Como fazer mudas de jiló
Nome científico: Solanum gilo
Família: Solanáceas (Solanaceae).
Origem: África Ocidental
Características gerais:
– Trata-se de uma planta anual.
– Planta da mesma família da berinjela, fruta do lobo, joá-bravo, pimenta, tomate, etc.
Propagação:
– A propagação do jiloeiro é feito através de sementes.
– Existem dois métodos para produção de mudas:
1 – Plantio em sementeiras.
2 – Formação das mudas em bandejas de isopor.
Plantio em sementeiras:
– Preparação dos canteiros:
– Afofar o solo incorporando boa dosagem de esterco animal bem curtido.
– O nível do canteiro terá que ser elevado em média 20 cm em relação ao nível do solo, para propiciar a drenagem de água.
– As sementes deverão ser plantadas em sulcos de menos de um centímetro de profundidade.
– Cobrir as sementes com uma fina camada do mesmo solo, peneirado.
– Manter o solo do canteiro ligeiramente umedecido sem provocar encharcamento.
– A germinação irá ocorrer dentro de mais ou menos uma semana.
– Após atingir de quatro a cinco centímetros de altura, as mudas deverão ser repicadas em copinhos feitos com papel de jornal, contendo o mesmo substrato do canteiro, porém, levemente enriquecido com adubo.
– Esses balainhos deverão permanecer em local semi-sombreado até o pegamento da muda.
– E antes de levar as plantas para os locais definitivos, deverão passar por uma rápida adaptação e aclimatação ao sol.
Formação das mudas em bandejas de isopor:
– Utilizar bandejas de isopor com 128 células, com substrato rico em material orgânico bem curtido.
– Plantar de duas a três sementes por célula, após o nascimento deixar apenas a muda mais vigorosa.
– As mudas deverão ser transplantadas em seus locais definitivos quando as plantinhas atingirem altura média de 15 cm.
Covas:
– As covas para o plantio no local destinado deverá ter medidas aproximadas de: 20:20:15 cm, ou seja: de 20 cm de comprimento por 20 cm de largura por 15 cm de profundidade.
– As mudas ao serem transplantadas, deverão ficar a uma profundidade levemente maior em relação ao nível do solo.
Espaçamento:
– Em plantações extensivas, objetivando maior longevidade e produtividade da cultura, adota-se o espaçamento entre plantas de 1 x 1 metros.
Considerações gerais:
– O jiloeiro é uma planta rústica se for comparada as demais solanáceas.
– Trata-se de uma planta adaptada a climas tropicais. (A temperatura ideal gira em torno dos 30°C). Requer alta luminosidade e deverá receber luz solar direta, por algumas horas, diariamente.
– Planta não muito exigente quanto ao tipo de solo, mas, se torna mais produtiva em solos ricos em material orgânico e bem drenados, com girando em torno de 6.0. (a planta não suporta solos encharcados. Portanto, as irrigações deverão ser calculadas para não se cometer excessos).
– A melhor época de plantio é o período da estação chuvosa, (Setembro a Fevereiro).
– A planta é sensível ao frio.
Variedades disponíveis no mercado de sementes:
– Morro Grande e Rei do Verde: (Com frutos redondos e coloração verde-clara).
– Morro Grande: (Com frutos de formato globulares e coloração verde-escura, ou compridos com coloração verde-clara).
– Tinguá: (variedades com frutos alongados e coloração verde-clara).
Tratos culturais:
– Um dos principais cuidados é o controle de ervas daninhas, (que concorrem com a cultura), realização de capinas periódicas.
– Irrigação nos períodos mais secos do ano.
Principais doenças:
1- Requeima (Phytophthora infestans): Doença provocada por fungos. –
2- Antracnose (Colletotrichum gloesporioides): Provoca lesão nos frutos.
3- Mancha de estenfílio (Stemphylium solani): Ataca as plantinhas na fase de mudas.
4- Nematóides (Meloidogyne sp.): Ataca principalmente o sistema radicular das plantas,
5- Murcha bacteriana (Pseudomonas solanacearum): Causa podridão das raízes.
Ataque por insetos: – Principais pragas:
– Lagarta rosca: Ataca raízes e à base do caule.
– Mosca Branca: Provoca sucção da seiva da planta, aniquilando-a.
Colheita:
– O início da colheita é de aproximadamente 90 dias após a semeadura.
– Os frutos deverão ser colhidos ainda imaturos com suas sementes tenras.
– Ao amadurecer acentua-se o sabor amargo do fruto.