local desejado.

Espécies que poderão ser multiplicadas por essa técnica:

– Figueira, Pitangueira, Romã, Jabuticabeira, Laranjeira, Roseira, entre outras.

Como fazer mudas – Germinação de sementes de Marolo e Araticum.

Como fazer mudas – Germinação de sementes de Marolo e Araticum.

Germinação :

– A germinação de uma semente é simplesmente um processo biológico, que em síntese significa: O rompimento do tecido tegumentar, (casca ou pele que reveste a semente protegendo-a de agentes nocivos), pela radícula, (raiz embrionária de uma planta que cresce em direção ao solo).

Germinação de sementes de Marolo e Araticum (Annona):– Na natureza, a germinação dessas espécies é extremamente lenta, e o processo demanda, em média, um ano e, geralmente, somente metade das sementes apresentam emergência da plântula.

– Como as sementes do Marolo e Araticum apresentam dormência vegetativa (casca tegumentar dura, que dificulta a absorção de água), vários estudos e experimentos foram realizados em laboratório, tentando  acelerar o tempo de germinação.

O método mais indicado para produção de mudas:

– Utilização de canteiros ou caixas de germinação, com areia lavada.

– Tratar as sementes com ácido giberélico (GA3) na concentração de 5 ppm por 36 horas.

– Semear, enterrando as sementes a 2 cm abaixo da superfície.

-Após a semeadura, o canteiro e/ou, caixa de germinação deverão ser pulverizados com uma solução de fungicida Moncerem IM, na seguinte dosagem: 1g/L com aplicação de 4L/m², método preventivo contra o ataque de fungos.

– A irrigação dos canteiros deverá ser feita a cada dois dias, apenas para manter o solo dos canteiros, ligeiramente umedecido.

– Após a germinação das sementes no canteiro e/ou, nas caixas plásticas, as plântulas deverão ser transferidas para sacos de polietileno, com furo para drenagem de água, contendo solo rico em adubo orgânico.

Nota:

– Trata-se de uma planta de difícil propagação por apresentar taxa de geminação muito baixa.

– O pegamento e sobrevivência das mudas transferidas para sacos de polietileno, após 100 dias, em média, é de 50%.

– As mudas transplantadas em seus locais definitivos também apresenta pouca eficiência, causando a morte de metade das mudas.

Outros experimentos  para quebra de dormência de sementes de Araticum e Marolo com pouco sucesso:

Escarificação mecânica da semente com lixa.

Choque térmico – Imersão em água quente (+ ou – 75 º C) com esfriamento natural.

Resultados:

– A escarificação mecânica do tegumento na semente, não quebrou a dormência, mas favoreceu a absorção de GA3 e, consequentemente a germinação.

– O choque térmico em água quente também não quebrou a dormência, que poderá estar relacionada com outros problemas endógenos da semente, por exemplo: embrião imaturo.

A dormência faz parte da engenharia da natureza:

– O bloqueio estabelecido pela dormência é numa estratégia que favorece a sobrevivência da espécie, pois, sincroniza a distribuição da germinação das sementes na hora certa, ao longo do tempo.

– O estado de dormência embrionária, quase sempre caracteriza a presença de condições desfavoráveis para sua germinação, tais como: secas prolongadas, altas ou, baixas temperaturas, etc.

– Como a natureza é sábia e conhece o relógio do tempo, dentro das quatro estações do ano, é mais que suficiente para a grande maioria das sementes emergirem, e cada espécie o faz, definindo a melhor época para a sua emergência com sobrevida garantida.

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Como fazer mudas da Fruta de Sabiá

Como fazer mudas da Fruta de Sabiá

Nome científico: Acnistus arborescens.

Nome popular: Fruta de Sabiá, Marianeira, Sabiá-iba.

Origem: Mata Atlântica do litoral do Brasil, (do Nordeste até o Sul).

 Características:

– Trata-se de uma planta arbustiva ou, uma arvoreta que poderá atingir até 3 m de altura, muito resistente, totalmente adaptada às diversas condições de climas e solos brasileiros.

– A planta prefere solos úmidos e profundos e poderá ser cultivada às margens de córregos e riachos, porém, trata-se de uma planta bastante resistente à seca, embora nesta condição produza poucos e pequenos frutos.

– Trata-se de uma planta de folhas caducas que amarelam e caem na época de seca e no outono inverno. A planta perde suas folhas no inverno e, com essa estratégia consegue sobreviver a geadas não muito intensas.

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada às condições de sua origem na Mata Atlântica e, que poderá ser cultivada tanto a pleno sol, quanto à meia sombra.

– A planta não é exigente em solos ricos em matéria orgânica nem a irrigações frequentes. Mas, corrigindo, adubando e mantendo o solo ligeiramente umedecido com irrigações regulares nas estiagens prolongadas, a planta irá produzir frutos o ano inteiro.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes e por estaquia de galhos.

– Na natureza propaga-se por sementes espalhadas pelos pássaros e outros animais que se alimentam da fruta.

Propagação por estaquia:

– Em escala doméstica é mais aconselhável o método da estaquia, por acelerar a produção dos frutos.

Metodologia:

– Preparar os recipientes (Sacos de polietileno com furos para drenagem de água) preenchendo-os com substrato rico em matéria orgânica.

– Cortar estacas maduras de ponteiros, com aproximadamente 20 cm de comprimento.

– Desfolhar a base da estaca que irá ficar em contato com o solo.

– Enterrar metade da estaca no solo do recipiente. (Obs. Uma em cada recipiente)

– Apertar com os dedos o substrato do recipiente ao redor da estaca, para que ela se mantenha firme dentro do recipiente.

– Colocar os recipientes com as estacas em locais semissombreados.

– Regar as recipientes para fixar a estaca no substrato.

– Irrigar frequentemente apenas para manter o solo ligeiramente umedecido.

– Aconselha-se fazer esse procedimento no início da primavera quando as plantas estarão emergindo da dormência vegetativa.

– Em média, com 30 dias as estacas já estarão emitindo raízes e brotação.

Propagação por sementes:

– Por tratar-se de sementes muito pequenas, aconselha-se fazer as sementeiras em caixas de vegetação.

– Preencher as caixas de vegetação com substrato rico em matéria orgânica.

– Distribuir as sementes de maneira uniforme sobre a superfície do substrato.

– Cobrir as sementes com uma camada fina de solo peneirado.

– Colocar as caixas de vegetação em locais semissombreados.

– Irrigar com cuidado para não danificar a superfície do substrato, descobrindo as sementes.

– Processar as irrigações apenas para manter o solo ligeiramente umedecido.

– Geralmente a germinação ocorrerá dentro de 30 dias.

– Assim que as mudas atingirem uma altura média de 20 cm, poderão ser transferidas para recipientes de polietileno, cheio de substrato rico em material orgânico.

– Esses novos recipientes contendo as novas mudas deverão ser colocados em locais semissombreado até atingir altura suficiente para serem levadas a campo.

– Com 6 meses de vida, geralmente, as mudas estarão com 50 cm de altura.

– Com 50 cm de altura as mudas já poderão ser transplantadas em seus locais definitivos. Mas, aconselhas-se que esse processo seja feito em períodos chuvosos ou então, onde tenha um sistema de irrigação eficiente para que a planta não sinta tanto o estresse da mudança de habitat.

– Antes das mudas serem levadas para seus locais definitivos aconselha-se fazer aclimatação gradativa das mesmas ao sol.

– A planta adulta já estabelecida, não precisa mais de irrigações frequentes, mas, para mantê-la produtiva aconselham-se irrigações apenas nas grandes estiagens do ano.

– A frutificação terá início entre 1,5 a 2 anos, após o plantio em seus locais definitivos.

Nota:

– Quanto as sementes, se armazenada corretamente, conservam o seu poder germinativo por até 3 anos.

Espaçamento:

– O plantio definitivo poderá ser em linhas com uma planta a cada 1,0 metro ou, com espaçamento de 2 x 2 metros permitindo maior crescimento da planta.

Tratos culturais:

– Fazer capina em forma de coroamento para evitar plantas invasoras e concorrentes.

– Podas somente para formação da planta.

Como fazer mudas de ingá – Ingazeiro

Como fazer mudas de ingá – Ingazeiro

Nome científico: Ingá vera Willd

Nome popular: Ingá, ingazeiro, ingá do brejo, ingá-feijão, ingá-banana, angá,

Origem: América do Sul.

Características gerais:

– Trata-se de uma leguminosa, de ciclo de vida perene, que pode atingir até 10 metros de altura.

– As flores ocorrem normalmente de julho a novembro.

– As flores são brancas, pequenas, com longos estames brancos, levemente perfumados, atraindo beija-flores, abelhas e outros insetos.

– Por se tratar de uma leguminosa a frutificação se dará em forma de vagens que, dependendo da espécie, pode variar de 5 a 20 cm de comprimento,

– Os frutos maduros ocorrem geralmente entre dezembro e fevereiro.

– As vagens contêm várias sementes, envoltas em poupa carnosa branca adocicada.

– A poupa carnosa branca e adocicada que envolve as sementes é comestível…

Propagação:

– A propagação do ingazeiro geralmente é feito por sementes.

– Colher as vagens maduras.

– Abrir as vagens para a retirada das sementes.

– Remover com cuidado a polpa carnosa branca e adocicada, para não danificar as sementes.

– As sementes deverão ser plantadas imediatamente depois de colhidas, (As sementes perdem o poder germinativo em 10 dias).

– Aconselha-se plantar de 1 a 2 sementes por saco de polietileno previamente preenchido com o substrato de composto orgânico.

– As sementes deverão ficar soterradas no substrato, em média, a 1 cm de profundidade.

– Colocar os sacos de polietileno em local arejado, mas, semiprotegido da incidência direta do sol.

– Regar e manter o substrato dos sacos de polietileno com umidade constante, sem provocar encharcamento.

– A germinação é rápida, em média, 15 a 30 dias, e a percentagem de plantas obtidas é bem expressiva.

– As mudas crescem rápido, atingindo 40 cm de altura com 6 meses após a germinação.

 Substrato do saco de polietileno:

– O substrato deverá ser feito com uma mistura totalmente homogeneizada de: 40% de terra, 30% de areia e 30% de matéria orgânica bem curtida.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente: equatorial, tropical e subtropical.

– A planta necessita de alta luminosidade e deverá ser plantada a sol pleno.

– Nota: Planta bastante resiste a baixas temperaturas (até 3 graus).

 Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, de fácil cultivo.

– Planta adaptada a solo úmido e profundo, pouco exigente quanto à fertilidade do solo.

-pH neutro (ente 5,0 a 6,2).

Espaçamento:

– O espaçamento recomendado poderá ser 5 x 5 ou 6 x 6 metros, em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio.

Dimensões das covas:

– As covas deverão ser abertas com 50 x 50 x 50 cm.

– Misturar ao solo retirado da cova os seguintes materiais: 500 g de calcário, 1 kg de cinzas de madeira.  Após homogeneização de todos os componentes ao solo retirado da cova, o composto deverá voltar para dentro da cova, para maturação.

Locais definitivos:

– Antes das mudas serem levadas à campo, deverá ser feito  aclimatação gradativa ao sol.

– Cavar buracos, imediatamente maior que o torrão da muda, na cova previamente preparada para receber a planta.

– Em seguida, acomodar o torrão com a muda, e completar a cova com o solo removido.

– Na sequência, tutorar a muda, amarrando-a para que ela cresça verticalmente.

– Regar.

– A planta começará a frutificar com 3 a 4 anos, dependendo do clima e dos tratos culturais.

Regas:

– Aconselha-se levar as plantas a campo no início da estação chuvosa.

– Caso as mudas forem levadas para seus locais definitivos, em períodos secos, as plantas necessitarão ser irrigadas em dias alternados.

Tratos culturais:

– Fazer podas de formação de formação da planta, retirando brotos laterais e ramos mal formados e secos.

– Fazer capina de coroamento  para eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta em crescimento.

Fertilização:

– Aplicar de 3 a 4 kg de composto orgânico feito de esterco animal curtido, adicionando  30 gramas de NPK 10-10-10.

– Distribuir os nutrientes a 5 cm superficialmente e,  a 20 cm do caule da planta no inicio da estação chuvosa do ano.

Utilização:

– Planta largamente utilizada para recompor áreas degradadas, bordas de rios, represas, lagos.

– Os frutos são bastante apreciados pela fauna silvestre: Pássaros: periquitos, jandaias e papagaios. Peixes e Mamíferos como macacos. Os quais acabam fazendo a propagação natural da planta, distribuindo sementes em suas fezes, nas matas ciliares.

Propriedades medicinais:

– Segundo a farmacopeia popular a planta apresenta várias propriedades medicinais.

Para ver um vídeo de um  ingazeiro florido, CLICAR AQUI

Como fazer Mudas de gabiroba – Guavira – por estaquia de galhos

Como fazer Mudas de gabiroba por estaquia de galhos

Como fazer mudas por estaquia:

Propagar a gabiroba pelo método da estaquia, trás a vantagens de ser um clone da planta matriz, preservando  todas as características genética da planta mãe… A nova planta terá a mesma idade da planta adulta de onde foi extraída a estaca, portanto, o início da produção se dará tão logo a muda estiver pega e vegetando satisfatoriamente.

Procedimentos:

– Escolher uma matriz vigorosa, produtiva, livre de doenças…

– Cortar as estacas de galhos maduros, Com aproximadamente 30 cm de comprimento.

– Remover as folhas da parte inferior das estacas, deixando apenas quatro a cinco folhas na parte superior.

– Quando da remoção das folhas, tomar o devido cuidado, para não danificar as borbulhas de brotação, que geralmente estão localizadas nas axilas das folhas com o caule.

– Mergulhar a base das estacas, (a parte que ficará em contato direto com o solo), por 15 minutos em uma solução de hormônio vegetal

Plantar a estaca, individualmente, em balainho previamente preparado, enterrando-a por aproximadamente dez centímetros no solo.

 Nota:

– A solução de hormônio vegetal irá forçar a planta a emitir raízes mais rapidamente.

– O balainho poderá ser sacos de polietileno, tamanho médio.

– Os balainhos com as estacas deverão ser colocados em locais totalmente arejado,  amplamente iluminado, ma, sem receber a luz direta do sol.

– A primeira rega deverá ser abundante para que o solo se ajuste em torno da estaca, as próximas regas deverão ser apenas para manter o solo do balainho ligeiramente umedecido.

– Geralmente, por volta de 20 dias, a planta já estará emitindo brotos, pois o seu sistema radicular estará em pleno desenvolvimento.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1:1.

– Antes de preencher os balainhos,  homogeneizar todos os componentes do composto.

Nota:

– A areia entra na composição para deixar o solo drenável.

Plantação das mudas em locais definitivos:

– A gabiroba é uma planta rústica, planta típica do cerrado brasileiro, apenas uma exigência: que o solo tenha textura média, arenosa e seja bem drenado.

– As mudas deverão ser levadas a campo, para serem plantadas em seus locais definitivos após o seu pegamento total.

– Antes de serem transplantadas, deverão passar por uma aclimatação ao sol, por aproximadamente duas semanas.

– A melhor época para o transplantio será o início da estação chuvosa.

Observação:

– Aconselha-se fazer as mudas observando as fazes da lua: As fazer mais indicadas são: Nova e Minguante.

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Como fazer mudas de Gabiroba – Guabiroba – Guavira através de sementes

Como fazer mudas de Gabiroba – Guabiroba – Guavira

Nome científico: Campomanesia xanthocarpa.

Nomes populares: Gabiroba, Guabiroba, Guavira.

Origem: Brasil

Características gerais:

– A gabiroba (guavira) é uma planta típica de ocorrência nos campos e cerrados brasileiros.

– A planta pertencente a família Myrtaceae, a mesma da jabuticaba, jambo, pitanga, etc.

Existem duas variedades:

– Variedade Arbórea: Denominada popularmente como: Gabiroba amarela, Gabiroba do mato.  Árvores que pode atingir mais de 10 metros de altura, cujo tronco pode ultrapassar 40 cm de diâmetro.

– Variedade rasteira: Denominada popularmente de Guabiroba rasteira, Guabiroba da praia. Trata-se de uma planta arbustiva, que pode atingir mais de 1,0 metros de altura, com farta ramagem lateral.

Clima:

– Trata-se de uma planta rústica adaptada a climas equatoriais, e deverá ser cultivada em pleno sol.

– Planta moldada as condições do cerrado brasileiro, cujo índice de precipitação pluviométrica fica abaixo da média, levando em consideração outras regiões brasileiras.

– Trata-se de plantas resistentes a geadas e, vegeta bem em qualquer altitude.

Propagação:

– A multiplicação da planta se dá através de sementes.

– As sementes deverão ser semeadas  imediatamente após a extração do fruto, visto que, desidratadas perdem a capacidade germinativa.

Processo:

Colher os frutos maduros, saudáveis, e com boa aparência.

– Esmagar os frutos a fim de extrair a sementes.

– Lavar as sementes em água corrente a fim de remover total a poupa do fruto.

– Secar as sementes por aproximadamente 2 horas à sombra, sobre papel jornal.

– Plantar as sementes em sementeiras.

– As sementes germinarão entre 10 a 40 dias, em  substrato rico em matéria orgânica e irrigação diária.

– As mudas deverão ser plantadas em seus locais definitivos, no início da estação chuvosa.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, não exigente quanto ao solo, totalmente adaptada as condições de terrenos pobres, arenoso do cerrado brasileiro.

– A planta suporta períodos moderados de estiagem.

Floração e Colheita:

Início da frutificação:

– Guabiroba rasteira a partir do terceiro ano

– Guabiroba arbórea a partir do quinto ano.

– A floração ocorre de agosto a novembro.

– Os frutos estarão maduros, prontos para o consumo, geralmente, entre Setembro a Dezembro.

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Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

 Nome científico: Bertholletia excelsa

Nome popular: Castanha do Brasil, Castanha do Pará, castanha da Amazônia.

Família: Lecythidaceae

Origem: America do Sul, Região amazônica.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que atinge facilmente 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro na base do seu tronco.

– Árvore endêmica da floresta Amazônica podendo ser encontrada nos estados do

Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Mato Grosso.

– A espécie ocorre também na Venezuela, Bolívia, Guianas, Colômbia, Peru, porém, na Amazônia brasileira existe com maior densidade.

Propagação:

– A propagação da castanheira é feita via sementes.

– No entanto, para acelerar o processo de germinação, as sementes necessariamente terão que ficar livres de sua casca (tegumento).

– As sementes sem o tegumento, apresenta um índice de germinação, em média, 70% com apenas 3 meses após semeadura.

– A retirada do tegumento é um trabalho delicado para não danificar a amêndoa.

– O melhor período para coletar as sementes destinadas a produção de mudas, vai de  outubro a março.

– Coletar sementes grandes, de árvores saudáveis com boa produtividade.

– Na produção de mudas utilizar apenas sementes novas, pois, essas, ainda não perderam a umidade nem o seu poder germinativo.

Retirada da casca tegumentar:

– Para facilitar a retirada do tegumento, as sementes deverão ficar mergulhadas em água por um período de 48 horas. Na sequência, poderá ser utilizada um quebra nozes, ou um martelo, apenas para trincar o tegumento, cujo processo final, deverá ser feito com o auxílio de um canivete, com todo o cuidado para não danificar a amêndoa.

Tratamento antifúngico:

– Após a retirada do tegumento, as sementes deverão passar por um tratamento contra fungos que atacam sementes oleaginosas.

– Preparar uma solução com fungicida à base de propiconazole na concentração de 0,2% (2 g do produto para 1 litro de água). As sementes deverão permanecer emergidas por 90 minutos nesta solução, com agitação a cada 10 minutos.

– Após o tratamento com esse fungicida, as sementes deverão ficar expostas sobre papel jornal para secarem a sombra, por um período de aproximadamente duas horas.

Sementeira:

– A sementeira poderá ser: caixa plástica perfurada para drenagem de água, ou confeccionada com madeira.

– A sementeira deverá ser colocada ou, construída em local semissombreado, (50% de sombra).

– A parte superior da sementeira deverá ser protegida com uma tela de malha fina, para prevenir o ataque de roedores que chegam para saquear as sementes em desenvolvimento.

Substrato da sementeira:

– O substrato da sementeira deverá ser apenas areia lavada.

– Distribuir areia lavada na sementeira, nivelar a superfície sem prensar, em seguida regar.

Semeadura:

– A semeadura é uma das etapas consideradas como a mais importante.

– Colocar as sementes sob a areia, como o polo radicular de onde se originará a raiz (parte mais grossa) voltada para baixo, e o caulinar a uma profundidade de 1 cm da superfície do substrato.

– Caso haja dúvida, sobre o lado correto do polo radicular, colocar a semente na posição horizontal.

– Regar a sementeira, imediatamente após a colocação das sementes, repetindo a cada dois dias, a fim de manter o substrato de areia levemente umedecido.

Germinação:

-As sementes iniciam a germinação após10 dias da semeadura, podendo se estender até cinco meses, sendo que aos 80 dias já ocorreu 70% da germinação.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco de gado bem curtido, na seguinte proporção 2:1:1.

– Adicionar 1,0 kg de Calcário e 200 g de Superfosfato triplo por metro cúbico, de substrato.

– Homogeneizar todos os ingredientes, e preencher os balainhos.

Repicagem para balainhos (Sacos plásticos):

– A repicagem deverá ser feita antes da abertura das primeiras folhas das plântulas, no chamado “ponto de palito”, para evitar a perda de água e queima das folhas.

– Só deverão ser repicadas para os, (balainhos), sacos plásticos, as mudas que apresentar caulículo e radícula em pleno desenvolvimento.

Repicagem das mudas para locais definitivos:

– As mudas estarão aptas para o plantio em seus locais definitivos, quando atingirem, em média, 30 cm de altura e apresentarem 16 folhas abertas. O tempo necessário para que isso ocorra, poderá variar de quatro a oito meses, após a repicagem para os balainhos.

– Os balainhos, ou seja: As embalagens plásticas recomendadas para esse tipo de planta são sacos de polietileno preto (19 cm x 28 cm e 2 mm de espessura), contendo furos para drenagem de água.

Aclimatação ao meio externo:

– As mudas produzidas em ambiente sombreados deverão passar por um processo de aclimatação gradativa à luz solar, antes de serem repicadas definitivamente.

– Para isso, no período que anteceder o repique, as mudas deverão permanecer de 15 a 30 dias a céu aberto.

Covas:

– A castanheira deverá ser plantada em covas profundas.

– O colo da muda deverá ficar rente ao nível do solo.

– Para enchimento da cova utiliza-se uma mistura de terra vegetal (da primeira camada do solo), geralmente de coloração mais escura, devido à concentração de húmus, acrescentando 10 litros de esterco de curral e 300g de Superfosfato triplo, 100g de cloreto de potássio e 100g de sulfato de amônia, totalmente homogeneizados.

– Para grandes plantações, utilizar somente o Superfosfato triplo, misturado ao solo retirado da cova.

– Realizar o plantio no início das chuvas da primavera.

Clima:

– Trata-se de uma espécie adaptada a climas tropicais e subtropicais, variando entre 24,0° e 28,0°C. Cuja umidade relativa do ar é considerada alta, girando  em torno de 80% e 87%, com variações bruscas durante os meses entre 66% e 91% . Com precipitações médias anuais, oscilando entre 1400 e 2800 mm.

– A planta não tolera ventos frios.

Solo:

– A castanheira tem acentuada preferência por solos argilosos e argilo-silicosos e  terras altas .

– Os solos para a cultura ou, plantio definitivo, devem ser profundos, bem drenados, de textura média, topografia levemente ondulada e livre de inundações.

– A planta apresenta melhor desenvolvimento em altura e diâmetro do tronco, quando cultivada em solos com pH levemente ácido.

Espaçamentos:

– O espaçamento e a densificação de plantas por hectare, depende da finalidade.

– Para sistemas consorciados com culturas perenes, o espaçamento recomendado é 12m x 12m, densidade de 70 plantas por ha.

– Para sistema onde se pretende produção de madeira, o espaçamento deverá oscilar em torno de 4 mx 4 m.

 Tratos culturais:

– Capinas ou roçadas em forma de coroamento, efetuadas em torno das plantas, duas vezes ao ano. À medida que a planta for crescendo, não será  mais necessário.

– Aplicação de 300 gramas de Superfosfato triplo, aplicação em cobertura no segundo e terceiro ano após plantio.

– Controle de pragas. A praga mais comum é a formiga saúva.

Floração frutificação e colheita:

– Em plantio realizado em campo experimental, a floração e frutificação da castanheira iniciaram-se 15 anos, após as plantas serem levadas a campo.

– A castanha do Pará, Geralmente, apresenta floração nos meses de outubro a dezembro, e frutificação de outubro a março.

Como fazer mudas de Noni – Morinda citrifolia

Como fazer mudas de Noni

Nome científico: Morinda citrifolia

Origem: Ilhas do Pacífico

Características gerais:

– O fruto Noni, pertencente à família das Rubiáceas, se destacou devido seus componentes fito químicos presentes, bem como, os antioxidantes que superam qualquer outra frutífera.

– Trata-se de uma planta rústica de clima tropical, de rápido crescimento.

– Planta precoce, cerca de um a dois anos após a germinação das sementes, a planta começa o seu ciclo reprodutivo. Produz frutos o ano inteiro.

– A planta adaptou-se perfeitamente ao clima e, ao solo, em toda extensão do território brasileiro, sendo mais cultivada no Nordeste do Brasil, em especial, regiões costeiras, desde o nível do mar até 400 m de altitude.

– Planta de ciclo de vida perene, de longevidade média. Quando cultivada exposta diretamente ao sol e sem a presença de ventos frios, dificilmente é infectada por doenças ou, atacada por insetos.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada ao clima tropical e, deverá ser cultivada a pleno sol.

– A planta apresenta baixa tolerância ao frio.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes.

– Poderão ser plantadas em balainhos ou em sementeiras.

– A germinação das sementes ocorrerá dentro de 2 meses,  O índice de germinação é de aproximadamente 50% . Portanto deverão ser plantadas de 2 a 3 sementes por balainho.

– Para boa germinação, a semente requer calor e luminosidade satisfatória, mas, não tolera a exposição direta ao sol. Portanto, os balainhos deverão ser colocados em locais semissombreados nesse período inicial de formação das mudas. Pode até ser, sob a copa de árvores, a fim de evitar o sol a pino, recebendo luz do solar pela manhã e, à tarde.

Nota:

– Caso a opção é fazer mudas em canteiros. (sementeiras).

– As mudas deverão ser transplantadas para os balainhos, geralmente quando atingirem altura média, de 15 a 20 cm, ou apresentarem, em média, de 6 a 8 folhas.

– Os balainhos poderão ser sacos de polietileno tamanho médio. Ou qualquer outro recipiente disponível.

Transplante para locais definitivos:

– Assim que as mudas, dos balainhos, atingirem, em média, 30 cm de altura, já poderão ser transplantadas para seus locais definitivos.

– Antes de serem levadas a campo, deverão antes passar pelo processo de adaptação gradativa à luz solar.

– O torrão do substrato, que protege as raízes dentro do balainho, deverá ser rigorosamente mantido, a fim de proteger o sistema radicular das plantas.

Solo:

– Trata-se de uma planta relativamente rústica,  tolerante a solos salinos do litoral, e estações curtas de estiagem. Mas para que a planta se torne produtiva é essencial que o solo seja fértil, profundo e drenável.

Covas:

– Abrir covas de 40 x 40 x 40 cm.

– Ao solo da cova, deverão ser incorporados, em média, 20 litros de esterco animal, bem curtido.

– Por se tratar de uma planta de origem em solos vulcânicos, poderá ser adicionadas cinzas ao solo da cova. A cinza é rica em potássio.

– Poderá também adicionar por cova 50 g de adubação química: (Fórmula NPK 14:14:8).

Nota:

– Todos esses componentes adicionados, deverão ser uniformemente homogeneizados, a fim de enriquecer o solo removido, antes de ser devolvido novamente para dentro da cova.

– Esse processo deverá ser feito em média 30 dias antes de receber a muda, para perfeita incorporação dos nutrientes adicionados.

– Nesse período de espera, a cova deverá receber algumas regas abundantes, a fim de facilitar tal incorporação.

Regas:

– As mudas deverão ser levadas para os seus locais definitivos, preferencialmente no início do período chuvoso do ano.

– Caso houver falta de chuva, as mudas deverão ser regadas imediatamente após o transplante, para perfeita acomodação do solo ao torrão do substrato do balainho.

– Em regiões de clima seco, as mudas deverão ser regadas diariamente, até o seu pegamento.

Adubação:

– Geralmente, 2 meses após as mudas, em pleno desenvolvimento,  plantadas em seus locais definitivo, deverão receber a primeira adubação de cobertura. (Adubação química, Fórmula NPK 14:14:8),

– As dosagens iniciais deverão ser baixas, em média, 10 g por muda, distribuída ao redor do tronco da planta, porém, observando considerável distância, para não provocar queimaduras na casca.  Gradativamente essas quantidades deverão ser aumentadas, à medida que a planta se desenvolve, chegando ao limite máximo de 100 gramas por aplicação.

Nota:

– Para perfeito aproveitamento dos nutrientes, a adubação química deverá ser processada sempre em períodos chuvosos, ou com a terra molhada por regas.

Propriedades Medicinais:

Conforme estudos já realizados, o fruto Nomi contém mais de 150 componentes fito químico, que agem como antioxidantes benéficos à saúde. Capaz de estimular o sistema digestivo e imunológico, melhorando a nutrição celular e consequentemente a vitalidade do organismo humano.

Como fazer mudas de mangaba – Mangaba como propagar

Como fazer mudas de mangaba

Nome Científico: Hancornia speciosa

Nome Popular: Mangaba, mangabeira,  mangaiba-uva, mangabeira-de-minas.

Características gerais:

– A mangabeira é uma planta típica de clima tropical, vegeta bem em áreas com temperatura média anual em torno de 25ºC.

– Planta de ocorrência natural em: Cerrado, caatinga, tabuleiros arenosos e chapadas.

– A planta tolera períodos secos e se desenvolve melhor em climas quentes, com e precipitação de chuvas entre 750 mm a 1500 mm anuais, bem distribuídas.

– Apesar da grande maioria das plantas, encontrada na natureza, vegetar em regiões de cerrados, cujos solos, geralmente, são pobres em nutrientes e em matéria orgânica, arenosos, ácidos, e de fácil drenagem, a mangabeira apresenta melhor desenvolvimento em solos areno-argilosos, profundos e ricos em teor de matéria orgânica.

Nota:

– A mangaba somente deverá ser consumida depois de totalmente madura.  Pois, a seiva leitosa da planta, contida nos frutos recém-colhidos, poderá causar problemas de saúde.

– Esse é o principal motivo do consumo, apenas dos frutos caídos no solo.

Propagação:

-A planta multiplica-se por sementes.

– As sementes deverão ser obtidas de frutos maduros e saudáveis.

– Os frutos deverão ser colhidos no início do seu processo de maturação;

– Os frutos deverão ser selecionados de plantas altamente produtivas, precoces, vigorosas, isentas de doenças e pragas.

– Imediatamente após a coleta dos frutos, as sementes deverão ser retiradas e lavadas, com a finalidade de remoção total da poupa aderente.

– Em seguida, deverão ser colocada sobre um jornal para secarem, à sombra, por 2 dias.

– Para não perder o seu poder germinativo, as sementes deverão ser semeadas até o quarto dia, depois de lavadas.

– A semeadura poderá ser feita em canteiros tipo sementeiras ou, em sacos de polietileno, nas dimensões 14 cm x 16 cm ou 15 cm x 25 cm.

Solo:

– O solo dos canteiros (sementeiras), e, ou, o substrato dos balainhos de polietileno, deverá ser uma mistura rica em nutrientes e totalmente drenável.

– Misturar de forma homogênea: Terra vegetal com areia lavada, na proporção 1:1.

– Aplicar duas sementes por balainho, ou, distribuí-las nas sementeiras, de forma que fique um espaço médio de 3 a 4 cm, entre elas.

– Cobrir as sementes com uma fina camada do mesmo substrato.

– Manter o solo levemente umedecido, sem provocar encharcamento.

– Dentro de 30 dias, as sementes que irão vingar, já estarão germinadas.

– A repicagem das mudas para seus locais definitivos deverá ocorrer por volta dos 5 meses  de vida, quando as mudas atingirem altura média entre 20 a 30 cm.

Nota:

– O excesso de irrigação e, ou, o exagero de matéria orgânica no substrato, irá favorecer o ataque de doenças no sistema radicular, prejudicando o processo de formação das mudas.

Espaçamento:

– Para o plantio definitivo, o espaçamento recomendado é de 6 x 4 metros ou, 6 x 5 metros.

Preparação das covas:

– Abrir covas com 40 x 40 x 40 cm.

– Adicionar ao solo retirado das covas, 30 litros de esterco animal, bem curtido.

– O esterco animal adicionado, deverá ser totalmente incorporado ao solo removido, antes de voltar para dentro da cova.

– Esse processo deverá ocorrer, em média, 30 dias antes de receber a muda.

Tratos culturais:

– Realizar podas regulares de formação da planta.

– Efetuar capina regular com coroamento em torno da planta para eliminar concorrentes.

-Eliminar galhos secos e doentes ao longo da vida da planta.

Colheita:

– Trata-se de uma planta de crescimento é lento.

– A colheita, geralmente, tem início aos 5 anos de idade.

– A planta apresenta 2 safras anuais. (uma no início e a outra no meio  do ano).

– Geralmente os frutos soão colhidos quando caem no chão.

Pragas que podem atacar a mangabeira:

Pulgão verde

Ataca a parte terminal da planta.

– Causa o enrolamento das folhas.

– Controle químico –  pulverizações quinzenais.

– Defensivos à base de pirimicarb, acefato, malation, paratiom.

Lagartas

– Atacam plantas jovens, causando desfolhando.

– Controle químico:  pulverização  em época de infestação.

– Defensivos à base de bacillus thuringiensis, triclofon, carbaryl.

Doenças:

Podridão de raízes de mudas

– Agente causador fungo Cylindrocladium clavatum.

– Nota: Considerada a mais grave doença da mangabeira, podendo provocar perda total das mudas em viveiros.

Mancha-Foliar

– Ataca  folhas de mudas e plantas adultas

– Agente causador – fungo Pseudocercospora sp.

Antracnose

– Ataca flores provocando o secando-as e o abortamento dos frutos.

– Agente causador -fungo Colletotrichum gloeosporioides,

Para ver um vídeo dessa planta CLICAR AQUI

Como fazer mudas – Como cultivar peras

Como fazer mudas – Como cultivar peras

Nome científico: Pyrus communis.

Família: Rosaceae.

Características gerais:

 

– A pereira é uma planta de clima temperado, que também entra em dormência vegetativa no inverno.

-Trata-se de uma frutífera adaptada a climas temperados e temperado frio, embora algumas variedades se adaptem em condições de clima com invernos menos rigorosos.

Solo:

– O solo deverá ser rico em material orgânico, profundo e drenável. (areno-argilosos ou argilo-arenosos).

-O pH deverá oscilar entre 6 a 7.

– As áreas selecionadas para a plantação deverão ser planas ou com leve declividade.

Preparação do solo:

– De antemão, deverá ser feita uma análise do solo para determinar a correção da acidez.

– Aproximadamente três meses antes do plantio, o solo deverá ser preparado com subsolagem do terreno incorporando 50% do calcário recomendado.

– Após, fazer aração profunda e gradagem, aplicar os outros 50% do calcário.

Preparação das covas:

– Abrir covas com 60 x 60 x 60 cm.

– As covas deverão ser profundas, para um bom desenvolvimento do sistema radicular da planta, beneficiando também a infiltração de água e do ar.

Incorporar ao solo da cova:

– 20 litros de esterco de curral ou 5 litros de esterco de galinha.

– 1 kg de calcário dolomítico.

– 200 a 300 g de fósforo.

– 60 g de potássio.

– 20 a 30 g de bórax.

– Obs. Todos os elementos químicos e orgânicos acima descritos, deverão ser misturados, e só depois de totalmente homogeneizados deverão retornar para dentro da cova.

– As covas deverão ser preparadas com até 40 dias de antecedência para total incorporação dos elementos orgânico e mineral.

Mudas:

– As mudas feitas através de sementes, não apresentam padronização nem qualidade desejadas. No entanto, poderão ser plantadas em balainhos para posterior repicagem.

– Para o sucesso da plantação, as mudas deverão ser adquiridas de viveiristas idôneos.

– Dê preferência à mudas enxertadas, pois essas apresentam precocidade na produção.

Plantação das mudas em locais definitivos:

– Utilizando mudas de raízes envasadas, o plantio poderá ser feito em qualquer época do ano.

– Utilizando mudas de raízes nuas, o plantio poderá ser feito apenas no inverno.

– O transplante das mudas para seus locais definitivos, deverá ser realizado em dias nublados e com chuvas.

– Dispor de um sistema de irrigação eficiente, para manter o solo sempre umedecido, nas estiagens prolongadas.

– Obs. A pereira não tolera solos encharcados, regiões com umidade excessiva, nem ventos fortes.

Espaçamento:

– Alguns tipos de espaçamentos são recomendados para formação de pomares densos:

– 7 x 5 metros.

– 6 x 3 metros.

– 4 x 2 metros, (no sistema reduzido).

Tratos culturais:

– Evitar a concorrência das ervas invasoras, manter o pomar limpo, com capinas manual ou uso de herbicidas.

Podas:

– As podas deverão ser efetuadas apenas para formação das plantas ou, para remoção dos ramos secos, fracos e velhos.

Colheita:

– Geralmente, após o 3º ano, a pereira começa sua produção.

– A colheita se estende de dezembro a março, dependendo da região e da variedade.

– Os frutos deverão ser colhidos manualmente, em processo de maturação.