Como fazer mudas de Ipê Rosa – Tabebuia pentaphylla.

Como fazer mudas de Ipê Rosa

Nome científico: Handroanthus heptaphyllus, Tabebuia pentaphylla,

Nome popular: Ipê rosa, Piúva.

Origem: Brasil, América do Sul.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta de crescimento rápido, quando adulta, pode atingir mais de 30 metros de altura.

– A planta floresce no inverno, provendo alimento para abelhas e beija-flores, numa época de escassez acentuada de flores.

– É largamente empregada no paisagismo urbano, por apresentar belíssimas inflorescências coloridas.

Clima:

– Planta adaptada ao clima quente: Tropical, subtropical, equatorial.  Sensível a geadas.

– Deverá ser cultivada a sol pleno.

Solo:

– O ipê é uma planta relativamente rústica, desenvolvendo-se satisfatoriamente em diversos tipos de solo. Mas, para que ela chegue ao seu máximo, deverá ser cultivada em solos férteis e bem drenados.

– Trata-se de uma espécie recomendada para recuperação de ecossistemas degradados.

Propagação:

– A produção de mudas, geralmente, é feita através de sementes.

– As vagens deverão ser coletadas, maduras, mas, antes da dispersão das sementes, pois se trata de sementes aladas.

– Na natureza, as sementes são espalhadas pelo vento.

– Após a coleta das vagens, a extração das sementes deverá ser feita manualmente e, após extraídas, deverão ficar à sombra, em ambiente ventilado.

– As sementes do ipê deverão ser plantadas em até três meses depois de colhidas, pois, a partir desse período, perdem o poder germinativo facilmente.

– Numa segunda hipótese, depois de coletadas, se forem colocadas em vidros esterilizado, e hermeticamente fechados, resistirão até no máximo nove meses, se armazenadas em câmara fria.

Sementeiras:

– A melhor maneira de plantá-las (para uma produção não industrial) será pelo método de sementeiras, ou seja: preparar em local sombreado, um canteiro, afofando bem a terra, que deverá ser de boa qualidade, misturando em seguida, uma porção generosa de material orgânico: esterco animal ou, folhas em decomposição, homogeneizar bem para a aeração do solo… Em seguida, nivelar a superfície e na sequência, distribuir as sementes, cobrindo-as com uma camada de terra de no máximo um centímetro…

-Manter o local úmido sem encharcar…

– Após as mudas atingirem mais ou menos dez centímetros de altura, deverão ser transplantadas em balainhos. (sacos de polietileno).

Após as mudas, nos balainhos, atingirem aproximadamente, trinta centímetros de altura, e depois de serem aclimatadas ao sol, por um período de mais ou menos um mês, deverão ser transplantadas para seus lugares definitivos.

Locais definitivos:

– Aconselha-se que as mudas deverão ser transplantadas em seus locais definitivos, no início da estação chuvosa, para não sentir muito o estresse da mudança.

Nota:

– Os ipês são plantas pouco exigentes e se desenvolvem em todo o território brasileiro,

– As sementes não necessitam de quebra de dormência.

– As sementes, também podem ser semeadas diretamente nos balainhos.

– A germinação ocorre após 30 dias em de 80% das sementes.

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Como fazer mudas de Mulungu.

Como fazer mudas de Mulungu – Mulungu do litoral.

Nome científico: Erythrina speciosa.

Nomes populares: Mulungu, Corticeira, Eritrina, Eritrina-candelabro, Eritrina-vermelha, Mulungu do litoral.

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore tipicamente ornamental, nativa da mata atlântica, de ciclo de vida perene, que pode atingir mais de 4 metros de altura.

– O florescimento ocorre no inverno e início da primavera.

– Suas flores de coloração vermelho vivo, atraem beija-flores e psitacídeos, (periquitos e papagaios), que se alimentam delas, numa época em que há escassez de frutos silvestres  na natureza.

– As sementes ocorrem em vagens, semelhantes a feijões.

Clima:

– Planta adaptada ao clima: Tropical, subtropical e Equatorial, e deverá ser cultivada a pleno sol.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica capaz de se desenvolver em qualquer tipo de solo. Mas, para atingir maior exuberância, deverá ser plantada em solo fértil, com boa precipitação pluviométrica anual.

– Por se tratar e uma planta nativa da mata atlântica, aprecia alto teor de umidade, inclusive tolera solos parcialmente encharcados.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes e por estaquia de galhos maduros.

Propagação por sementes:

– As sementes deverão ser plantadas tão logo que sejam colhidas para não perder seu potencial germinativo.

– As sementes não requer nenhum tipo de tratamento e nem quebra de dormência,  antes de serem plantadas.

– As sementes deverão ser plantadas em balainhos, feitos com sacos de polietileno ou, com qualquer outro material disponível, para posterior repicagem , quando a planta atingir, em média, 30 cm de altura.

– As mudas crescem rapidamente e, estarão prontas para o plantio, em média, com  4 meses depois de plantadas.

– As mudas deverão ser levadas a campo, preferencialmente, no início da estação chuvosa.

Propagação por estaquia:

– A propagação por estaquia deverá ser feita, preferencialmente, em seu lugar definitivo.

– Cortam-se pedaços de ramos maduros, em média, com 30 cm de comprimento, enterrando-os até a metade.

– A propagação por estaquia deverá ocorrer no inicio da estação chuvosa, quando as plantas estarão emergindo da dormência vegetativa, provocada pelo inverno.

– A propagação por estaquia apresenta rápido desenvolvimento.

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Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru – Cumaruzeiro

Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru

Nome cientfico: Dypterix alata.

Nomes Populares: baru, cumbaru, castanha-de-barata, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé.

Origem: Brasil, Região de cerrados brasileiros.

Características gerais:

– A frutificação do cumaruzeiro, geralmente, inicia-se aos seis anos.

– Trata-se de uma árvore leguminosa de médio porte. Uma planta poderá atingir, em média, até 15 metros de altura, com diâmetro do tronco em torno de 70 cm.

– Trata-se de uma árvore hermafrodita. Os frutos de forma arredondados, elípticos, em média, tem 6 cm de comprimento por  4 cm de largura, geralmente na cor  marrom-claro. A polpa é comestível e tem sabor levemente adocicado. No interior do fruto contém uma única semente, (amêndoa comestível), que é a parte mais nutritiva da planta.

– A planta é endêmica nos cerrados da região central do Brasil, mas, também ocorre nas regiões: sudeste, norte e nordeste.

– A floração geralmente ocorre de novembro a maio e a frutificação de outubro a março, mas, poderá variar de acordo com cada região.

– A colheita, geralmente é feita, após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Sabe-se que a amêndoa do cumaruzeiro tem alto valor nutricional, cujo sabor é semelhante ao do amendoim. Diante disso, atribuíram-lhe propriedades afrodisíacas.

– A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa, (mamíferos, roedores, morcego, etc.).

– Quando a árvore ocorre dentro das pastagens o gado também se alimenta da polpa, roendo os frutos caídos no solo na época da safra.

– Na natureza, esse processo de animais roerem os frutos para se alimentarem da poupa, acaba ajudando a planta na sua propagação natural, pois, fará o método de quebra de dormência pelo processo da escarificação mecânica e, consiste em: atritar os frutos com os dentes, no processo de mastigação, que irá gastar parte do tegumento impermeável (casca dura), para facilitar a absorção de água, luz e oxigênio, pelo embrião, acordando-o para emergência.

Propagação:

– Para propagação da espécie usam-se tanto as sementes inteiras ou, apenas as amêndoas.

– Na natureza, como foi descrito acima, os animais mamíferos de grande e médio porte, como: gado, suínos, antas, veados, etc. encarregam-se de fazer a propagação e distribuição da planta. (roem os frutos, e a maioria desses frutos acabam sendo enterrados pelo pisoteio desses animais e, uma boa parcela desses frutos enterrados acaba germinando).

– Em escala doméstica, para plantar o fruto inteiro será necessário fazer a quebra da dormência, atritando o fruto a uma superfície áspera como: lixa, piso de cimento rústico, etc. (escarificação mecânica), para gastar parte do tegumento impermeável da semente e, imediatamente após o processo de escarificação as sementes deverão ficar imersas em água por um período de 24 horas, antes de serem plantadas ou, se preferir, retirar a amêndoa de dentro do fruto, sem danificá-la e em seguida plantá-la.

– O processo da quebra do fruto para retirada da amêndoa deverá ser feito com o auxílio de uma morsa, martelo, etc. tomando o devido cuidado para não danificá-la.

– Recomenda-se quebrar apenas os frutos que, ao serem sacudidos, perceber nitidamente a amêndoa solta, balançando dentro deles.

– Para semeadura feita com sementes nuas, (amêndoas) a emergência é mais rápida, geralmente com quinze dias já estarão germinadas.

– Para semeadura feita com frutos inteiros (com escarificação mecânica e, imersas em água por 24 horas), geralmente demora em torno de 45 dias para germinar.

– As mudas dessa espécie deverão ser mantidas a pleno sol, pois à sombra poderão sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp., e, ou, outras pragas.

– Trata-se de plantas de crescimento rápido. Geralmente, com dois meses de vida, as mudas atingirão, em média, 15 cm de altura.

– A parte subterrânea (raízes), apresenta desenvolvimento mais rápido que a parte aérea da planta.

Seleção das sementes:

– Para iniciar uma plantação deverá ser feita a coleta de frutos no campo.

– As matrizes fornecedoras de tais sementes deverão ser vigorosas, produtivas, com frutos uniformes, livres de pragas e doenças.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, sem grandes exigências, porém é mais produtiva quando cultivada em áreas de solos mais férteis.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente. E deverá ser cultivada a sol pleno.

Viveiro de mudas:

– O viveiro de mudas deverá ser instalado a céu aberto.

– A semeadura deverá ocorrer o mais breve possível após coleta das sementes.

– Aconselha-se a produção das mudas em sacos de polietileno (tamanho médio).

– Plantar de uma a duas sementes, ou, amêndoas por saco, enterrando-as a uma profundidade média de 1 cm.

– A porcentagem de germinação, geralmente, é de 90%.

– O período de germinação para amêndoas demora, em média, 15 dias.

– O período de germinação das sementes submetida ao processo de escarificação mecânica e embebidas por 24 horas em água, antes de serem plantada, demora, em média, 45 dias.

Substrato dos sacos de polietileno:

– Por se tratar de uma planta rústica do cerrado, o substrato onde serão plantadas as sementes deverá ser um solo de boa qualidade incorporado algum tipo (em pequena quantidade), de esterco animal bem curtido.

Regas:

– As regas deverão ser frequentes, apenas para manter o substrato dos sacos de polietileno levemente umedecidos.

Plantio das mudas em locais definitivos:

-O plantio das mudas no campo deverá ser feito no período chuvoso do ano.

– O espaçamento poderá ser de 8 metros entre planta por 10 metros entre ruas.

Colheita:

– A colheita é feita após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Geralmente a safra tem variações bruscas de intensidade na produção de frutos de um ano para o outro.  Planta intermitente, produz uma safra regular a cada 2 anos.

– Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de frutos por safra regular.

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Como fazer mudas de Flamboyant – Flamboiã – Delonix regia.

Como fazer mudas de Flamboyant – Flamboiã

Nome científico: Delonix regia.

Nome popular: Flamboyant, árvore flamejante, flor do paraíso, Flamboiã, Flamboaiã .

Origem: África, Madagascar e Ilhas do Oceano Índico.

 Características gerais:

– A Flamboyant é considerada uma das árvores mais belas do mundo.

– O nome Flamboyant vem da língua Francesa e significa: “Guarda-sol Flamejante”.

– Trata-se de uma árvore leguminosa, de ciclo de vida perene, que pode atingir mais de 10 metros de altura.

– Geralmente, a planta apresenta um tronco retilíneo, robusto, abrindo no alto uma grande copa em forma “guarda-sol”.

– Planta  indicada para áreas abertas com grandes espaços que possibilitem seu desenvolvimento.

– O auge da floração ocorre na primavera e no verão. Com variedades que apresentam flores nas cores: vermelha, laranja e salmão-amarelado.

– Seus frutos são em formas de grandes vagens achatadas que podem conter em seu interior, uma grande quantidade de sementes.

– Do plantio até a floração, geralmente, há um intervalo de até 8 anos.

Nota: –

– Por se tratar de uma árvore de grande porte que possui um sistema radicular extenso e agressivo, há algumas contraindicações para o plantio do flamboyant nos grandes centros urbanos. Suas raízes aéreas podem danificar calçadas, redes de esgoto, muros e construções.

– Porém, há uma forma de contornar parcialmente esse problema com as raízes agressivas. Plantando as mudas dentro de grandes tubos de concreto, forçando o desenvolvimento do sistema radicular, direcionando-o ao subsolo.

Propagação:

– Em escala doméstica, a propagação da planta é feita por sementes.

– Sementes de flamboyant (Delonix regia) apresentam germinação baixa e irregular devido à presença de dormência vegetativa, causada pela impermeabilidade do tegumento.

Entre os tratamentos para superação de dormência realizada pela “Revista Verde” destacam-se:

  • Escarificação mecânica –(Escarificação mecânica por 5 minutos).
  • Aquecimento em H2O a 80 ºC. – (Água quente à 80º C por 5 min + embebição em água por 24 horas).

Clima:

– Trata-se de uma planta extremamente rústica, adaptada ao clima tropical e úmido e deverá ser cultivada a sol pleno. Mas, tolera geada fraca e temperaturas mínimas próximas a zero grau.

– A planta tolera baixas temperaturas pelo simples motivo de ser uma planta  caducifólia,  ou seja: perde suas folhas, geralmente, no inverno.

Plantio:

– As mudas deverão ser levadas para seus locais definitivos, em média, com um ano de idade, preferencialmente, na estação chuvosa do ano.

– A planta em formação, na ausência de chuvas, deverá ser regada de uma a duas vezes por semana.

Solo:

– Por se tratar de uma planta rústica, não haverá muita exigência quanto ao solo, desde que seja poroso e com boa drenagem.

Fertilização:

– Não haverá grandes necessidades.

– Porém se o solo for muito pobre em nutrientes, poderão ser abertas covas, em média, com 40 x 40 x 40 cm e misturar no solo retirado, cerca de 20 a 30 litros de esterco de animal, bem curtido ou, 10 colheres de sopa de adubo químico: NPK 10:10:10.

– A preparação das covas deverá anteceder, em média, 30 dias do plantio das mudas.

Poda:

– Apenas para a formação da planta.

 

Como fazer mudas de Orquídea Baunilha – Vanilla planifólia

Como fazer mudas de Orquídea Baunilha – Vanilla planifólia

Nome científico: Vanilla planifólia

Nome popular: Baunilha

Origem: México

Características gerais:

– Trata-se de uma orquídea trepadeira, cujos ramos podem atingir mais de 10 metros de comprimento.

– Na natureza é facilmente encontrada agarrada a troncos de árvores ou, coqueiros, geralmente em matas ciliares e, ou terrenos pantanosos.

Propagação:

– Na natureza a planta se propaga através de sementes, mas, em propagação doméstica, o melhor método é o da estaquia de seus ramos.

– Cortar pedaços de ramos, em média, com 30 a 50 cm de comprimento.

– Enterrar no solo, em média, 10 cm, observar que a parte que ficará enterrada deverá ter de dois a três nós, os quais emitirão as primeiras raízes.

– As folhas dos nós que ficarão soterrados, deverão ser removidas.

– O enraizamento das mudas acontecerá, geralmente, em um mês, quando a planta apresentar início em seu desenvolvimento.

Nota:

– Para mudas feitas em balainhos (saquinhos de polietileno) deverá ser tutorada com uma estaca de madeira.

– Para mudas plantadas em locais definitivos, junto a trocos de árvores ou coqueiros, deverá ser guiada, amarrada a esse tronco.

Obs.

– Por se tratar de uma trepadeira, a planta deverá ser guiada desde os primeiros instantes, mesmo na fase inicial de mudas. Mas, com o passar do tempo, ela se desenvolverá por si só, emitindo raízes aéreas, prendendo-se ao tronco tutor, por conta própria.

– Geralmente, depois de bem desenvolvida, a planta não mais necessitará dos alimentos vindos do solo e, através de suas raízes aéreas ela catalisará todos os nutrientes de que necessitará para sua manutenção, retirando-os da umidade relativa do ar e dos componentes do ar atmosférico. Diante disso, a parte inferior da planta, justamente aquela que estava enterrada no solo, geralmente, apodrece.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada a climas tropicais, com temperatura média, acima de 21°C.  E, na natureza como está diretamente ligada a nichos aquáticos, a planta irá requerer: alta umidade relativa do ar, bem como, chuvas bem distribuídas o ano todo.

Obs.

– O ambiente para se cultivar essa planta, com sucesso, em escala doméstica, deverá ser bem próximo ao encontrado na natureza.

Luminosidade:

– A planta tolera a incidência do sol, mas, aconselha-se o seu cultivo em lugares parcialmente sombreados.

Solo:

– A planta tolera solos com grande umidade, porém as mudas deverão ser preparadas com substrato leve, rico em material orgânico, levemente umedecido.

– Geralmente, o solo será necessário apenas na fase inicial da vida da planta, depois de totalmente desenvolvida, ela obterá seus nutrientes através de suas raízes aéreas.

Regas:

– As regas deverão ser efetuadas apenas para manter o solo com boa umidade.

Colheita:

– O produto principal dessa orquídea são as vagens que depois de desidratadas se extrai a essência de baunilha. Produto largamente utilizado na culinária.

– A planta iniciará o período de floração, geralmente, no terceiro ano depois de plantada.

– O tempo entre floração e colheita das vagens, em média, será de oito meses.

– As vagens deverão ser colhidas no início do seu processo de maturação, quando sua coloração passar de verde, para um tom de verde pálido.

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Como fazer mudas de Melão de São Caetano

Como fazer mudas de Melão de São Caetano

Nome científico:  Momordica charantia.

Nome popular: Melão de São Caetano, Erva de São Caetano, Erva de lavadeira, Fruto de cobra, Melãozinho amargo, Erva de São Vicente, Quiabeiro de angola, Balsam pear (inglês), Pomme de merveille (francês), Balsamia (espanhol).

Origem: Ásia, introduzida no Brasil vinda da África.

Características gerais:

– Existe várias cultivares: Momordica chinensis, Momordica elegans, Momordica indica, Momordica operculata, Momordica sinensis, Sicyos fauriei, cuja forma, tamanho, textura externa, são diferenciados.

-Trata-se de plantas trepadeiras herbáceas, pertencentes à família das Cucurbitaceae, de ciclo de vida anual, que necessitam de tutoramento para se desenvolver.

– Seus ramos podem atingir até cinco metros de comprimento e, na natureza, estará sempre associada às galhadas de árvores, ou arbustos.

– O nome popular de: “Erva de lavadeira”, está diretamente ligado ao clareamento de roupas, quando as lavadeiras utilizavam suas folhas em infusão, para retirar manchas, bem como, o clareamento de suas vestes.

– A planta apresenta flores femininas e masculinas.

Propagação:

– A propagação da planta é feita através de sementes.

– Na natureza é disseminada por animais silvestres que dela se alimentam.

– Trata-se de uma planta extremamente rústica, encontradas em locais considerados inóspitos. Sendo, muitas vezes, avaliada pelos agricultores, como invasora, uma erva daninha, que invade suas lavouras.

Procedimentos:

– As sementes deverão ser retiradas dos frutos maduros, depois de lavadas, deverão ser postas para secar em local sombreado, por algumas horas.

– Enterrar 2 a 3 sementes por balainho, a uma profundidade média de meio centímetro.

– Colocar os balainhos em local semissombreado e regar.

– Manter o solo dos balainhos levemente umedecidos.

– Dentro de 30 dias as sementes já estarão germinadas.

– As plantas deverão ser levadas para o seus locais definitivos, quando apresentarem, em média, 15 centímetro de altura.

– As mudas deverão ser tutoradas já nos primeiros dias, após, ser transplantadas.

Nota:

– Os balainhos poderão ser feitos de jornal, saquinhos de polietileno, ou copo descartável perfurado no fundo para drenagem de água.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada a clima quente e úmido.

– Deverá ser cultivada a sol pleno. Mas, tolera sombra parcial.

– A planta não tolera frio intenso.

Solo:

– Por se tratar de uma planta rústica, não requer grandes cuidados. Porém vegeta melhor em solos ricos em material orgânico.

– O pH do solo deverá oscilar entre 5,5 a 6,5.

Regas:

Manter o solo levemente umedecido.

Tratos culturais:

– Para induzir a planta a emitir várias ramificações, é necessário podar a ponta do ramo principal.

Colheita:

– A colheita geralmente começará de dois a quatro meses após o plantio.

Nota:

– Trata-se de uma planta tóxica.

– Os frutos são comestíveis, porém, as sementes são tóxicas.

Planta medicinal:

– Segundo a farmacopeia popular, esta planta contém várias propriedades medicinais.

 

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Como fazer Mudas de gabiroba – Guavira – por estaquia de galhos

Como fazer Mudas de gabiroba por estaquia de galhos

Como fazer mudas por estaquia:

Propagar a gabiroba pelo método da estaquia, trás a vantagens de ser um clone da planta matriz, preservando  todas as características genética da planta mãe… A nova planta terá a mesma idade da planta adulta de onde foi extraída a estaca, portanto, o início da produção se dará tão logo a muda estiver pega e vegetando satisfatoriamente.

Procedimentos:

– Escolher uma matriz vigorosa, produtiva, livre de doenças…

– Cortar as estacas de galhos maduros, Com aproximadamente 30 cm de comprimento.

– Remover as folhas da parte inferior das estacas, deixando apenas quatro a cinco folhas na parte superior.

– Quando da remoção das folhas, tomar o devido cuidado, para não danificar as borbulhas de brotação, que geralmente estão localizadas nas axilas das folhas com o caule.

– Mergulhar a base das estacas, (a parte que ficará em contato direto com o solo), por 15 minutos em uma solução de hormônio vegetal

Plantar a estaca, individualmente, em balainho previamente preparado, enterrando-a por aproximadamente dez centímetros no solo.

 Nota:

– A solução de hormônio vegetal irá forçar a planta a emitir raízes mais rapidamente.

– O balainho poderá ser sacos de polietileno, tamanho médio.

– Os balainhos com as estacas deverão ser colocados em locais totalmente arejado,  amplamente iluminado, ma, sem receber a luz direta do sol.

– A primeira rega deverá ser abundante para que o solo se ajuste em torno da estaca, as próximas regas deverão ser apenas para manter o solo do balainho ligeiramente umedecido.

– Geralmente, por volta de 20 dias, a planta já estará emitindo brotos, pois o seu sistema radicular estará em pleno desenvolvimento.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1:1.

– Antes de preencher os balainhos,  homogeneizar todos os componentes do composto.

Nota:

– A areia entra na composição para deixar o solo drenável.

Plantação das mudas em locais definitivos:

– A gabiroba é uma planta rústica, planta típica do cerrado brasileiro, apenas uma exigência: que o solo tenha textura média, arenosa e seja bem drenado.

– As mudas deverão ser levadas a campo, para serem plantadas em seus locais definitivos após o seu pegamento total.

– Antes de serem transplantadas, deverão passar por uma aclimatação ao sol, por aproximadamente duas semanas.

– A melhor época para o transplantio será o início da estação chuvosa.

Observação:

– Aconselha-se fazer as mudas observando as fazes da lua: As fazer mais indicadas são: Nova e Minguante.

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Como fazer mudas de Gabiroba – Guabiroba – Guavira através de sementes

Como fazer mudas de Gabiroba – Guabiroba – Guavira

Nome científico: Campomanesia xanthocarpa.

Nomes populares: Gabiroba, Guabiroba, Guavira.

Origem: Brasil

Características gerais:

– A gabiroba (guavira) é uma planta típica de ocorrência nos campos e cerrados brasileiros.

– A planta pertencente a família Myrtaceae, a mesma da jabuticaba, jambo, pitanga, etc.

Existem duas variedades:

– Variedade Arbórea: Denominada popularmente como: Gabiroba amarela, Gabiroba do mato.  Árvores que pode atingir mais de 10 metros de altura, cujo tronco pode ultrapassar 40 cm de diâmetro.

– Variedade rasteira: Denominada popularmente de Guabiroba rasteira, Guabiroba da praia. Trata-se de uma planta arbustiva, que pode atingir mais de 1,0 metros de altura, com farta ramagem lateral.

Clima:

– Trata-se de uma planta rústica adaptada a climas equatoriais, e deverá ser cultivada em pleno sol.

– Planta moldada as condições do cerrado brasileiro, cujo índice de precipitação pluviométrica fica abaixo da média, levando em consideração outras regiões brasileiras.

– Trata-se de plantas resistentes a geadas e, vegeta bem em qualquer altitude.

Propagação:

– A multiplicação da planta se dá através de sementes.

– As sementes deverão ser semeadas  imediatamente após a extração do fruto, visto que, desidratadas perdem a capacidade germinativa.

Processo:

Colher os frutos maduros, saudáveis, e com boa aparência.

– Esmagar os frutos a fim de extrair a sementes.

– Lavar as sementes em água corrente a fim de remover total a poupa do fruto.

– Secar as sementes por aproximadamente 2 horas à sombra, sobre papel jornal.

– Plantar as sementes em sementeiras.

– As sementes germinarão entre 10 a 40 dias, em  substrato rico em matéria orgânica e irrigação diária.

– As mudas deverão ser plantadas em seus locais definitivos, no início da estação chuvosa.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, não exigente quanto ao solo, totalmente adaptada as condições de terrenos pobres, arenoso do cerrado brasileiro.

– A planta suporta períodos moderados de estiagem.

Floração e Colheita:

Início da frutificação:

– Guabiroba rasteira a partir do terceiro ano

– Guabiroba arbórea a partir do quinto ano.

– A floração ocorre de agosto a novembro.

– Os frutos estarão maduros, prontos para o consumo, geralmente, entre Setembro a Dezembro.

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Como fazer mudas de pequi – Quebra de dormência.

Como fazer mudas de pequi – Quebra de dormência.

Nome científico: Caryocar brasiliense.

Origem:  América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– O pequizeiro é uma árvore típica, nativa do cerrado brasileiro.

– A semente envolta por uma poupa amarelada, com sabor e odor peculiar, é largamente consumida pelos povos da região, que a prepara: cozida no arroz, feijão, carnes, e também em formas de conservas, doces, licores, etc.

– Para acelerar a germinação das sementes que possui um tecido tegumentar espesso é necessário fazer a quebra de dormência.

Quebra de dormência:

– Colher o fruto e retirar as sementes.

– Deixar as sementes de molho em água por 4 a 5 dias, para facilitar a remoção da polpa amarela, comestível.

– Passado esse período a poupa já amoleceu o suficiente para ser removida com jato de água, até deixar a semente totalmente limpa.

– Em seguida deixar a semente secar em locais semissombreados por 2 a 3 dias.

– Na sequência as sementes deverão receber um tratamento por imersão, com ácido giberélico, facilmente encontrado em lojas agropecuárias.

Como preparar essa infusão:

Ingredientes:

– 1,0 gramas de ácido giberélico.

– Álcool.

– 4,0 litros de água.

Como preparar:

– Dissolver 1,0 gramas de ácido giberélico em álcool, o álcool deverá ser a medida suficiente para diluir totalmente o ácido, e em seguida adicionar os 4,0 litros de água.

– Homogeneizar totalmente essa mistura e mergulhar as sementes nessa infusão por 4 dias.

– Após os quatro dias, as sementes já estarão prontas para o plantio.

Plantio:

– Aconselha-se o plantio em sementeiras feitas em caixas plásticas com furos no fundo para drenagem de água.

– Encher as sementeiras com areia, (apenas areia, a ária facilita a drenagem de água).

– Enterrar as sementes com o olho do embrião para cima.

– As sementes deverão ficar soterradas com aproximadamente 3 cm de profundidade.

– Colocar as caixas plásticas com as sementes já plantadas, ao sol pleno.

– Regar de 2 a 3 vezes ao dia.

– Com dois meses a maioria das sementes já estará germinada.

– Após as mudas germinadas já poderão ser plantadas em balainhos, tubetes de plástico.

Substrato para os tubetes:

– 6 partes de terra de boa qualidade.

– 2 partes de esterco animal, totalmente curtido.

– 1 parte de areia.

Nota:

– Esses materiais deverão ser totalmente homogeneizados antes de serem colocados nos tubetes.

– As mudas deverão ser transferidas diretamente das sementeiras para os tubetes.

– Depois de transferidas para os tubetes, deverão ser irrigadas e mantidas sempre a sol pleno.

– As regas deverão acontecer sempre de 2 a 3 vezes ao dia.

Desenvolvimento das mudas:

– Entre 6 a 8 meses de idade, as mudas já deverão atingir aproximadamente meio metro de altura.

– O plantio para os locais definitivos deverão coincidir com o início da estação chuvosa do ano.

Colheita:

– A frutificação deverá iniciar por volta de 5 a 6 anos após o plantio.

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Como fazer mudas – Quando usar as sementeiras?

Como fazer mudas – Quando usar as sementeiras?…

Semeadura e germinação das sementes

Tipos de sementeiras:

– A sementeira poderá ser construída diretamente no solo ou, em bandejas de isopor ou, em caixas plásticas, copinhos, saquinhos plásticos etc.

Sementes:

– Há vários tipos de sementes, algumas apresentam dormência vegetativa, outras não.

– Algumas germinam em poucos dias depois de plantada, outras não.

– É necessário conhecer a planta que se está querendo reproduzir.

– No caso das sementes adquiridas em lojas especializadas, essas informações vêm descritas na própria embalagem.

Regra geral:

– Toda semente necessita de condições ambientais favoráveis para germinar, ou seja: substrato de boa qualidade, umidade ideal, luz e calor na medida certa, bem como o tempo para sua emergência.

– Cada semente tem seu ponto ideal para desenvolvimento e partida do seu embrião.

– Diante disso, quando não se tem o conhecimento necessário, é bom pesquisar sobre o assunto para não perder o que se está querendo fazer abrolhar.

– As sementes, geralmente, precisam ficar soterradas, umas mais, outras menos, para que o ar não reseque o seu envoltório. Em regra geral esse envoltório precisa estar umedecido para se abrir, dando passagem ao embrião em desenvolvimento.

Nota:

Para sementeiras feitas diretamente no solo:

– Geralmente as sementes ao germinarem, são sensíveis ao sol a pino, nesse caso deverá fornecer uma cobertura que poderá ser feita com tela sombrite, disponível no mercado com: 10%, 20%, 30%, 50%, de sombreamento, etc..

– À medida que as plantinhas forem crescendo, essa tela poderá ser parcialmente e gradativamente removida, para aclimatação das mudas.

Sementeiras em caixas plásticas ou bandejas:

– As caixas plásticas deverão apresentar o fundo perfurado para drenagem de água.

– A vantagem desse tipo de sementeira é que poderão ser relocadas para outros locais, onde as mudas sentirão menos o estresse, durante as estações de inverno, verão, e com as chuvas torrenciais da primavera.

– Inclusive na época da aclimatação, poderão fazer exposição gradativa dessas sementeiras ao sol.

Observação:

– Cada sementeira deverá receber apenas um tipo de semente na época do plantio, bem como, constar a identificação da planta que ora está sendo semeada.

– Dependendo do porte da planta, a sementeira deverá receber uma quantidade desejável de sementes para que as mudas, após nascer,  não sufoquem umas às outras, e tenha  espaço suficiente para crescer satisfatoriamente, até o momento de ser repicadas para seus locais definitivos.

– Caso utilizar bandejas de isopor, recomenda-se semear de 2 a 3 sementes por célula, e após a germinação deverá ser feito o desbaste da plantinha menor, deixando apenas uma planta por célula.

– Na etapa de formação das mudas, não se deve aplicar adubação química, pois, as plantinhas  nesta fase, são muito sensíveis, e os fertilizantes acabarão matando-as.

Substrato das sementeiras:

– O substrato deverá ser de boa qualidade e apresentar as seguintes características:

– Baixa densidade (ser leve – fofo).

– Elevada capacidade de retenção de água.

– Boa aeração.

– Boa drenagem.

– Isenção de fitopatógeno (pragas e doenças).

– PH neutro.

Vantagem de usar sementeiras:

– Recomenda-se o uso de sementeiras para plantas frágeis, e que precisam de maior controle, pois, poderão ser removidas com facilidade,  quanto às intempéries meteorológicas: Sol escaldante, ventos fortes, chuvas torrenciais e geada.

Consideração final:

– Sementes relativamente grandes, como: feijão, girassol, abóbora, etc. deverão ser semeadas em seus locais definitivos, pois, apresentam grande reservas energéticas em seu cotilédones.