Como fazer mudas de Manduvi – Sterculia apetala
Nome Científico: Sterculia apetala
Nome popular: Manduvi, Amendoim-de-Bugre
Família: Sterculiaceae
Origem: Brasil.
Características Gerais:
– Trata-se de uma árvore de grande porte, de crescimento rápido, com distribuição tropical, de ocorrência natural no Pantanal, em capões de matas, em áreas não inundáveis.
– Trata-se de uma espécie muito reverenciada nos últimos tempos, pelos seguintes motivos: Suas sementes alimentam grande variedade de animais, (aves e roedores), que sobrevivem na planície pantaneira, além de que, cerca de 95% das cavidades dos troncos das árvores mais idosas, são responsáveis em abrigar os sítios de nidificação da Arara-azul do Pantanal.
– Diante disso, a árvore é uma espécie-chave para a preservação da Arara-azul do Pantanal
– Além das Arara-azul do pantanal, outros animais também utilizam o Manduvi como refúgio: Gavião-relógio, macacos, Urubu-comum, Pato-do-mato, Arara-canindé, Arara-vermelha, entre outros.
– As sementes torradas do Manduvi são consideradas uma iguaria pelos nativos da região pantaneira.
Clima:
– Adaptada ao clima Equatorial e Tropical e, deverá ser cultivada a sol pleno pois requer alta luminosidade para seu pleno desenvolvimento, porém sobreviverá à meia sombra.
Propagação:
– A multiplicação da espécie é feita por sementes.
– Coletar as sementes após a disperão natural que ocorre, geralmente, entre Agosto e Outubro, as quais deverão ser semeadas imediatamente após a colheita, para não perderem seu poder germinativo.
– As sementes poderão ser plantadas em canteiros tipo sementeiras e/ou caixas pláticas de vegetação, dispostos em locais semi-sombreados, em substrato fértil, rico em material orgânico.
– As sementes deverão ser enterradas no substrato cerca de 1,0 cm de profundidade.
– O substrato dos canteiros deverá receber irrigações frequentes, a fim de manter umidade constante, mas, sem exageros.
– Após germinação, quando as plântulas atingirem, em média, 5,0 cm de altura, já poderão ser transplantadas em sacos plásticos (15 x 25), tipo balainhos, cheios de substrato fértil, rico em material orgânico,
– Geralmente, quando as mudas atingirem 0,5 metro de altura, já poderão ser levadas a campo.
– Antes das mudas serem transplantadas em seus locais definitivos terão de passar pelo processo de rustificação, com o método de aclimatação gradativa ao sol.
Plantio definitivo:
– Abrir covas com seguintes dimensões: 30 x 30 x 30 cm.
– Adicionar ao solo removido uma porção generosa de esterco animal bem curtido.
– Homogeneizar o esterco ao solo removido antes de voltar para dentro da cova.
– Esse procedimento deverá ser realizado um mês antes de receber a muda.
– O Plantio definitivo deverá coincidr com o início da estação chuvosa.
Solo:
– Trata-se uma espécie rústica, muito resistente.
– A planta não é muito exigente quanto ao solo, mas aconselha-se cultiva-la em solo fértil, rico em material orgânico.
Tratos culturais:
– Coroar as mudas para evitar o sufocamento por plantas invasoras concorrentes.
– Eventuais podas apenas para formação da planta.
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