Como fazer mudas de Nogueira Pecan – Noz-pecan – Pecã
Nome científico: Carya illinoinensis.
Nome popular: Noz-pecan, Nogueira-pecan, Nogueira-pecã, Pecan.
Família: Juglandaceae.
Origem: América do Norte, México, Estados Unidos.
Considerações gerais:
– A Nogueira-pecan foi introduzida no Brasil por volta de 1910
– Trata-se de uma árvore frutífera de grande porte, de ciclo de vida perene, de crescimento lento, que poderá ultrapassar 30 metros de altura, com boa produtividade de frutos por longos anos.
– O nome “Pecan” significa: Noz que necessita de uma pedra para quebrar a sua casca dura.
– Trata-se de uma planta (caduca, caducifólia ou decídua) que entra em dormência vegetativa no outono/inverno, perdem as folhas para evitar a perda de água pelo processo de evaporação, pela transpiração dos estômatos existente nas folhas. Rebrotando com força total na primavera, no início da estação chuvosa
– A floração é discreta de coloração esverdeada, as flores femininas são menores e se apresentam em forma de espigas, e as flores masculinas são mais longas e pendentes. Por se tratar de flores pouco atrativa para os insetos, a polinização acaba sendo feita pelo vento.
– Os frutos de casca dura, tem formato ovoide e/ou, oblonga, variando de 3 a 6 cm de comprimento por 1,5 a 3 cm de diâmetro.
Clima:
– Planta adaptada ao clima: Temperado, Subtropical, Tropical e, deverá ser cultivada a sol pleno, pois, requer alta luminosidade para seu pleno desenvolvimento.
Solo:
– Trata-se de uma planta rústica, com capacidade de adaptação a diversos tipos de solos e condições climáticas diferentes, mas, para que ela seja altamente produtiva, deverá ser cultivada em solos férteis, profundos, totalmente drenáveis, com bom incremento de material orgânico.
Propagação:
– A planta poderá ser multiplicada por sementes e/ou pelo método da estaquia.
Propagação por sementes:
– As sementes a serem plantadas deverão ser recém coletadas de plantas produtivas.
– As sementes poderão ser semeadas em canteiros preparados em locais semi-sombreado para futura repicagem em sacolas plásticas.
– Trata-se de um método pouco utilizado em virtude das mudas oriundas de sementes, só iniciará a produção, em média, 15 anos, após o plantio.
Propagação por estaquia:
– É o método mais utilizado para propagação da planta em escala comercial.
– A maioria das plantas que é propagada pelo método da estaquia, geralmente é feita, em um canteiro de areia lavada, mantida com boa umidade, denominado leito de enraizamento.
– A camada de areia do canteiro (leito de enraizamento), deverá ter, em média, 30 cm de espessura, para que a parte enterrada da estaca fique em contato direto somente com a areia umedecida.
– O canteiro de areia deverá ser feito em local sombreado.
Procedimento:
– Cortar estacas de aproximadamente 30 cm
– Enterrar até a metade em um canteiro de areia lavada.
– Geralmente em 60 dias, as estacas já estarão enraizadas, (raízes primárias).
– O leito de areia (canteiro) servirá para iniciar o processo de enraizamento.
– Em seguida as estacas deverão ser retiradas do leito de areia com cuidado, somente depois de serem lavadas em água corrente, para retirar o excesso de areia, deverão ser transplantadas em sacolas de plástico, (balainhos).
– Os balainhos feitos com sacolas plásticas, deverão ser preenchidos com substrato feito de solo fértil, enriquecido com material orgânico bem curtido, colocados lado a lado em local sombreado, formando um tipo de canteiro. Em seguida deverão ser irrigados abundantemente antes de receber a estaca enraizada.
– É importante que os balainhos estejam em local sombreado para evitar o estresse da estaca no seu primeiro repique.
– O processo de transplante da estaca enraizada para as sacolas deverá ser feito da seguinte forma:
1- Com um chucho de madeira fazer um furo bem no centro do balainho (sacola plástica).
2 – Em seguida, introduzir (1/3 da estaca, parte enraizada), no substrato, tomando os devidos cuidados para não danificar o seu sistema radicular.
3 – Na sequência, apertar levemente com as pontas dos dedos o substrato ao redor da estaca, para fixa-la.
4 – Irrigar abundantemente para fixar o substrato às raízes.
5- Depois desse pontapé inicial, basta manter o substrato levemente umedecido.
– Somente quando a estaca estiver com brotação vigorosa, deverá ser levada a campo.
– Antes do transplante para o local definitivo, as mudas deverão passar pelo processo de rustificação, com exposição gradativa ao sol por duas semanas.
– O ideal é levar as mudas para seus locais definitivos no início da estação chuvosa.
Enxertia:
– Enxertia é a junção de tecidos de duas plantas diferenciadas: Uma resistente e a outra produtiva.
– O cavalo é a parte de baixo, terá que apresentar sistema radicular vigoroso e resistência a doenças. (Nota: Os cavalos, geralmente, são plantas germinadas de sementes.
– O enxerto propriamente dito, é a parte de cima, a parte arbórea, que terá que ser selecionada de uma planta muito produtiva.
– A enxertia poderá ser feito por vários métodos e os mais utilizados são: Borbulhia, Garfagem, Encostia,
– O método denominado Borbulhia é o campeão e consiste em sobrepor uma única gema em um porta-enxerto enraizado.
Nota:
As mudas enxertadas tornam-se precoces e, podem iniciar a sua produção de frutos em 2 a 3 anos, após o plantio.
Espaçamento:
– Por trata-se de árvores de grande porte, o espaçamento recomendado poderá ser de 8,0 metros entre plantas por 10,0 metros entre linhas.
Irrigação:
– As irrigações deverão ser processadas para manter o solo com boa umidade, nos primeiros anos de implantação da cultura, sem provocar alagamentos
– Trata-se de plantas que não toleram solos encharcados nem estiagens prolongadas.
Fertilização:
– Aconselha-se adubação anual, coincidindo com o início da estação chuvosa.
Tratos culturais:
– Capinas regulares para remoção das plantas invasoras e concorrentes.
– Podas de formação da planta.
Para ver um vídeo do fruto dessa castanheira (Nogueira-pecan) – CLICAR AQUI