Como fazer mudas de Orégano – Origanum vulgare.

Como fazer mudas de Orégano

Nome científico: Origanum vulgare.

Nome popular: Orégano, Manjerona-selvagem, Manjerona-brava, Orégão, Orégão-vulgar-do-minho.

Família: Lamiaceae.

Origem: Europa, Mediterrâneo.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta aromática, de estrutura ramificada, de ciclo de vida perene que, geralmente não ultrapassa 40 cm de altura.

– Suas folhas são ricas em óleo essencial, tanto é que, está relacionada na lista das principais plantas Condimentares, e de uso Medicinal.

– Apresenta pequenas flores tubulares, róseas a arroxeadas e surgem no verão, em inflorescências.

– Poderá ser cultivado em canteiros, floreiras e caixas de vegetação.

– Apesar de ser uma planta considerada de ciclo de vida perene, o Orégano deverá ser replantado a cada período de 2 a 3 anos, pois, com o passar do tempo, a planta irá perdendo o seu vigor a sua beleza e consequentemente o seu aroma.

Variedades:

– Existem plantas com aparência de pequenos arbustos, densos, com caule e ramagem eretos e, outras, com formação rasteiras, entouceiradas, com densa ramagem, espalhando-se no solo através de seus inúmeros rizomas.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada a alta luminosidade e aos climas: Equatorial, Tropical, Subtropical, Temperado e, deverá ser cultivada ao Sol pleno.

Nota:

A planta poderá até sobreviver à meia-sombra, mas, nessas condições, sua folhagem não irá adquirir o aroma intenso e desejável.

Solo:

– Deverá ser cultivado em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica.

 Regas:

– Trata-se de uma planta resistente a curtos períodos de estiagem, Mas, para seu pleno desenvolvimento, aconselha-se regas regulares com a finalidade de manter o solo constantemente umedecido.

 Propagação:

– O Orégano propaga-se por: Sementes, Divisão de touceiras, Estacas de ramos e/ou por ramagem enraizada em recipientes com água.

Propagação por sementes:

– Preparar o canteiro e/ou, as caixas de vegetação com solo fértil, drenável, enriquecido com material orgânico bem curtido.

– Nivelar a superfície do canteiro e/ou, da caixa de vegetação.

– Aplicar as sementes desejáveis aleatoriamente ou por linhas.

– Cobrir com uma camada fina de solo peneirado.

– Regar com jato leve de água para não descobrir as sementes.

– Manter o solo com umidade constante sem encharcamento.

– Em poucos dias as plântulas iniciarão sua emergência.

– Quando as mudas atingirem, em média, 10 cm de altura, poderão ser transplantadas para seus locais definitivos.

Método de enraizamento de ramos em recipientes com água:

Processo simples e eficiente.

– Escolher uma planta matriz que esteja saudável.

– Cortar ramos com aproximadamente 15 cm de comprimento.

– Remover as folhas da base dos ramos, justamente a parte que irá ficar imersa na água.

– Mergulhar a parte da base do ramo, aproximadamente 8 cm, no recipiente com água.

– Colocar o recipiente em local com boa luminosidade, mas, evitar o sol direto. Isso prevenirá que a água esquente ou evapore, prejudicando o crescimento das raízes.

– Manter o nível de água dentro do recipiente sempre estável

– De uma a duas semanas as raízes começarão a emergir e, somente quando estiverem com um bom tamanho, (em média, 3 cm), poderão ser transplantadas na terra. Isso dará mais probabilidade para a planta sobreviver.

– Os recipientes para enraizamento poderão ser vidros de conserva, garrafas pet tamanho médio, etc.

Método de estaquia de ramos diretamente no solo:

– Cortar ramos com aproximadamente 10 cm de comprimento.

– Remover as folhas da base dos ramos, justamente a parte que ficará enterrada no solo.

– Enterrar as estacas no solo, aproximadamente 5 cm.

– Manter o solo umedecido sem provocar encharcamento.

– O solo deverá ser fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica bem curtida.

Método da divisão de touceira:

– Arrancar a touceira ou, parte da touceira.

– Dividir a touceira em partes menores e transplantá-las em locais diferentes, tomando o cuidado de revolver e revitalizar o solo com esterco orgânico bem curtido.

– Manter o solo com umidade constante sem alagamento.

Observações.

– As folhas do Orégano poderão ser usadas “in natura”, fresco, mas o aroma se intensifica com o processo de secagem.

– O Orégano perde seu sabor se cozido, pois o processo de cozimento fará a volatização do óleo essencial contido em suas folhas.

Como fazer mudas de Marmelinho do cerrado – Marmelinho do campo

Como fazer mudas de Marmelinho do cerrado – Marmelinho do campo

Nome científico: Cordiera sessilis

Nome popular: Marmelinho do campo, Marmelinho do cerrado, Marmelada preta, Marmelada do cerrado.

Origem: Planta nativa nos campos e cerrados do Brasil.

Família: Rubiáceas.

 

Características Gerais:

– Em seu habitat natural são encontradas vegetando em solo levemente umedecido rico em material orgânico, no caso, o acúmulo de folhas em decomposição embaixo da vegetação arbórea mais densa.

– Trata-se de pequenas árvores, em média, até 3,0 metros de altura, que vegetam confortavelmente nas clareiras das matas, e/ou sob a sombra de grandes árvores.

– Ocorre com certa frequência na região central do Brasil e no Norte do Estado de São Paulo.

– Trata-se de uma planta dióica ou seja, Plantas machos e Plantas fêmeas.

(Plantas com flores masculinas e Plantas com flores femininas).

– As flores surgem na ponta dos ramos. – As flores masculinas são agrupadas, em média, com 10 flores sésseis (sem o pedúnculo ou pedicelo), as flores femininas são solitárias de coloração esverdeada.

– Os frutos são em forma de bagas de coloração verde, passando ao preto depois de maduros,

– Cada fruto contém, em média, 20 sementes achatadas, na cor amarelo-esverdeado.

Propagação:

Na natureza:

– Na natureza as sementes são dispersas pela fauna silvestre que se alimenta dos frutos: Na copa da planta são so pássaros frugívoros: Jacus, Mutuns, e quando os frutos maduros caem no solo, são alguns mamíferos: Lobos-guará, Lobinhos, Raposas, Porcos do mato, etc.

Propagação em escala doméstica:

– A propagação em escala doméstica é feita através de sementes colhidas de frutos maduros.

– Colher os frutos maduros.

– Retirar e lavar as sementes em água corrente.

– Colocar as sementes em cima de jornal para secar à sombra por um período de mais ou menos, 2 dias.

– Em seguida, as sementes deverão ser semeadas em balainhos num substrato feito com: 40% de terra de barranco + 20% de areia e 40% de matéria orgânica bem curtida.

– A germinação ocorrerá, em média, 60 dias no verão.

– As mudas atingirão 50 cm de altura com 1,0 ano de cultivo.

– As mudas com 50 cm de altura poderão ser transplantadas em seus locais definitivos.

Obs.

– Se as sementes forem plantadas em caixas de vegetação, com substrato de areia, ao atingirem 10,0 cm de altura, as plântulas já poderão ser transplantadas para balainhos com o substrato acima descrito, ou seja: 40% de terra de barranco + 20% de areia e 40% de matéria orgânica bem curtida.

– Aguardar a muda atingir 50 cm de altura para leva-la a campo.

– As mudas antes de serem levadas a campo, terão que passar por um processo de aclimatação gradativa ao sol.

– Recomenda-se plantar blocos de 4 a 5 mudas próximas, pelo fato de não se conhecer com antecedência, qual muda é feminina ou masculina.

– Recomenda-se o transplante definitivo no início da estação chuvosa do ano.

Clima:

– Trata-se de uma planta rústica, daptada ao clima tropical, e poderá ser cultivada a pleno sol, ou a meia sombra.

– A planta não é resistente a geadas fortes.

Solo:

– Embora tratar-se de uma planta rústica, resistente, o solo recomendado para o plantio definitivo, deverá ser rico em material orgânico, profundo, bem drenado. Assim a planta melhor e consequentemente, será muito mais produtiva.

– O pH do solo deverá ser levemente ácido variando de 4,8 a 5,7.

Densificação:

– O espaçamento recomendado 4 x 4 m.

– Abrir covas de 40 x 40 x 40 cm.

– Adicionar ao solo retirado da cava: 500 gramas de cinza de madeira + 500 gramas de calcário + 10,0 Litros de esterco animal bem curtido. Os materiais adicionados deverão ser totalmente homogeneizado com o solo retirado, antes de voltarem para dentro da cova.

– Este procedimento deverá ser realizado, em média, um mês antes de receber a muda da planta.

Tratos culturais:

– Podas de formação da planta.

– Capinas periódicas para evitar invasoras e/ou plantas concorrentes.

– Adubação química, poderá ser feita uma vez por ano utilizando 30 gramas de adubo NPK 10-10-10, dobrando essa quantia a cada ano até o quarto ano. Distribuir o adubo ao redor da planta a 5 cm de profundidade, distanciado 30 cm do tronco.

– Recomenda-se manter uma camada de esterco, adubação de cobertura,  feito com folhas secas ou, capim seco, ao redor do tronco da planta, isso ajudará a manter a umidade do solo.

Frutificação:

– A planta frutifica entre Novembro e Fevereiro.

 

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Como fazer mudas – Germinação de sementes de Marolo e Araticum.

Como fazer mudas – Germinação de sementes de Marolo e Araticum.

Germinação :

– A germinação de uma semente é simplesmente um processo biológico, que em síntese significa: O rompimento do tecido tegumentar, (casca ou pele que reveste a semente protegendo-a de agentes nocivos), pela radícula, (raiz embrionária de uma planta que cresce em direção ao solo).

Germinação de sementes de Marolo e Araticum (Annona):– Na natureza, a germinação dessas espécies é extremamente lenta, e o processo demanda, em média, um ano e, geralmente, somente metade das sementes apresentam emergência da plântula.

– Como as sementes do Marolo e Araticum apresentam dormência vegetativa (casca tegumentar dura, que dificulta a absorção de água), vários estudos e experimentos foram realizados em laboratório, tentando  acelerar o tempo de germinação.

O método mais indicado para produção de mudas:

– Utilização de canteiros ou caixas de germinação, com areia lavada.

– Tratar as sementes com ácido giberélico (GA3) na concentração de 5 ppm por 36 horas.

– Semear, enterrando as sementes a 2 cm abaixo da superfície.

-Após a semeadura, o canteiro e/ou, caixa de germinação deverão ser pulverizados com uma solução de fungicida Moncerem IM, na seguinte dosagem: 1g/L com aplicação de 4L/m², método preventivo contra o ataque de fungos.

– A irrigação dos canteiros deverá ser feita a cada dois dias, apenas para manter o solo dos canteiros, ligeiramente umedecido.

– Após a germinação das sementes no canteiro e/ou, nas caixas plásticas, as plântulas deverão ser transferidas para sacos de polietileno, com furo para drenagem de água, contendo solo rico em adubo orgânico.

Nota:

– Trata-se de uma planta de difícil propagação por apresentar taxa de geminação muito baixa.

– O pegamento e sobrevivência das mudas transferidas para sacos de polietileno, após 100 dias, em média, é de 50%.

– As mudas transplantadas em seus locais definitivos também apresenta pouca eficiência, causando a morte de metade das mudas.

Outros experimentos  para quebra de dormência de sementes de Araticum e Marolo com pouco sucesso:

Escarificação mecânica da semente com lixa.

Choque térmico – Imersão em água quente (+ ou – 75 º C) com esfriamento natural.

Resultados:

– A escarificação mecânica do tegumento na semente, não quebrou a dormência, mas favoreceu a absorção de GA3 e, consequentemente a germinação.

– O choque térmico em água quente também não quebrou a dormência, que poderá estar relacionada com outros problemas endógenos da semente, por exemplo: embrião imaturo.

A dormência faz parte da engenharia da natureza:

– O bloqueio estabelecido pela dormência é numa estratégia que favorece a sobrevivência da espécie, pois, sincroniza a distribuição da germinação das sementes na hora certa, ao longo do tempo.

– O estado de dormência embrionária, quase sempre caracteriza a presença de condições desfavoráveis para sua germinação, tais como: secas prolongadas, altas ou, baixas temperaturas, etc.

– Como a natureza é sábia e conhece o relógio do tempo, dentro das quatro estações do ano, é mais que suficiente para a grande maioria das sementes emergirem, e cada espécie o faz, definindo a melhor época para a sua emergência com sobrevida garantida.

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Como fazer mudas da Fruta de Sabiá

Como fazer mudas da Fruta de Sabiá

Nome científico: Acnistus arborescens.

Nome popular: Fruta de Sabiá, Marianeira, Sabiá-iba.

Origem: Mata Atlântica do litoral do Brasil, (do Nordeste até o Sul).

 Características:

– Trata-se de uma planta arbustiva ou, uma arvoreta que poderá atingir até 3 m de altura, muito resistente, totalmente adaptada às diversas condições de climas e solos brasileiros.

– A planta prefere solos úmidos e profundos e poderá ser cultivada às margens de córregos e riachos, porém, trata-se de uma planta bastante resistente à seca, embora nesta condição produza poucos e pequenos frutos.

– Trata-se de uma planta de folhas caducas que amarelam e caem na época de seca e no outono inverno. A planta perde suas folhas no inverno e, com essa estratégia consegue sobreviver a geadas não muito intensas.

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada às condições de sua origem na Mata Atlântica e, que poderá ser cultivada tanto a pleno sol, quanto à meia sombra.

– A planta não é exigente em solos ricos em matéria orgânica nem a irrigações frequentes. Mas, corrigindo, adubando e mantendo o solo ligeiramente umedecido com irrigações regulares nas estiagens prolongadas, a planta irá produzir frutos o ano inteiro.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes e por estaquia de galhos.

– Na natureza propaga-se por sementes espalhadas pelos pássaros e outros animais que se alimentam da fruta.

Propagação por estaquia:

– Em escala doméstica é mais aconselhável o método da estaquia, por acelerar a produção dos frutos.

Metodologia:

– Preparar os recipientes (Sacos de polietileno com furos para drenagem de água) preenchendo-os com substrato rico em matéria orgânica.

– Cortar estacas maduras de ponteiros, com aproximadamente 20 cm de comprimento.

– Desfolhar a base da estaca que irá ficar em contato com o solo.

– Enterrar metade da estaca no solo do recipiente. (Obs. Uma em cada recipiente)

– Apertar com os dedos o substrato do recipiente ao redor da estaca, para que ela se mantenha firme dentro do recipiente.

– Colocar os recipientes com as estacas em locais semissombreados.

– Regar as recipientes para fixar a estaca no substrato.

– Irrigar frequentemente apenas para manter o solo ligeiramente umedecido.

– Aconselha-se fazer esse procedimento no início da primavera quando as plantas estarão emergindo da dormência vegetativa.

– Em média, com 30 dias as estacas já estarão emitindo raízes e brotação.

Propagação por sementes:

– Por tratar-se de sementes muito pequenas, aconselha-se fazer as sementeiras em caixas de vegetação.

– Preencher as caixas de vegetação com substrato rico em matéria orgânica.

– Distribuir as sementes de maneira uniforme sobre a superfície do substrato.

– Cobrir as sementes com uma camada fina de solo peneirado.

– Colocar as caixas de vegetação em locais semissombreados.

– Irrigar com cuidado para não danificar a superfície do substrato, descobrindo as sementes.

– Processar as irrigações apenas para manter o solo ligeiramente umedecido.

– Geralmente a germinação ocorrerá dentro de 30 dias.

– Assim que as mudas atingirem uma altura média de 20 cm, poderão ser transferidas para recipientes de polietileno, cheio de substrato rico em material orgânico.

– Esses novos recipientes contendo as novas mudas deverão ser colocados em locais semissombreado até atingir altura suficiente para serem levadas a campo.

– Com 6 meses de vida, geralmente, as mudas estarão com 50 cm de altura.

– Com 50 cm de altura as mudas já poderão ser transplantadas em seus locais definitivos. Mas, aconselhas-se que esse processo seja feito em períodos chuvosos ou então, onde tenha um sistema de irrigação eficiente para que a planta não sinta tanto o estresse da mudança de habitat.

– Antes das mudas serem levadas para seus locais definitivos aconselha-se fazer aclimatação gradativa das mesmas ao sol.

– A planta adulta já estabelecida, não precisa mais de irrigações frequentes, mas, para mantê-la produtiva aconselham-se irrigações apenas nas grandes estiagens do ano.

– A frutificação terá início entre 1,5 a 2 anos, após o plantio em seus locais definitivos.

Nota:

– Quanto as sementes, se armazenada corretamente, conservam o seu poder germinativo por até 3 anos.

Espaçamento:

– O plantio definitivo poderá ser em linhas com uma planta a cada 1,0 metro ou, com espaçamento de 2 x 2 metros permitindo maior crescimento da planta.

Tratos culturais:

– Fazer capina em forma de coroamento para evitar plantas invasoras e concorrentes.

– Podas somente para formação da planta.

Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru – Cumaruzeiro

Como fazer mudas de Baru Cumbaru – Cumaru

Nome cientfico: Dypterix alata.

Nomes Populares: baru, cumbaru, castanha-de-barata, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé.

Origem: Brasil, Região de cerrados brasileiros.

Características gerais:

– A frutificação do cumaruzeiro, geralmente, inicia-se aos seis anos.

– Trata-se de uma árvore leguminosa de médio porte. Uma planta poderá atingir, em média, até 15 metros de altura, com diâmetro do tronco em torno de 70 cm.

– Trata-se de uma árvore hermafrodita. Os frutos de forma arredondados, elípticos, em média, tem 6 cm de comprimento por  4 cm de largura, geralmente na cor  marrom-claro. A polpa é comestível e tem sabor levemente adocicado. No interior do fruto contém uma única semente, (amêndoa comestível), que é a parte mais nutritiva da planta.

– A planta é endêmica nos cerrados da região central do Brasil, mas, também ocorre nas regiões: sudeste, norte e nordeste.

– A floração geralmente ocorre de novembro a maio e a frutificação de outubro a março, mas, poderá variar de acordo com cada região.

– A colheita, geralmente é feita, após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Sabe-se que a amêndoa do cumaruzeiro tem alto valor nutricional, cujo sabor é semelhante ao do amendoim. Diante disso, atribuíram-lhe propriedades afrodisíacas.

– A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa, (mamíferos, roedores, morcego, etc.).

– Quando a árvore ocorre dentro das pastagens o gado também se alimenta da polpa, roendo os frutos caídos no solo na época da safra.

– Na natureza, esse processo de animais roerem os frutos para se alimentarem da poupa, acaba ajudando a planta na sua propagação natural, pois, fará o método de quebra de dormência pelo processo da escarificação mecânica e, consiste em: atritar os frutos com os dentes, no processo de mastigação, que irá gastar parte do tegumento impermeável (casca dura), para facilitar a absorção de água, luz e oxigênio, pelo embrião, acordando-o para emergência.

Propagação:

– Para propagação da espécie usam-se tanto as sementes inteiras ou, apenas as amêndoas.

– Na natureza, como foi descrito acima, os animais mamíferos de grande e médio porte, como: gado, suínos, antas, veados, etc. encarregam-se de fazer a propagação e distribuição da planta. (roem os frutos, e a maioria desses frutos acabam sendo enterrados pelo pisoteio desses animais e, uma boa parcela desses frutos enterrados acaba germinando).

– Em escala doméstica, para plantar o fruto inteiro será necessário fazer a quebra da dormência, atritando o fruto a uma superfície áspera como: lixa, piso de cimento rústico, etc. (escarificação mecânica), para gastar parte do tegumento impermeável da semente e, imediatamente após o processo de escarificação as sementes deverão ficar imersas em água por um período de 24 horas, antes de serem plantadas ou, se preferir, retirar a amêndoa de dentro do fruto, sem danificá-la e em seguida plantá-la.

– O processo da quebra do fruto para retirada da amêndoa deverá ser feito com o auxílio de uma morsa, martelo, etc. tomando o devido cuidado para não danificá-la.

– Recomenda-se quebrar apenas os frutos que, ao serem sacudidos, perceber nitidamente a amêndoa solta, balançando dentro deles.

– Para semeadura feita com sementes nuas, (amêndoas) a emergência é mais rápida, geralmente com quinze dias já estarão germinadas.

– Para semeadura feita com frutos inteiros (com escarificação mecânica e, imersas em água por 24 horas), geralmente demora em torno de 45 dias para germinar.

– As mudas dessa espécie deverão ser mantidas a pleno sol, pois à sombra poderão sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp., e, ou, outras pragas.

– Trata-se de plantas de crescimento rápido. Geralmente, com dois meses de vida, as mudas atingirão, em média, 15 cm de altura.

– A parte subterrânea (raízes), apresenta desenvolvimento mais rápido que a parte aérea da planta.

Seleção das sementes:

– Para iniciar uma plantação deverá ser feita a coleta de frutos no campo.

– As matrizes fornecedoras de tais sementes deverão ser vigorosas, produtivas, com frutos uniformes, livres de pragas e doenças.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, sem grandes exigências, porém é mais produtiva quando cultivada em áreas de solos mais férteis.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente. E deverá ser cultivada a sol pleno.

Viveiro de mudas:

– O viveiro de mudas deverá ser instalado a céu aberto.

– A semeadura deverá ocorrer o mais breve possível após coleta das sementes.

– Aconselha-se a produção das mudas em sacos de polietileno (tamanho médio).

– Plantar de uma a duas sementes, ou, amêndoas por saco, enterrando-as a uma profundidade média de 1 cm.

– A porcentagem de germinação, geralmente, é de 90%.

– O período de germinação para amêndoas demora, em média, 15 dias.

– O período de germinação das sementes submetida ao processo de escarificação mecânica e embebidas por 24 horas em água, antes de serem plantada, demora, em média, 45 dias.

Substrato dos sacos de polietileno:

– Por se tratar de uma planta rústica do cerrado, o substrato onde serão plantadas as sementes deverá ser um solo de boa qualidade incorporado algum tipo (em pequena quantidade), de esterco animal bem curtido.

Regas:

– As regas deverão ser frequentes, apenas para manter o substrato dos sacos de polietileno levemente umedecidos.

Plantio das mudas em locais definitivos:

-O plantio das mudas no campo deverá ser feito no período chuvoso do ano.

– O espaçamento poderá ser de 8 metros entre planta por 10 metros entre ruas.

Colheita:

– A colheita é feita após o pico de queda dos frutos maduros no solo.

– Geralmente a safra tem variações bruscas de intensidade na produção de frutos de um ano para o outro.  Planta intermitente, produz uma safra regular a cada 2 anos.

– Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de frutos por safra regular.

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Como fazer mudas de Orquídea Baunilha – Vanilla planifólia

Como fazer mudas de Orquídea Baunilha – Vanilla planifólia

Nome científico: Vanilla planifólia

Nome popular: Baunilha

Origem: México

Características gerais:

– Trata-se de uma orquídea trepadeira, cujos ramos podem atingir mais de 10 metros de comprimento.

– Na natureza é facilmente encontrada agarrada a troncos de árvores ou, coqueiros, geralmente em matas ciliares e, ou terrenos pantanosos.

Propagação:

– Na natureza a planta se propaga através de sementes, mas, em propagação doméstica, o melhor método é o da estaquia de seus ramos.

– Cortar pedaços de ramos, em média, com 30 a 50 cm de comprimento.

– Enterrar no solo, em média, 10 cm, observar que a parte que ficará enterrada deverá ter de dois a três nós, os quais emitirão as primeiras raízes.

– As folhas dos nós que ficarão soterrados, deverão ser removidas.

– O enraizamento das mudas acontecerá, geralmente, em um mês, quando a planta apresentar início em seu desenvolvimento.

Nota:

– Para mudas feitas em balainhos (saquinhos de polietileno) deverá ser tutorada com uma estaca de madeira.

– Para mudas plantadas em locais definitivos, junto a trocos de árvores ou coqueiros, deverá ser guiada, amarrada a esse tronco.

Obs.

– Por se tratar de uma trepadeira, a planta deverá ser guiada desde os primeiros instantes, mesmo na fase inicial de mudas. Mas, com o passar do tempo, ela se desenvolverá por si só, emitindo raízes aéreas, prendendo-se ao tronco tutor, por conta própria.

– Geralmente, depois de bem desenvolvida, a planta não mais necessitará dos alimentos vindos do solo e, através de suas raízes aéreas ela catalisará todos os nutrientes de que necessitará para sua manutenção, retirando-os da umidade relativa do ar e dos componentes do ar atmosférico. Diante disso, a parte inferior da planta, justamente aquela que estava enterrada no solo, geralmente, apodrece.

Clima:

– Trata-se de uma planta adaptada a climas tropicais, com temperatura média, acima de 21°C.  E, na natureza como está diretamente ligada a nichos aquáticos, a planta irá requerer: alta umidade relativa do ar, bem como, chuvas bem distribuídas o ano todo.

Obs.

– O ambiente para se cultivar essa planta, com sucesso, em escala doméstica, deverá ser bem próximo ao encontrado na natureza.

Luminosidade:

– A planta tolera a incidência do sol, mas, aconselha-se o seu cultivo em lugares parcialmente sombreados.

Solo:

– A planta tolera solos com grande umidade, porém as mudas deverão ser preparadas com substrato leve, rico em material orgânico, levemente umedecido.

– Geralmente, o solo será necessário apenas na fase inicial da vida da planta, depois de totalmente desenvolvida, ela obterá seus nutrientes através de suas raízes aéreas.

Regas:

– As regas deverão ser efetuadas apenas para manter o solo com boa umidade.

Colheita:

– O produto principal dessa orquídea são as vagens que depois de desidratadas se extrai a essência de baunilha. Produto largamente utilizado na culinária.

– A planta iniciará o período de floração, geralmente, no terceiro ano depois de plantada.

– O tempo entre floração e colheita das vagens, em média, será de oito meses.

– As vagens deverão ser colhidas no início do seu processo de maturação, quando sua coloração passar de verde, para um tom de verde pálido.

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Como fazer mudas – Horta orgânica – Compostagem – Composteira.

Como fazer mudas – Horta orgânica – Compostagem – Composteira.

Compostagem:

Considerações gerais:

– A compostagem é um processo biológico natural, onde micro-organismos como: bactérias e fungos responsáveis pela degradação transformam matéria orgânica em composto orgânico: adubo.

– Portanto, a transformação da matéria orgânica bruta em húmus é um processo, basicamente, microbiológico.

– Trata-se de um método de valorização e enriquecimento da matéria orgânica, consequente da homogeneização dos diversos componentes, diferentes entre si, ora sendo processados.

Reciclagem:

Reciclagem é o aproveitamento da matéria orgânica, (lixo orgânico), que poderá ser de origem: doméstica, urbana, industrial, agrícola e florestal, para fazer compostagem.

Características das fases do  processo de compostagem :

Fase mesofílica:

– Fase em que, fungos e bactérias mesófilas (Organismos que só se desenvolvem em condições de temperatura medianas), ou seja: organismos ativos a temperaturas ambiente, moderada (próximas de 40°C).

– Esses fungos e bactérias, organismos mesófilos, começam a se proliferar assim que a matéria orgânica for aglomerada na composteira, são de extrema importância para decomposição do lixo orgânico. Eles vão metabolizar principalmente os nutrientes mais facilmente encontrados, ou seja, as moléculas mais simples.

– Esta fase tem duração de aproximadamente de 15 dias.

Fase termofílica:

– Dependerá das características físicas dos materiais que ora estarão sendo degradados.

– Fase que entram em cena os fungos e bactérias denominados de termofilicos ou termófilos, (microrganismos que vivem e se desenvolvem em ambientes com temperaturas elevadas, geralmente. acima de 40°C), e, neste caso, são capazes de sobreviverem a temperaturas entre 65°C e 70°C. Devido à influência da maior disponibilidade de Oxigênio, geralmente promovida pelo processo do revolvimento da composteira.

– A essa elevação da temperatura nesses níveis, haverá uma perfeita degradação das moléculas mais complexas que ajudam na eliminação de agentes patógenos.

– Trata-se da fase mais longa do processo e, poderá se estender por até dois meses.

Fase de maturação:

– A maturação é a última fase do processo de compostagem.

– Fase em que haverá a diminuição gradativa da atividade microbiana, acidez do composto, juntamente com as quedas de temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente).

– Trata-se do período de estabilização de todo um processo que resultou um composto maturado.

– A maturidade do composto ocorre quando a atividade da decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos.

– Esta fase poderá  durar até dois meses.

Considerações finais:

– A compostagem poderá demandar, aproximadamente, seis meses de duração.

– O produto final, gerado a partir desse processo de degradação irá receber o nome de composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e nutriente mineral, poderá ser utilizado em hortas, jardins e fins agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra todos os nutrientes de que ela necessita,  substituindo  assim, o uso de fertilizantes químicos.

Como fazer uma composteira:

Composteira é o local onde se deposita os diversos materiais orgânicos, para o devido processamento.

– Dependendo da necessidade, ou do volume de material disponível, a composteira poderá apresentar tamanhos e formatos diferenciados.

– A Composteira de médio porte, geralmente é feita em forma de leiras ou amontoas do material a ser decomposto, construídas a céu aberto.

– O terreno do local deverá ser plano.

Materiais necessários:

– Em primeiro plano, os resíduos que se deseja fazer a compostagem, ou seja: Esterco de gado, cama de frango, resíduos vegetais, resíduos domésticos, etc.

– Um tubo de PVC, geralmente, com duas polegadas de diâmetro, altura conforme necessidade. O qual deverá conter vários furos em toda a sua extensão.

– Deverá conter uma torneira de água nas proximidades do local.

– Mangueiras plásticas que irão ligar a fonte de água (torneira), à composteira.

Nota:

– O tubo de PVC deverá ser colocado no centro da composteira.

– A fonte de água e as mangueiras plásticas, servirão para manter a composteira sempre com umidade constante, para que o processo microbiológico não seja interrompido.

– Os furos no tubo de PVC servirão para irrigar o centro da composteira de forma uniforme e também para dissipação do calor excessivo que se formará em seu interior.

Procedimentos:

– Os materiais a serem utilizados na compostagem poderão ser colocados misturados, ou em camadas.

– O tubo de PVC deverá ser introduzido no centro da composteira, no ato de sua construção, desde o nível do solo.

– As camadas de material, deverão ser colocadas alternadas, e, em seguida, molhadas: camada por camada.

– Depois de pronta, a composteira deverá ser sumariamente molhada. A mangueira plástica deverá ser introduzida dentro do tubo de PVC para que receba água por igual.

-A torneira somente deverá ser desligada quando perceber que a umidade esteja plena e perfeitamente distribuída.

– A partir desse ponto, somente voltar com as regas, quando perceber que a umidade local esteja baixa.

Fatores que irão ocorrer no processo de compostagem:

Temperatura:

– O processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos está diretamente relacionado ao aumento da temperatura, pela metabolização da matéria orgânica por meio dos micro-organismos.

– A elevação da temperatura acontecerá por vários fatores, como: a quebra das proteínas, umidade, baixa relação carbono/nitrogênio, entre outros.

Umidade:

– A água é fundamental no processo de degradação, pois a umidade garante a intensa atividade microbiológica. Isto se explica porque, entre outros fatores, a estrutura dos micro-organismos consiste de aproximadamente 90% de água e, para produção de novas células, o líquido precisa ser obtida do meio onde sobrevivem, ou seja: neste caso, da massa úmida da compostagem.

– Tanto o excesso como a escassez de água é prejudicial para a atividade microbiana, e poderá desacelerar o processo de compostagem.

– A faixa de umidade ideal recomendada, deverá girar em torno de 50%.

– A maior atenção com relação ao teor de umidade, deverá ser durante a fase inicial da compostagem, pois a adequação no suprimento de água trará a instalação e a promoção do crescimento dos organismos microbiológicos envolvidos no processo de degradação, para que as reações bioquímicas ocorram no seu devido tempo.

– Caso houver excesso de umidade, deverá ser acrescentado material seco na composteira, e o mais indicado será o pó de serra.

Aeração:

– Aeração é o processo de revolvimento da composteira para que haja maior oxigenação do composto.

– O primeiro revolvimento deverá ser feito, em média, duas a três semanas após inicio do processo de compostagem.

– O segundo revolvimento deverá ser feito, em média, cinco a seis semanas após o início do processo de compostagem.

– O terceiro e último revolvimento, para incorporação final do Oxigênio, deverá ser feito, em média, nove a dez semanas do início do processo de compostagem.

 Nota:

– Após cada revolvimento, os materiais sendo decompostos, deverão novamente ser amontoados, exatamente como no início da construção da composteira, só que dessa vez, remexidos e misturados.

– A aeração é importante para homogeneização dos materiais sendo processados, além de facilitar o seu arejamento, pois, se houver excesso de umidade na massa orgânica, mais deficiente será a sua oxigenação.

Benefícios da compostagem:

– O uso da compostagem é de importância vital, trazendo inúmeras vantagens para o meio ambiente e para a saúde da população em geral.

– Segundo estatísticas, mais de 50% do volume total dos resíduos produzido no Brasil, vai para os aterros sanitários, sem qualquer tipo de tratamento.

– O processo da decomposição dos materiais da compostagem, ocorrerá na presença do Oxigênio, (aeróbico). E, o resultado dessa degradação será somente: dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus).

Nota:

– A transformação da matéria orgânica bruta em húmus é um processo, basicamente, microbiológico, feito, principalmente, por fungos e bactérias, mas, durante as fases do processamento de decomposição da compostagem, poderão surgir outras espécies de micro-organismos, pertencentes à macrofauna e mesofauna como: minhocas, formigas, besouros e ácaros.

Breve relato sobre a história da compostagem:

– A compostagem é uma prática antiga, mas, está ganhando popularidade em consequência da preocupação com a sustentabilidade da vida no planeta.

– Na China, (Oriente Médio), os agricultores já utilizavam o método da reciclagem do lixo doméstico para obtenção de fertilizante orgânico, há vários séculos.

– Porém, no Ocidente, o inglês Albert Howard, considerado o pai da agricultura, no ano de 1920 iniciou os primeiros passos sobre compostagem.

– Na Europa, nos séculos XVIII e XIX, os agricultores também iniciaram seus experimentos, com os resíduos sólidos urbanos, para serem utilizados no solo, como compostos orgânicos.

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Como fazer Mudas de gabiroba – Guavira – por estaquia de galhos

Como fazer Mudas de gabiroba por estaquia de galhos

Como fazer mudas por estaquia:

Propagar a gabiroba pelo método da estaquia, trás a vantagens de ser um clone da planta matriz, preservando  todas as características genética da planta mãe… A nova planta terá a mesma idade da planta adulta de onde foi extraída a estaca, portanto, o início da produção se dará tão logo a muda estiver pega e vegetando satisfatoriamente.

Procedimentos:

– Escolher uma matriz vigorosa, produtiva, livre de doenças…

– Cortar as estacas de galhos maduros, Com aproximadamente 30 cm de comprimento.

– Remover as folhas da parte inferior das estacas, deixando apenas quatro a cinco folhas na parte superior.

– Quando da remoção das folhas, tomar o devido cuidado, para não danificar as borbulhas de brotação, que geralmente estão localizadas nas axilas das folhas com o caule.

– Mergulhar a base das estacas, (a parte que ficará em contato direto com o solo), por 15 minutos em uma solução de hormônio vegetal

Plantar a estaca, individualmente, em balainho previamente preparado, enterrando-a por aproximadamente dez centímetros no solo.

 Nota:

– A solução de hormônio vegetal irá forçar a planta a emitir raízes mais rapidamente.

– O balainho poderá ser sacos de polietileno, tamanho médio.

– Os balainhos com as estacas deverão ser colocados em locais totalmente arejado,  amplamente iluminado, ma, sem receber a luz direta do sol.

– A primeira rega deverá ser abundante para que o solo se ajuste em torno da estaca, as próximas regas deverão ser apenas para manter o solo do balainho ligeiramente umedecido.

– Geralmente, por volta de 20 dias, a planta já estará emitindo brotos, pois o seu sistema radicular estará em pleno desenvolvimento.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco animal bem curtido, na proporção de 2:1:1.

– Antes de preencher os balainhos,  homogeneizar todos os componentes do composto.

Nota:

– A areia entra na composição para deixar o solo drenável.

Plantação das mudas em locais definitivos:

– A gabiroba é uma planta rústica, planta típica do cerrado brasileiro, apenas uma exigência: que o solo tenha textura média, arenosa e seja bem drenado.

– As mudas deverão ser levadas a campo, para serem plantadas em seus locais definitivos após o seu pegamento total.

– Antes de serem transplantadas, deverão passar por uma aclimatação ao sol, por aproximadamente duas semanas.

– A melhor época para o transplantio será o início da estação chuvosa.

Observação:

– Aconselha-se fazer as mudas observando as fazes da lua: As fazer mais indicadas são: Nova e Minguante.

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Como fazer mudas de Gabiroba – Guabiroba – Guavira através de sementes

Como fazer mudas de Gabiroba – Guabiroba – Guavira

Nome científico: Campomanesia xanthocarpa.

Nomes populares: Gabiroba, Guabiroba, Guavira.

Origem: Brasil

Características gerais:

– A gabiroba (guavira) é uma planta típica de ocorrência nos campos e cerrados brasileiros.

– A planta pertencente a família Myrtaceae, a mesma da jabuticaba, jambo, pitanga, etc.

Existem duas variedades:

– Variedade Arbórea: Denominada popularmente como: Gabiroba amarela, Gabiroba do mato.  Árvores que pode atingir mais de 10 metros de altura, cujo tronco pode ultrapassar 40 cm de diâmetro.

– Variedade rasteira: Denominada popularmente de Guabiroba rasteira, Guabiroba da praia. Trata-se de uma planta arbustiva, que pode atingir mais de 1,0 metros de altura, com farta ramagem lateral.

Clima:

– Trata-se de uma planta rústica adaptada a climas equatoriais, e deverá ser cultivada em pleno sol.

– Planta moldada as condições do cerrado brasileiro, cujo índice de precipitação pluviométrica fica abaixo da média, levando em consideração outras regiões brasileiras.

– Trata-se de plantas resistentes a geadas e, vegeta bem em qualquer altitude.

Propagação:

– A multiplicação da planta se dá através de sementes.

– As sementes deverão ser semeadas  imediatamente após a extração do fruto, visto que, desidratadas perdem a capacidade germinativa.

Processo:

Colher os frutos maduros, saudáveis, e com boa aparência.

– Esmagar os frutos a fim de extrair a sementes.

– Lavar as sementes em água corrente a fim de remover total a poupa do fruto.

– Secar as sementes por aproximadamente 2 horas à sombra, sobre papel jornal.

– Plantar as sementes em sementeiras.

– As sementes germinarão entre 10 a 40 dias, em  substrato rico em matéria orgânica e irrigação diária.

– As mudas deverão ser plantadas em seus locais definitivos, no início da estação chuvosa.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica, não exigente quanto ao solo, totalmente adaptada as condições de terrenos pobres, arenoso do cerrado brasileiro.

– A planta suporta períodos moderados de estiagem.

Floração e Colheita:

Início da frutificação:

– Guabiroba rasteira a partir do terceiro ano

– Guabiroba arbórea a partir do quinto ano.

– A floração ocorre de agosto a novembro.

– Os frutos estarão maduros, prontos para o consumo, geralmente, entre Setembro a Dezembro.

Para ver um vídeo dessa planta Clicar aqui

Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

 Nome científico: Bertholletia excelsa

Nome popular: Castanha do Brasil, Castanha do Pará, castanha da Amazônia.

Família: Lecythidaceae

Origem: America do Sul, Região amazônica.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que atinge facilmente 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro na base do seu tronco.

– Árvore endêmica da floresta Amazônica podendo ser encontrada nos estados do

Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Mato Grosso.

– A espécie ocorre também na Venezuela, Bolívia, Guianas, Colômbia, Peru, porém, na Amazônia brasileira existe com maior densidade.

Propagação:

– A propagação da castanheira é feita via sementes.

– No entanto, para acelerar o processo de germinação, as sementes necessariamente terão que ficar livres de sua casca (tegumento).

– As sementes sem o tegumento, apresenta um índice de germinação, em média, 70% com apenas 3 meses após semeadura.

– A retirada do tegumento é um trabalho delicado para não danificar a amêndoa.

– O melhor período para coletar as sementes destinadas a produção de mudas, vai de  outubro a março.

– Coletar sementes grandes, de árvores saudáveis com boa produtividade.

– Na produção de mudas utilizar apenas sementes novas, pois, essas, ainda não perderam a umidade nem o seu poder germinativo.

Retirada da casca tegumentar:

– Para facilitar a retirada do tegumento, as sementes deverão ficar mergulhadas em água por um período de 48 horas. Na sequência, poderá ser utilizada um quebra nozes, ou um martelo, apenas para trincar o tegumento, cujo processo final, deverá ser feito com o auxílio de um canivete, com todo o cuidado para não danificar a amêndoa.

Tratamento antifúngico:

– Após a retirada do tegumento, as sementes deverão passar por um tratamento contra fungos que atacam sementes oleaginosas.

– Preparar uma solução com fungicida à base de propiconazole na concentração de 0,2% (2 g do produto para 1 litro de água). As sementes deverão permanecer emergidas por 90 minutos nesta solução, com agitação a cada 10 minutos.

– Após o tratamento com esse fungicida, as sementes deverão ficar expostas sobre papel jornal para secarem a sombra, por um período de aproximadamente duas horas.

Sementeira:

– A sementeira poderá ser: caixa plástica perfurada para drenagem de água, ou confeccionada com madeira.

– A sementeira deverá ser colocada ou, construída em local semissombreado, (50% de sombra).

– A parte superior da sementeira deverá ser protegida com uma tela de malha fina, para prevenir o ataque de roedores que chegam para saquear as sementes em desenvolvimento.

Substrato da sementeira:

– O substrato da sementeira deverá ser apenas areia lavada.

– Distribuir areia lavada na sementeira, nivelar a superfície sem prensar, em seguida regar.

Semeadura:

– A semeadura é uma das etapas consideradas como a mais importante.

– Colocar as sementes sob a areia, como o polo radicular de onde se originará a raiz (parte mais grossa) voltada para baixo, e o caulinar a uma profundidade de 1 cm da superfície do substrato.

– Caso haja dúvida, sobre o lado correto do polo radicular, colocar a semente na posição horizontal.

– Regar a sementeira, imediatamente após a colocação das sementes, repetindo a cada dois dias, a fim de manter o substrato de areia levemente umedecido.

Germinação:

-As sementes iniciam a germinação após10 dias da semeadura, podendo se estender até cinco meses, sendo que aos 80 dias já ocorreu 70% da germinação.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco de gado bem curtido, na seguinte proporção 2:1:1.

– Adicionar 1,0 kg de Calcário e 200 g de Superfosfato triplo por metro cúbico, de substrato.

– Homogeneizar todos os ingredientes, e preencher os balainhos.

Repicagem para balainhos (Sacos plásticos):

– A repicagem deverá ser feita antes da abertura das primeiras folhas das plântulas, no chamado “ponto de palito”, para evitar a perda de água e queima das folhas.

– Só deverão ser repicadas para os, (balainhos), sacos plásticos, as mudas que apresentar caulículo e radícula em pleno desenvolvimento.

Repicagem das mudas para locais definitivos:

– As mudas estarão aptas para o plantio em seus locais definitivos, quando atingirem, em média, 30 cm de altura e apresentarem 16 folhas abertas. O tempo necessário para que isso ocorra, poderá variar de quatro a oito meses, após a repicagem para os balainhos.

– Os balainhos, ou seja: As embalagens plásticas recomendadas para esse tipo de planta são sacos de polietileno preto (19 cm x 28 cm e 2 mm de espessura), contendo furos para drenagem de água.

Aclimatação ao meio externo:

– As mudas produzidas em ambiente sombreados deverão passar por um processo de aclimatação gradativa à luz solar, antes de serem repicadas definitivamente.

– Para isso, no período que anteceder o repique, as mudas deverão permanecer de 15 a 30 dias a céu aberto.

Covas:

– A castanheira deverá ser plantada em covas profundas.

– O colo da muda deverá ficar rente ao nível do solo.

– Para enchimento da cova utiliza-se uma mistura de terra vegetal (da primeira camada do solo), geralmente de coloração mais escura, devido à concentração de húmus, acrescentando 10 litros de esterco de curral e 300g de Superfosfato triplo, 100g de cloreto de potássio e 100g de sulfato de amônia, totalmente homogeneizados.

– Para grandes plantações, utilizar somente o Superfosfato triplo, misturado ao solo retirado da cova.

– Realizar o plantio no início das chuvas da primavera.

Clima:

– Trata-se de uma espécie adaptada a climas tropicais e subtropicais, variando entre 24,0° e 28,0°C. Cuja umidade relativa do ar é considerada alta, girando  em torno de 80% e 87%, com variações bruscas durante os meses entre 66% e 91% . Com precipitações médias anuais, oscilando entre 1400 e 2800 mm.

– A planta não tolera ventos frios.

Solo:

– A castanheira tem acentuada preferência por solos argilosos e argilo-silicosos e  terras altas .

– Os solos para a cultura ou, plantio definitivo, devem ser profundos, bem drenados, de textura média, topografia levemente ondulada e livre de inundações.

– A planta apresenta melhor desenvolvimento em altura e diâmetro do tronco, quando cultivada em solos com pH levemente ácido.

Espaçamentos:

– O espaçamento e a densificação de plantas por hectare, depende da finalidade.

– Para sistemas consorciados com culturas perenes, o espaçamento recomendado é 12m x 12m, densidade de 70 plantas por ha.

– Para sistema onde se pretende produção de madeira, o espaçamento deverá oscilar em torno de 4 mx 4 m.

 Tratos culturais:

– Capinas ou roçadas em forma de coroamento, efetuadas em torno das plantas, duas vezes ao ano. À medida que a planta for crescendo, não será  mais necessário.

– Aplicação de 300 gramas de Superfosfato triplo, aplicação em cobertura no segundo e terceiro ano após plantio.

– Controle de pragas. A praga mais comum é a formiga saúva.

Floração frutificação e colheita:

– Em plantio realizado em campo experimental, a floração e frutificação da castanheira iniciaram-se 15 anos, após as plantas serem levadas a campo.

– A castanha do Pará, Geralmente, apresenta floração nos meses de outubro a dezembro, e frutificação de outubro a março.