Como fazer mudas de Guanandi
Nome científico: Calophyllum brasiliense Cambess.
Nome popular: Guanandi, Jacareúba (Norte do Brasil), Olandi (Sul do Brasil).
Origem: América do Sul, América Central, México.
Características gerais:
– Estados brasileiros onde o Guanandi é nativo: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.
– O guanandi inicia sua produção de frutos aos quatro anos.
Propagação:
– A planta se propaga por sementes.
Coleta de Sementes:
– As sementes deverão ser coletadas de árvores selecionadas: vigorosas.
– As sementes deverão ser despolpadas e em seguida passar por um processo de quebra de dormência, para acelerar a germinação.
– A quebra de dormência poderá ser feita pelos métodos: Escarificação mecânica ou, Estratificação com areia úmida por 60 dias.
Preparação dos canteiros:
– Afofar a terra a uma profundidade média de 30 cm.
– Levantar o nível dos canteiros, em média, 20 cm, para facilitar a drenagem de água.
– Aconselha-se canteiro com 1 metro de largura, para facilidade dos tratos culturais.
Semeadura:
– Aplicar as sementes em fileiras a uma distância média de 5 cm entre elas.
– As sementes deverão ser enterradas a uma profundidade média de 2 cm.
– A distância média entre linhas poderá ser de 20 cm.
– Para acelerar a germinação poderá ser colocada sobre os canteiros, uma cobertura feita com plástico transparente.
– Normalmente a germinação irá ocorrer num período de 30 a 90 dias.
Substrato:
– O guanandi é rústico e pouco exigente, vegetando em qualquer tipo de solo, no entanto, para esta fase de formação de mudas mais vigorosas, poderão ser utilizado diferentes substratos enriquecidos, aqueles que estiverem disponíveis no momento, exemplo: composto orgânico bem curtido, carvão vegetal moído, vermiculita, serragem, casca de arroz carbonizada, bagaço de cana triturado, húmus de minhoca, fibras de coco.
– A combinação desses componentes deverá ser totalmente homogeneizada ao solo, antes de ser utilizada nos balainhos ou, tubetes.
– Para os canteiros, o mais indicado, é utilizar apenas a terra do subsolo.
Repicagem:
– A repicagem das mudas, poderá ser feita em balainhos de sacos de polietileno, tamanho médio ou, tubetes plástico, com capacidade de 75 cm3, e, deverá ser realizada quando as plântulas, recém-germinadas, apresentarem as duas folhas cotiledonares.
– As plantas repicadas deverão ser colocadas em berçário (ripado ou, sombrite com 50 % de sombreamento).
– As regas por aspersão, deverão ser feitas diariamente. (Recomenda-se irrigação por aspersão, para não ocorrer perdas de substratos no recipiente).
Nota:
– O recipiente mais aconselhável para repicagem, é o tubete plástico, visto que contém aletas e estrias longitudinais internas, que direcionam as raízes para baixo.
– A partir de 30 dias dentro do berçário, as mudas deverão ser transferidas para estufa com cobertura plástica, destinada à proteção das mesmas durante o inverno.
Plantio definitivo:
– Geralmente, após 8 a 10 meses depois de semeadas, (as mudas que apresentarem, no mínimo, dois lançamentos de folhas, altura média de 40 cm e diâmetro do colo entre 5 a 10 mm, estarão aptas ao transplantio). E já poderão ser repicadas em seus locais definitivos. (Mas, antes, recomenda-se fazer aclimatação das mudas á luz solar, por um período de 20 dias, reduzindo inclusive, a oferta de água, preparando a planta para enfrentar possíveis temporadas difíceis, ou seja: estresse hídrico e/ou, nutricional pós-plantio).
– O período chuvoso da primavera é a época mais indicada para a repicagem das mudas em seus locais definitivos.
– O espaçamento ideal gira em torno de 3×2 metros.
– O tempo de corte da espécie gira em torno de 18,5 anos,