Como fazer mudas de Sucupira – Faveiro – Pterodon emarginatus
Nome científico: Pterodon emarginatus.
Nome popular: Faveiro, Sucupira, Sucupira-Branca, Fava-de-sucupira, Sucupira-lisa.
Família: Fabaceae.
Origem: Brasil, Mata atlântica e regiões de cerrado.
Características gerais:
– Trata-se de uma árvore rústica, de médio porte, que poderá ultrapassar 16 metros de altura, nativa em terrenos secos e arenosos.
– Apresenta madeira dura, muito utilizada na indústria madeireira.
– A planta floresce em setembro no início da estação chuvosa. As flores de coloração rosadas, apresentam-se em forma de inflorescências.
– O fruto tipo legume, alado, (asa membranácea para dispersão natural), contém em seu interior, uma única semente protegida pela cápsula fibrosa e envolta em substância oleosa, numa estrutura esponjosa. Os frutos amadurecem em junho-julho.
Clima:
– Trata-se de planta adaptada ao clima Quente: Equatorial, Tropical, Subtropical e, deverá ser cultivada a céu aberto e sol pleno, planta exigente em luminosidade.
Propagação:
– A multiplicação da planta é feita por sementes.
Nota:
– Aquelas sementes de Sucupira que geralmente são encontradas em lojas de produtos naturais e/ou, raizeiros, que quando são maceradas solta um óleo amargo que, geralmente, é utilizado como remédio na farmacologia popular, não são sementes. Na realidade, o que chamamos de semente é o fruto da sucupira. A semente está contida lá dentro daquele invólucro oleoso.
Procedimentos:
– Coletar os frutos de plantas saudáveis.
– Mergulhar os frutos em uma vasilha com água para fazer uma separação preliminar.
– Os que flutuarem, certamente estarão carunchados e deverão ser desprezados, pois, não irão germinar.
– Os frutos que afundarem estarão aptos a serem preparados para plantar.
Preparação das Sementes:
– De posse de uma tesoura de poda, recortar com cuidado as arestas do invólucro oleoso do fruto, para extrair a semente.
– Em seguida, as sementes liberadas deverão passar por um processo de lavagem com água e detergente para eliminar o óleo remanescente, existente no fruto, pois esse óleo é um inibidor natural, responsável pela dormência vegetativa da semente. A remoção do óleo irá facilitar a absorção de água para promover a emergência da plântula.
– Na sequência, as sementes prontas, passadas pelo processo de lavagem, poderão ser plantadas em canteiros, balainhos feitos com sacos de polietileno, tubetes plástico, embalagem descartável, etc.
– Caso utilizar balainhos, tubetes plástico, aconselha-se plantar duas sementes por balainho. Caso as duas germinarem, uma poderá ser repicada para outra embalagem.
– As sementes deverão ficar enterradas no substrato, em média, 1,0 cm de profundidade.
– Regar com jato leve de água para não desenterrar as sementes.
– Manter o substrato umedecido, em provocar alagamentos.
– Dentro de um mês as sementes férteis já emergiram.
– Geralmente, com 5 meses, as mudas já estarão prontas para irem a campo.
Solo:
– Utilizar terra fértil com esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1.
– Para solo argiloso utilizar: terra argilosa, areia e esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1:1.
Nota:
– Aconselha-se fazer aclimatação das plantas pelo método da exposição gradativa ao sol, por duas semanas, antes de serem levadas a campo.
– O plantio em local definitivo deverá ser feito em dias nublados, no final da tarde quando o sol estiver com temperatura mais branda ou, no início da estação chuvosa.