Como fazer mudas de goiaba.
Nome científico: Psidium guajava.
Origem: Américas (do Sul e Central).
Características gerais:
– A goiabeira é uma planta rústica, de ciclo de vida perene, adaptada a climas: equatorial, subtropical, tropical.
– Trata-se de uma planta pouco exigente. Na natureza vegeta em qualquer tipo de solo, mas, se torna produtiva em solos areno-argilosos, ricos em material orgânico, profundos e bem drenados.
– Deverá ser cultivada a céu aberto, em pleno sol.
Clima:
– A temperatura ideal para a cultura oscila entre 25 e 30ºC.
– Com temperaturas abaixo de 12 ºC, a planta entra em estagnação. (não vegeta, não flora, etc.).
– Para seu pleno desenvolvimento, a planta requer nível pluviométrico entre 1.000 e 2.000 mm anual, com chuvas bem distribuídas.
Propagação:
– A propagação poderá ser feita por sementes, por estaquia herbácea, por mergulhia, por enxertia e cultura de tecido.
Propagação por sementes:
– Em plantação doméstica, geralmente, usa-se multiplicação por sementes.
– A multiplicação por sementes não é aconselhável para a formação de pomares, pois, as plantas diferem entre si, mesmo utilizando sementes de um mesmo fruto.
– Para formação de pomares a multiplicação por sementes é utilizado apenas para a obtenção dos porta-enxertos.
Preparação dos balainhos:
– Encher os balainhos feitos com sacos de polietileno, geralmente de 5 litros, com substrato feito, misturando: terra de boa qualidade, esterco animal bem curtido e areia, na proporção de 2:2:1.
– Plantar 5 sementes, a uma profundidade média de 3 cm.
Propagação por enxertia:
– A enxertia normalmente é feita, quando o tronco do porta-enxertos atingir 1,0 cm de diâmetro, na região a ser enxertada. Normalmente entre 12 a 15 meses após plantio.
– O método de enxertia tipo borbulhia, poderá ser realizado de diversas formas: garfagem, T normal, T invertido, ou, em placa ou escudo, sendo esta última a mais utilizada.
– Geralmente, duas semanas antes da enxertia, as ponteiras dos ramos da planta matriz, (borbulheira), que irão fornecer as borbulhas, deverão ser podadas, para que as gemas intumesçam.
Enxertia:
– Com o auxílio de um vazador de l cm de diâmetro, retirar a casca do porta-enxertos, no local da enxertia e, colocar no lugar, um pedaço da casca da copa com uma borbulha, também retirada com o mesmo vazador.
– Passar fitilho plástico, deixando-o por duas semanas até o pegamento. Esse isolamento no local da enxertia servirá para: aumentar o contato do enxerto com o cavalo, evitando entrada a de água, bactérias, etc.
– Após a verificação do pegamento do enxerto, retirar o fitilho plástico e fazer a poda apical do porta-enxertos, a 1,0 cm acima da região enxertada.
Propagação por estacas herbáceas:
– A propagação por estacas herbácea é realizada em câmaras de nebulização intermitente.
– Essas câmaras são equipamentos um pouco mais sofisticados, compostos de: conjunto de bicos nebulizadores, válvulas solenoide, Timer. E são programados para manter a umidade constante no ambiente, para que as estacas não desidratem.
– As estacas deverão ser retiradas das partes verdes dos ramos em crescimento, (ponteiras).
– Recortar as estacas de forma que fiquem com dois nós.
– Manter apenas as duas folhas do nó superior.
– O corte basal da estaca, deverá ser feito imediatamente abaixo do nó.
– O corte apical da estaca, deverá ser realizado a 1,0 cm do par de folhas.
– As estacas deverão ser estaqueadas até a metade, em caixas de madeira com as seguintes dimensões: (10 cm de altura x 40 cm de comprimento x 20 cm de largura), em média, uma caixa irá comportar por volta de 25 estacas.
– O substrato deverá ser vermiculita fina.
– A época mais indicada para realizar esse método, são as estações quentes do ano, onde o enraizamento das estacas é de aproximadamente 70%.
– No inverno, para se obter sucesso, é aconselhável utilizar hormônios reguladores de crescimento: (Ácido indolbutirico – IBA).
– O enraizamento da estaca irá ocorrer, geralmente, por volta dos 50 dias.
– Após enraizamento as estacas deverão ser transplantadas em balainhos feitos com sacos de polietileno com capacidade para 5 litros.
– O substrato deverá ser um composto totalmente homogeneizado de terra de boa qualidade, esterco animal bem curtido, e areia, na proporção de 1:1:1.
– Os balainhos deverão ser mantidos em locais sombreados durante o primeiro mês de vida da nova planta.
– Nesse período irá despertar a brotação das duas gemas existentes nas axilas das folhas.
– Fazer o desbaste, deixando um único broto, o qual deverá ser tutorado para obter forma perpendicular.
– Em média, decorridos 6 meses após estaquia, a planta já terá atingido por volta de 50 cm de altura, e poderá ser transplantada em seu local definitivo.
Obs.
– As principais vantagens desse método são: rapidez na formação das mudas e a uniformidade genética das plantas obtidas.
– Estacas preparadas com partes lenhosas dos ramos, geralmente não enraízam.
Solo:
– Trata-se de planta rústica, que se adapta a vários tipos de solo.
– Mas, para que a planta seja totalmente produtiva o solo deverá ser areno-argiloso, rico em matéria orgânica, profundo, bem drenado e, com pH oscilando entre 5,5 a 6,0.
– A goiabeira só não deverá ser plantada em solos mal drenados, pesados.
– A planta não tolera ventos frios, e geada.
Preparação do solo:
– o solo deverá receber uma demão de grade a uma profundidade média de 30 cm. Em seguida, uma demão de niveladora para o destorroamento.
Preparação das covas:
– Abrir covas com 40 x 40 x 40 cm.
– Adicionar ao solo retirado da cova:
– 20 litros de esterco animal bem curtido.
– 200 gramas de superfosfato simples.
– 150 gramas de cloreto de potássio.
– Os materiais adicionados, deverão ser totalmente homogeneizados ao solo removido, e em seguida, devolvido para o interior da cova.
– Espaçamento: dependendo da necessidade, poderão ser utilizados: de: 4,0 metros entre planta x 5,0 metros entre linhas, até 7,0 metros entre planta x 7,0 metros entre linhas.
– Esse procedimento deverá ser realizado, em média, 40 dias antes do recebimento da muda, para que os materiais adicionados incorporem-se totalmente ao solo da cova.
– O transplante das mudas, para os locais definitivos, deverá ser realizado em estações chuvosas.
Tratos culturais:
– Processar as podas para formação da planta.
– Capinas regulares para evitar as ervas invasoras.