Como fazer mudas de Araruta – Como plantar Araruta
Nome científico: Maranta arudinacea.
Nome popular: aguntingue-pé, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-palmeira e embiri.
Família: Marantaceae.
Origem: América do Sul, América Central, Antilhas.
Características gerais:
– A araruta é uma planta herbácea perene rizomatosa.
– Os rizomas são caules prostrados que crescem horizontalmente sob o solo.
– Trata-se de uma planta de fácil cultivo. Pode ser cultivada em pequenas áreas, além de apresentar baixo custo de produção.
Propagação:
– A multiplicação da planta poderá ser feita de duas formas:
– Por divisão de touceira, ou:
– Por seus rizomas, que depois de transplantados, emitem raízes, folhas e ramos a partir de seus nós. Pois, os rizomas da araruta são fusiformes, muito fibrosos que acumulam amido que formam as reservas para o desenvolvimento de uma nova planta.
– A planta cresce formando grandes touceiras que chegam a mais de 1 metro de altura.
Cultivares:
– As cultivares mais difundidas no Brasil são três:
A – Cultivar Comum:
B – Cultivar Creoula:
C – Cultivar Banana:
– As cultivares Comum e Creoula, são dominantes, sendo que a Comum é mais difundida comercialmente, por apresentar fécula de melhor qualidade.
Propagação:
– A propagação poderá ser feita por divisão de touceiras e, ou, por rizomas.
– Preferencialmente utilizam-se as extremidades dos pequenos rizomas ou parte deles.
– O plantio é feito em leiras, que facilita também na hora da colheita.
– Os rizomas são enterrados a uma profundidade média de 5 cm.
– A plantação deverá coincidir com o início do período chuvoso e/ou quente anual, podendo variar de acordo com cada região: No Sudeste, Centro-Oeste e Sul, ocorre de setembro a outubro; enquanto no Nordeste e Norte, entre novembro e janeiro.
Espaçamento:
– O espaçamento recomendado gira em torno de 1 metro entre leiras e 50 centímetros entre plantas.
Solo:
– O solo deverá ser leve, arenoso e rico em matéria orgânica.
– O solo deverá ser arado com até 20 cm de profundidade para que fique bem fofo.
– Solos arenosos e profundos são os ideais por favorecer o crescimento dos rizomas.
– O pH do solo deverá oscilar entre 5,8 a 6,3.
Clima:
– Trata-se de uma planta adaptada a climas quente e úmido. Vegetando confortavelmente em temperaturas acima de 20°C.
– Poderá ser cultivada em grande parte do território nacional com exceção aos Estados do Sul e as regiões semiáridas do Nordeste.
Irrigação
– Manter o solo com umidade coerente, sem provocar encharcamento.
– Trata-se de uma planta relativamente sensível a falta d’água, entrando em dormência quando há períodos de estiagem.
Tratos culturais:
– Trata-se de uma planta rústica e resistente a pragas e doenças.
– A araruta poderá até ser atacada por algumas pragas desfolhadoras, mas, isso, geralmente não comprometerá a produção dos rizomas.
– Executar capinas regulares a fim de remover as ervas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
– Remover as flores da planta pode favorecer o crescimento dos rizomas.
Colheita:
– A colheita terá início entre 6 a 9 meses após o plantio. E isso irá ocorrer preferencialmente quando as folhas tornarem-se amareladas, coincidentemente com o final do período chuvoso.
– A colheita poderá ser feita com o auxílio de um enxadão ou, arado tipo aiveca para revolver o solo, facilitando a coleta manual dos rizomas.
– Na ocasião da colheita, os menores rizomas de plantas saudáveis e produtivas, poderão ser separados para o replantio da próxima safra.
– Os rizomas destinados à industrialização, deverão ser lavados para remover o excesso de solo aderente.
– Totalmente limpos estarão prontos para o beneficiamento para extração da fécula ou farinha.
Beneficiamento dos rizomas:
– Para a obtenção da fécula de araruta, seguir os passos abaixo:
1 – Os rizomas deverão estar totalmente limpos.
2 – Ralar ou triturar os rizomas até a obtenção de uma pasta fina (poupa).
3 – Diluir essa poupa em água potável, até o ponto de passar por finas peneiras a fim de remover o material fibroso.
4 – A mistura deverá ser deixada em repouso para que ocorra a decantação do amido no fundo da vasilha.
5 – Ao perceber o final do processo de decantação do amido no fundo da vasilha, a água deverá ser escorrida.
6 – Finalmente a parte sólida remanescente no fundo da vasilha deverá ser colocada para secar ao ar livre por alguns dias.
7 – Depois de seco, deverá sofrer um novo processo de esmagamento até transformar-se num pó branco. Que é a fécula ou polvilho.
8 – Depois de totalmente seco poderá ser armazenado em local também seco, para posterior uso doméstico.
Tambem consegui fazer mudas com as hastes (caules) da araruta, enterrando os (joelhos) do caule. Eles criam raizes formando nova planta.