Como fazer mudas – Germinação de sementes de Marolo e Araticum.
Germinação :
– A germinação de uma semente é simplesmente um processo biológico, que em síntese significa: O rompimento do tecido tegumentar, (casca ou pele que reveste a semente protegendo-a de agentes nocivos), pela radícula, (raiz embrionária de uma planta que cresce em direção ao solo).
Germinação de sementes de Marolo e Araticum (Annona):– Na natureza, a germinação dessas espécies é extremamente lenta, e o processo demanda, em média, um ano e, geralmente, somente metade das sementes apresentam emergência da plântula.
– Como as sementes do Marolo e Araticum apresentam dormência vegetativa (casca tegumentar dura, que dificulta a absorção de água), vários estudos e experimentos foram realizados em laboratório, tentando acelerar o tempo de germinação.
O método mais indicado para produção de mudas:
– Utilização de canteiros ou caixas de germinação, com areia lavada.
– Tratar as sementes com ácido giberélico (GA3) na concentração de 5 ppm por 36 horas.
– Semear, enterrando as sementes a 2 cm abaixo da superfície.
-Após a semeadura, o canteiro e/ou, caixa de germinação deverão ser pulverizados com uma solução de fungicida Moncerem IM, na seguinte dosagem: 1g/L com aplicação de 4L/m², método preventivo contra o ataque de fungos.
– A irrigação dos canteiros deverá ser feita a cada dois dias, apenas para manter o solo dos canteiros, ligeiramente umedecido.
– Após a germinação das sementes no canteiro e/ou, nas caixas plásticas, as plântulas deverão ser transferidas para sacos de polietileno, com furo para drenagem de água, contendo solo rico em adubo orgânico.
Nota:
– Trata-se de uma planta de difícil propagação por apresentar taxa de geminação muito baixa.
– O pegamento e sobrevivência das mudas transferidas para sacos de polietileno, após 100 dias, em média, é de 50%.
– As mudas transplantadas em seus locais definitivos também apresenta pouca eficiência, causando a morte de metade das mudas.
Outros experimentos para quebra de dormência de sementes de Araticum e Marolo com pouco sucesso:
– Escarificação mecânica da semente com lixa.
– Choque térmico – Imersão em água quente (+ ou – 75 º C) com esfriamento natural.
Resultados:
– A escarificação mecânica do tegumento na semente, não quebrou a dormência, mas favoreceu a absorção de GA3 e, consequentemente a germinação.
– O choque térmico em água quente também não quebrou a dormência, que poderá estar relacionada com outros problemas endógenos da semente, por exemplo: embrião imaturo.
A dormência faz parte da engenharia da natureza:
– O bloqueio estabelecido pela dormência é numa estratégia que favorece a sobrevivência da espécie, pois, sincroniza a distribuição da germinação das sementes na hora certa, ao longo do tempo.
– O estado de dormência embrionária, quase sempre caracteriza a presença de condições desfavoráveis para sua germinação, tais como: secas prolongadas, altas ou, baixas temperaturas, etc.
– Como a natureza é sábia e conhece o relógio do tempo, dentro das quatro estações do ano, é mais que suficiente para a grande maioria das sementes emergirem, e cada espécie o faz, definindo a melhor época para a sua emergência com sobrevida garantida.
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