Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru
Nome cientfico: Dypterix alata.
Nomes Populares: baru, cumbaru, castanha-de-barata, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé.
Origem: Brasil, Região de cerrados brasileiros.
Características gerais:
– A frutificação do cumaruzeiro, geralmente, inicia-se aos seis anos.
– Trata-se de uma árvore leguminosa de médio porte. Uma planta poderá atingir, em média, até 15 metros de altura, com diâmetro do tronco em torno de 70 cm.
– Trata-se de uma árvore hermafrodita. Os frutos de forma arredondados, elípticos, em média, tem 6 cm de comprimento por 4 cm de largura, geralmente na cor marrom-claro. A polpa é comestível e tem sabor levemente adocicado. No interior do fruto contém uma única semente, (amêndoa comestível), que é a parte mais nutritiva da planta.
– A planta é endêmica nos cerrados da região central do Brasil, mas, também ocorre nas regiões: sudeste, norte e nordeste.
– A floração geralmente ocorre de novembro a maio e a frutificação de outubro a março, mas, poderá variar de acordo com cada região.
– A colheita, geralmente é feita, após o pico de queda dos frutos maduros no solo.
– Sabe-se que a amêndoa do cumaruzeiro tem alto valor nutricional, cujo sabor é semelhante ao do amendoim. Diante disso, atribuíram-lhe propriedades afrodisíacas.
– A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa, (mamíferos, roedores, morcego, etc.).
– Quando a árvore ocorre dentro das pastagens o gado também se alimenta da polpa, roendo os frutos caídos no solo na época da safra.
– Na natureza, esse processo de animais roerem os frutos para se alimentarem da poupa, acaba ajudando a planta na sua propagação natural, pois, fará o método de quebra de dormência pelo processo da escarificação mecânica e, consiste em: atritar os frutos com os dentes, no processo de mastigação, que irá gastar parte do tegumento impermeável (casca dura), para facilitar a absorção de água, luz e oxigênio, pelo embrião, acordando-o para emergência.
Propagação:
– Para propagação da espécie usam-se tanto as sementes inteiras ou, apenas as amêndoas.
– Na natureza, como foi descrito acima, os animais mamíferos de grande e médio porte, como: gado, suínos, antas, veados, etc. encarregam-se de fazer a propagação e distribuição da planta. (roem os frutos, e a maioria desses frutos acabam sendo enterrados pelo pisoteio desses animais e, uma boa parcela desses frutos enterrados acaba germinando).
– Em escala doméstica, para plantar o fruto inteiro será necessário fazer a quebra da dormência, atritando o fruto a uma superfície áspera como: lixa, piso de cimento rústico, etc. (escarificação mecânica), para gastar parte do tegumento impermeável da semente e, imediatamente após o processo de escarificação as sementes deverão ficar imersas em água por um período de 24 horas, antes de serem plantadas ou, se preferir, retirar a amêndoa de dentro do fruto, sem danificá-la e em seguida plantá-la.
– O processo da quebra do fruto para retirada da amêndoa deverá ser feito com o auxílio de uma morsa, martelo, etc. tomando o devido cuidado para não danificá-la.
– Recomenda-se quebrar apenas os frutos que, ao serem sacudidos, perceber nitidamente a amêndoa solta, balançando dentro deles.
– Para semeadura feita com sementes nuas, (amêndoas) a emergência é mais rápida, geralmente com quinze dias já estarão germinadas.
– Para semeadura feita com frutos inteiros (com escarificação mecânica e, imersas em água por 24 horas), geralmente demora em torno de 45 dias para germinar.
– As mudas dessa espécie deverão ser mantidas a pleno sol, pois à sombra poderão sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp., e, ou, outras pragas.
– Trata-se de plantas de crescimento rápido. Geralmente, com dois meses de vida, as mudas atingirão, em média, 15 cm de altura.
– A parte subterrânea (raízes), apresenta desenvolvimento mais rápido que a parte aérea da planta.
Seleção das sementes:
– Para iniciar uma plantação deverá ser feita a coleta de frutos no campo.
– As matrizes fornecedoras de tais sementes deverão ser vigorosas, produtivas, com frutos uniformes, livres de pragas e doenças.
Solo:
– Trata-se de uma planta rústica, sem grandes exigências, porém é mais produtiva quando cultivada em áreas de solos mais férteis.
Clima:
– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente. E deverá ser cultivada a sol pleno.
Viveiro de mudas:
– O viveiro de mudas deverá ser instalado a céu aberto.
– A semeadura deverá ocorrer o mais breve possível após coleta das sementes.
– Aconselha-se a produção das mudas em sacos de polietileno (tamanho médio).
– Plantar de uma a duas sementes, ou, amêndoas por saco, enterrando-as a uma profundidade média de 1 cm.
– A porcentagem de germinação, geralmente, é de 90%.
– O período de germinação para amêndoas demora, em média, 15 dias.
– O período de germinação das sementes submetida ao processo de escarificação mecânica e embebidas por 24 horas em água, antes de serem plantada, demora, em média, 45 dias.
Substrato dos sacos de polietileno:
– Por se tratar de uma planta rústica do cerrado, o substrato onde serão plantadas as sementes deverá ser um solo de boa qualidade incorporado algum tipo (em pequena quantidade), de esterco animal bem curtido.
Regas:
– As regas deverão ser frequentes, apenas para manter o substrato dos sacos de polietileno levemente umedecidos.
Plantio das mudas em locais definitivos:
-O plantio das mudas no campo deverá ser feito no período chuvoso do ano.
– O espaçamento poderá ser de 8 metros entre planta por 10 metros entre ruas.
Colheita:
– A colheita é feita após o pico de queda dos frutos maduros no solo.
– Geralmente a safra tem variações bruscas de intensidade na produção de frutos de um ano para o outro. Planta intermitente, produz uma safra regular a cada 2 anos.
– Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de frutos por safra regular.
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