Como fazer mudas de Macaúba – Acrocomia aculeata

Como fazer mudas de Macaúba – Acrocomia aculeata

Nome científico: Acrocomia aculeata.

Nome popular: Macaúba, Macaúva, Bocaiuva, Macaíba, etc.

Família: Arecaceae.

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– Trata-se de uma espécie de palmeira rústica, facilmente encontrada vegetando em regiões semiárida dos cerrados Brasileiros.

– Planta de ciclo de vida perene, revestida de espinhos longos e pontiagudos no tronco e nas folhas.

Nota:

– Os espinhos, geralmente, servem como defesa própria pois, afugenta animais predadores.

– A macaúba poderá atingir mais de 10 metros de altura.

Flores:

– Trata-se de uma planta muito produtiva. Produz flores e frutos o ano inteiro, com pico de produção na primavera.

– As flores de tamanho relativamente pequeno, apresentam-se na coloração amarelada, agrupadas em inflorescências tipo espiga, formando grandes cachos que podem chegar a 1,0 metro de comprimento.

– As flores masculinas e femininas surgem na mesma inflorescência sendo que, as masculinas, em via normal, estão dispostas mais às pontas das espigas enquanto que, as femininas mais perto do eixo central do cacho.

– As flores atraem um grande número de abelhas e outros insetos, os quais, acabam  facilitando e ajudando no processo de polinização e fecundação dos frutos.

Frutos:

– Os frutos geralmente de formato arredondado, são comestíveis, tanto a poupa externa, como a amêndoa.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima quente: Equatorial, Tropical e Subtropical e deverá ser cultivada a céu aberto e, em pleno sol, pois, requer alta luminosidade para o seu desenvolvimento.

Solo:

– Trata-se de uma planta totalmente rústica, sem grandes exigências quanto ao tipo de solo, mas, para que ela atinja sua plenitude, o solo deverá ser fértil.

Propagação:

– A multiplicação da planta é feita através do fruto, (coco).

– Na natureza, as mudas, geralmente, nascem ao redor da planta matriz, mas, a sua dispersão natural, é feita por animais e pássaros que se alimentam da poupa, levemente saborosa e adocicada, do fruto.

– Para propagação em escala doméstica, na maioria dos casos, utiliza-se as mudas que nasceram junto a planta matriz, repicando-as diretamente em locais definitivos, normalmente, no início da estação chuvosa, (Primavera).

Caso queira produzir mudas em escala doméstica:

– Poderão ser utilizados canteiros tipo sementeiras, dispostos em local semi-sombreado com boa luminosidade.

– O solo deverá ser arenoso com incremento de algum tipo de material orgânico.

– Não há necessidade de despolpar os frutos, que deverão ficar soterrados, em média, a 2,0 cm abaixo do solo.

– O solo deverá ser mantido com umidade regular, constante.

– Normalmente, a taxa de germinação é baixa e a emergência é longa, demandando em torno de 1,0 ano.

– Geralmente, quando a plântula emitir a segunda folha, já poderá ser repicada para balainhos, feitos com sacos de polietileno.

– Normalmente, quando a muda atingir 50,0 cm de altura já poderá ser levada a campo.

– Aconselha-se levar as mudas para seus locais definitivos, no início da estação chuvosa.

Dormência vegetativa das sementes de macaúba.

Para quebrar a dormência das sementes da macaúba e conseguir a aceleração da emergência das plântulas aconselha-se:

– Coletar os frutos (cocos), recém caídos da planta matriz.

– Deixar os frutos secando por duas semanas, à sombra em local arejado.

– Em seguida: quebrar os cocos com auxílio de um martelo, para liberar as amêndoas do seu interior.

– Fazer a esterilização das amêndoas com uma solução de hipoclorito de sódio a 5% v/v por cinco minutos. ([%(V/V] é igual à fração volumétrica multiplicada por 100%).

– Lavar as amêndoas em água corrente, no mínimo, três vezes.

– Em seguida, as amêndoas deverão ficar embebidas em água, na temperatura ambiente, por 24 horas, para hidratação.

– Na sequência, depois das amêndoas hidratadas, com o auxílio de uma lâmina e um estereomicroscópio (lupa), é hora de fazer uma escarificação do tegumento opercular das sementes, (região da amêndoa onde ocorrerá a germinação).

– Tal procedimento deverá ser realizado com total prudência para não ferir o embrião, que se encontra logo abaixo do tegumento opercular, nessa região da amêndoa.

– Em seguida, as sementes deverão ser submersas por 24 horas em solução contendo 1000 miligrama de ácido giberélico (GA3) por litro de água.

– Finalmente, as sementes estarão prontas para serem plantadas em bandejas, contendo vermiculita esterilizada, mantidas em câmara de geminação com 95 ± 5% de umidade relativa e temperatura de 30 ± 2 °C constantes.

– Nestas condições, a taxa média de germinação obtida com esse processo é de 60% em até 3 meses.

– Neste período, aconselha-se verificar periodicamente as bandejas, para detectar a ocorrência de contaminação, eliminando as sementes contaminadas.

Covas:

– As covas para repique das mudas em local definitivo, deverá ter no mínimo, o dobro do tamanho do torrão, (no caso dos balainhos)

– Se, o solo for de boa qualidade, não haverá necessidade de incremento de composto orgânico.

– Se, o solo for arenoso, poderá ser enriquecido com composto orgânico bem curtido, misturado ao solo removido da cova, na hora do transplante da muda.

Frutificação:

– O início da frutificação se dará, em média, quando a planta completar 4 anos de idade.

A planta alimenta a fauna silvestre:

– Frutos direto no cacho, atraem aves, como psitacídeos: Araras, Papagaios, Periquitos, etc.

– Frutos caídos no solo, atraem mamíferos, como: Pacas, Cutias, Antas, Tatus e, tantos outros roedores.

Regas:

– Trata-se de uma planta totalmente rústica que tolera períodos de estiagens médias. Porém para o seu cultivo, aconselha-se manter o solo ligeiramente úmido, principalmente quando tratar-se de plantas em formação.

Nota:

– Para manuseio da planta deverá ter o cuidado de utilizar luvas, para evitar os espinhos.

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Como fazer mudas de Vinhático – Plathymenia foliosa

Como fazer mudas de Vinhático – Plathymenia foliosa

Nome científico: Plathymenia foliosa

Nome popular: Vinhático, Amarelinho, Vinhático-amarelo, Pau de candeia

Família: Fabaceae Mimosoideae.

Origem: Brasil, Regiões de cerrado.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore leguminosa de ciclo de vida perene, de médio e grande porte, que poderá ultrapassar 25 metros de altura, com diâmetro do tronco acima de 0,40 metros.

– Seu porte irá depender do local de ocorrência: No meio da mata, ficará alta e esquia. No cerrado e campo aberto, crescerá menos, porém, com copa e galhada mais ampla.

Ocorrência principalmente em regiões de cerrado-forte (Centro-oeste e Nordeste) e, também em matas de algumas regiões brasileiras.

– A madeira amarelo-canela é de textura média e de longa durabilidade.

Floração e frutificação:

– A planta floresce nos meses de Novembro e Dezembro.

– As flores bissexuadas, são de coloração branca-creme, dispostas em pequenos cachos espigados, que surgem nas axilas das folhas e/ou, na parte terminal dos galhos.

– Por tratar-se de uma leguminosa, as sementes ocorrem dentro de vagens de coloração vermelha-escuro, contendo até 10 sementes duras, na cor marrom-claro.

– As sementes são pequenas, geralmente com 0,5 cm de comprimento, dispostas dentro de envelopes de película branca, membranácea, (sementes aladas), que poderão facilmente ser dispersas pelo vento, fazendo a propagação natural da planta.

– A coleta das sementes poderá ser feita de Julho a Setembro.

– As vagens deverão ser colhidas diretamente da árvore matriz, no início da dispersão espontânea das sementes.

– Em seguida, deverão ser levadas ao sol, para completarem sua abertura e a liberação das sementes.

Propagação:

– A multiplicação da planta é feita através de sementes.

– As sementes deverão ser plantadas imediatamente após serem colhidas.

– Não haverá necessidade de retirar a película membranácea (envelope) que envolve a semente.

– As sementes poderão ser plantadas em canteiros tipo sementeiras, para futuro repique em balainhos feitos com sacos de polietileno. Ou, se preferir, poderão ser plantadas diretamente nos sacos de polietileno.

Substrato dos canteiros e/ou dos sacos de polietileno:

– O substrato deverá ser um composto organo-arenoso, o mesmo, substrato típico do seu ambiente nativo (cerrado), ou seja: um substrato de média fertilidade, totalmente drenável. E poderá ser feito misturando: terra fértil com areia, na proporção de 2:1.

– As sementeiras e/ou, sacos de polietileno, deverão ser dispostos em locais semi-sombreados.

– Aplicar as sementes de forma que elas fiquem soterradas no substrato, em média, 2,0 cm de profundidade.

– Caso as mudas forem feitas em sacos de polietileno, aplicar 2 sementes por saco.

– Irrigar com jato leve de água, para não desenterrar as sementes.

– Manter o substrato sempre com boa umidade sem encharcamento.

– Geralmente, em 15 dias ocorrerá a emergência das sementes férteis.

– Em condições naturais, a taxa de germinação é inferior a 20%. Diante dessa baixa porcentagem, urge a necessidade de desenvolver estudos para a quebra de dormência das sementes para aumentar o índice de emergência.

Nota:

– Para as mudas germinadas nas sementeiras, ao atingirem, em média 10,0 cm de altura, já poderão ser transplantadas em sacos de polietileno.

– Em média, com 12 meses as mudas já poderão ser levadas para serem repicadas em local definitivo.

– Trata-se de plantas de desenvolvimento lento, classificada como: “Secundária Tardia”, pois, não ultrapassa 3,0 metros de altura aos 2 anos de idade.

Nota:

-Antes das mudas serem levadas a campo, aconselha-se fazer a rustificação das mesmas, pelo método da aclimatação gradativa ao sol, por um período de 2 semanas.

Como fazer mudas de Ximbuva – Tamboril – Enterolobium contortisiliquum

Como fazer mudas de Ximbuva – Tamboril – Enterolobium contortisiliquum

Nome científico: Enterolobium contortisiliquum

Nome popular: Ximbuva, Tamboril, Timboúva, Timbaúva, Orelha-de-negro, Orelha-de-macaco, Timbó,Araribá, Árvore-das-patacas, Cambanambi, Sabão-de-macaco, Chimbó, Chimbuva, Flor-de-algodão, Orelha-de-onça, Orelha-de-preto, Pacará, Pau-de-sabão, Pau-sabão, Tambaré, Tamboi, Tambor, Tambori, Tamboril-do-campo, Tamboril-pardo, Tamborim, Tamburé, Tamburil, Tamburiúva, Tambuvé, Tambuvi, Timbaíba, Timbaúba, Timbaúva-branca, Timbaúva-preta, Timbíba, Timboíba, Timborana, Timbori, Timboril, Timboúba, Timbuíba, Timburi, Timburil, Timbuva, Vinhática-flor-de-algodão, Ximbiuva, Ximbó, Ximbuva.

Família: Fabaceae

Origem: América do Sul, Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.

Características gerais.

– Trata-se de uma árvore leguminosa de grande porte, frondosa, de ciclo de vida perene, que poderá atingir mais de 30,0 metros de altura, com o diâmetro do tronco superior a 1,5 metros.

– No Brasil ocorre na região Centro-Sul, Maranhão, Pará e Piauí.

– Trata-se de uma espécie pioneira, rústica, de crescimento rápido, indicada para reflorestamento em áreas degradadas.

– A madeira é de coloração branca-cremoso, leve, macia, pouco resistente, geralmente utilizada em peças entalhada à mão, caixotaria, fabricar a viola-de-coxo, canoas, brinquedos, etc.

Clima:

– Planta adaptada ao clima: Equatorial, Tropical, Subtropical, Mediterrâneo.

– Deverá ser cultivada a sol pleno, pois requer alta luminosidade.

Solo:

– O solo deverá ser fértil, profundo e úmido.

Propagação:

– A planta multiplica-se por sementes.

– As sementes da Ximbuva apresentam tegumento impermeável que dificulta a sua emergência.

– A quebra da dormência poderá ser feita pelo método da escarificação ou, desponte, ou embebição em água.

– Após a quebra da dormência as sementes poderão ser semeadas em balainhos feitos com sacos de polietileno, com substrato fértil, enriquecido com material orgânico curtido.

– Os balainhos deverão ser alojados em locais parcialmente sombreados, em média, 50%.

– Regar periódicamente para manter o substrato dos balainhos com umidade uniforme.

– Dentro de 15 a 30 dias as sementes estarão germinadas.

– Após 5 meses, as mudas já poderão ser levadas a campo.

– Porém, antes da repicagem, aconselha-se fazer a rustificação das mudas, com aclimatação gradativa ao sol, em média, por 2 semanas.

Floração e frutificação:

– As inflorescências surgem na primavera em forma de cachos, com pequenas flores brancas.

– Os frutos são vagens semilenhosas, em formato de orelha, o que rendeu a espécie vários nomes populares.

– Cada vagem pode conter até 10 sementes que depois de secas adquirem uma coloração marrom-brilhante.

– As sementes amadurecem no inverno quando as vagens adiquirem uma coloração marrom-escuro tendendo ao preto.

Regas:

– As mudas deverão ser irrigadas no primeiro ano, após serem levadas a campo.

Tratos culturais:

– Podas para formação da planta.

Nota:

– As vagens apresentam substâncias tóxicas para o gado que, no inverno, época de grande escassez de alimentos, acabam mascando, comendo as sementes que caem no solo,destas árvores remanescentes, sobreviventes nas pastagens.

 

Como fazer mudas de Datura – Sete-saias – Trombeta-de-Anjos.

Como fazer mudas de Datura – Sete-saias – Trombeta-de-Anjos.

Nome científico: Datura suaveolens.

Nome Popular: Datura, Sete-saias, Trombeta-de-anjos, Saia-branca.

Família: Solanaceae

Origem: México

Características gerais:

– Trata-se de uma planta arbustiva, de ciclo de vida perene e, poderá atingir, em média de 1 a 2 metros de altura.

– A planta floresce o ano todo. Porém, o auge da floração acontecerá na Primavera e no Verão, com a incidência do período chuvoso do ano.

– Planta muito utilizada em paisagismo.

Propagação:

– A planta poderá ser multiplicada por estaquia e/ou por sementes.

– O método de propagação mais utilizado, em escala doméstica, é o da estaquia de ramos maduros.

Propagação por estaquia:

– Selecionar ramos maduros e saudáveis.

– Cortar estacas com aproximadamente 30 cm de comprimento.

– Eliminar as folhas da base, onde ficará enterrada no solo.

– Enterrar a estaca no solo, em média, 10 a 15 cm de profundidade.

– As estacas poderão ser plantadas em vasos e/ou em seus locais definitivos no jardim.

– A melhor época para o plantio é o início da estação chuvosa, ou seja: na Primavera quando as plantas estarão emergindo da dormência vegetativa, que geralmente ocorre no Inverno.

Propagação por sementes:

– As sementes poderão ser semeadas em canteiros no solo ou, em caixas de vegetação.

– Antes de semear, as sementes deverão ser submersas por 24 horas, em um recipiente com água quente (+ ou -) 50°C. Esse método de embebição, ajudará a quebrar a dormência.

– As sementes deverão ser cobertas por uma camada leve de substrato, ou seja: uma camada fina de solo ligeiramente peneirado.

– A temperatura ideal para a germinação das sementes, oscila em torno de 25°C, temperaturas mais baixas poderão inibir a germinação totalmente.

– A germinação poderá ser lenta e desigual, geralmente, dentro de 2 meses as sementes viáveis já estarão todas germinadas.

– Assim que as mudas atingirem 10 cm de altura já poderão ser transplantadas em recipientes individuais.

– As mudas com 50 cm de altura já poderão ser levadas para seus locais definitivos.

– Se, as mudas foram produzidas em locais sombreados, antes de serem levadas a campo, terão que passar pelo processo de aclimatação gradativa ao sol.

– O substrato dos canteiros e/ou das caixas de vegetação, deverão ser mantidos ligeiramente umedecidos, sem provocar alagamentos, o excesso de umidade facilitará a disseminação de fungos e bactérias que apodrecerão as sementes.

Nota:

– A inoculação das sementes com Ácido Giberélico, ajudará na germinação.

Solo para semeadura e/ou para os recipientes individuais das mudas:

– Misturar: terra de barranco, Areia lavada, Esterco animal bem curtido, na seguinte proporção: 2 x 1 x 1. Este composto deverá ser totalmente homogeneizado e umedecido para total incorporação dos nutrientes. E deverá ser preparado com algumas semana de antecedência, para maturação.

Solo para o plantio definitivo:

– Trata-se de uma planta rústica, resistente, que se adapta a qualquer tipo de solo. Porém, para que a planta atinja seu auge, deverá ser cultivada em solo areno-argiloso, facilmente drenável e, rico em material orgânico.

Clima:

– Trata-se de uma planta tolerante a quase todos os tipos de clima: Tropical, Sub-tropical, temperado e, deverá ser cultivada a sol pleno.

Observação:

– Cuidado!… Trata-se de uma planta tóxica, em sua seiva contem alcaloides.

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Como fazer mudas de Coité – Cabaceira – Crescentia cujete

Como fazer mudas de Coité

Nome científico: Crescentia cujete.

Nome popular: Cabaceira, Cuieira, Coité, Árvore de cuia, Cuité.

Família: Bignoniaceae.

Origem: América Tropical e Antilhas.

Características Gerais:

– Trata-se de uma árvore totalmente rústica, de ciclo de vida perene, geralmente pequena, mas, poderá atingir mais de cinco metros de altura.

– A planta é muito cultivada e difundida no nordeste brasileiro.

– As flores são hermafroditas, na coloração branca-amarelada, poderão ser vistas desde a primavera até o outono.

– Os frutos são ligeiramente arredondados e, poderão medir mais de 30 cm de diâmetro, apresentando textura da casca muito resistente.

– As flores e frutos emergem diretamente do tronco da planta.

– Trata-se de uma planta de crescimento lento.

Propagação:

– A planta poderá ser multiplicada por sementes e/ou estaquia.

– O método de propagação por estaquia tem a vantagem da aceleração na produção de frutos, já que trata-se de uma planta de crescimento lento.

– A frutificação por este método ocorrerá, em média, com 2 anos.

– As plantas oriundas de sementes começarão a frutificar, em média, com 5 anos, após o plantio.

Propagação por estaquia:

– Cortar estacas lenhosas de 1,5 cm de diâmetro por 30 cm de comprimento.

– As estacas deverão ser plantadas em seus locais definitivos, no início do período chuvoso do ano.

– Abrir covas de 40 x 40 x 40 cm, adicionando ao solo retirado da cova: 500 g de calcário, 1 kg de cinzas e cerca de 30 litros de esterco de animal bem curtido.

– Os materiais adicionados deverão ser totalmente homogeneizados ao solo retirado da cova, antes deste composto orgânico voltar para dentro da cova.

– Esse processo deverá ser feito, em média, 30 dias antes de receber a muda ou a estaca.

Propagação por sementes:

– As sementes deverão ser retiradas de dentro dos frutos secos, selecionando os mais graúdos.

– Plantar de duas a três sementes em sacos de polietileno, com substrato rico em material orgânico.

– A germinação se dará, em média, com 40 dias, se plantadas em substrato rico em matéria orgânica.

– As mudas se desenvolverão melhor se cultivadas em ambiente sombreado e atingirão 50 cm de altura, com um ano após a germinação.

– Após as mudas atingirem 50 cm de altura já poderão ser levadas a campo.

– Antes das mudas serem transplantadas em seus locais definitivos deverão passar por um processo de aclimatação gradativa ao sol.

– Aconselha-se o transplantes das mudas no início da estação chuvosa.

– As covas de 40 x 40 x 40 cm, com a incorporação do material orgânico como foi descrito no item acima, já deverão estar preparadas também com 30 dias de antecedência para que os materiais adicionados se incorporem totalmente ao solo.

Solo:

– Trata-se de uma planta muito resistente. Mas, para que ela se torne bastante produtiva, deverá ser plantada em solo areno-argiloso, profundo, drenável, rico em material orgânico.

Clima:

– Trata-se de uma planta totalmente adaptada ao clima tropical, sub-tropical e temperado.

– A planta não tolera frio intenso.

– A planta deverá ser cultivada a pleno sol, para que seja produtiva.

Irrigação:

– Manter o solo ligeiramente umedecido, mas sem provocar alagamento.

– Regar as mudas recém plantadas, em média, 3 vezes por semana, oferecendo maior volume de água no verão,ou seja: nos meses mais quentes do ano.

– Para as plantas adultas, as regas poderão ser feitas apenas nas estiagens prolongadas.

Frutificação:

– A frutificação ocorrerá de Janeiro a Agosto.

Tratos culturais:

– Podas apenas para formação da planta.

– Capinas regulares para evitar as ervas daninhas concorrentes.

Adubação complementar:

– Caso haja necessidade, fazer adubação suplementar anual, coincidente com o período chuvoso, utilizando em média, 20 litros de composto orgânico animal, bem curtido enriquecido com 50 gramas de adubo químico NPK 10-10-10. Que deverá ser distribuído à 20 cm do tronco, dobrando essa quantidade a cada ano, até o terceiro ano de vida da planta.

Observação:

– Coité na linguagem indígena (tupi-guarani), significa: Cuia, Vasilha, Panela. etc.

– Os frutos tenros poderão ser consumidos cozidos.

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Como fazer mudas de Filodendro – Philodendron

Como fazer mudas de – Filodendro

Nome científico: Philodendron.

Nome popular: Filodendro.

Origem: Florestas tropicais brasileiras, América do Sul.

Características gerais:

– Nesta categoria inclui-se o cipó-imbé (Philodendron bipinnatifidum), a mais conhecida e utilizada pelos paisagistas.

– Trata-se de plantas ornamentais de ciclo de vida perene, que na natureza se desenvolvem tanto no solo das florestas, quanto hospedadas sobre árvores.

– A planta de folhas vigorosas apresenta o caule flexível e precisará ser tutorada até que suas raízes aéreas encontrem o solo dando-lhes suporte de sustentação, bem como para a retirada de nutrientes, e abastecer a planta em desenvolvimento.

– O fato de a planta estar sempre vegetando tutorada em um tronco de árvore, passa a impressão errônea de se tratar de uma trepadeira.

– A planta emite flores masculinas e femininas, com pouca importância ornamental.

– Os frutos são em formas de bagas suculentas.

Propagação:

– Na natureza, a multiplicação da planta geralmente se dá através das sementes, que são espalhadas por animais e pássaros que se alimentam de seus frutos.

– As sementes nascem em ocos de árvores, forquilhas, e no solo sobre material orgânico em decomposição.

–  As plantas que nascem sobre árvores, com o passar do tempo, emitem raízes aéreas que crescem buscando o solo para dele retirar os nutrientes que a planta necessita.

Propagação em escala doméstica:

– Para multiplicar a planta em escala doméstica, aconselha-se o método de estaquia do caule e/ou, a separação dos brotos laterais que a planta emite junto ao seu caule, com o seu envelhecimento.

Método da Estaquia:

– Escolher uma planta adulta que tenha um caule bastante comprido.

– No início da primavera cortar estacas deste caule com aproximadamente 10 cm de comprimento.

– Observar que os cortes deverão ser feitos abaixo dos respectivos nós. Pois, geralmente, em cada nó (ou, axila de cada folha), há uma gema dormente.

– Remover as folhas das estacas sem danificar as gemas.

– Em seguida, preparar vasos grandes ou caixas plásticas com dreno para escoamento de água, com substrato totalmente orgânico ou, uma mistura de turfa com areia grossa.

– O próximo passo será: acondicionar várias estacas em cada recipiente preparado enterrando-os parcialmente no substrato. Observar que a parte que deverá ser soterrada é exatamente a parte de baixo de cada estaca.

– Na sequencia o substrato deverá ser satisfatoriamente umedecido.

– Finalmente cada recipiente com as estacas deverá ser coberto por um plástico transparente para criar um tipo de efeito estufa, (quente e úmido), no ambiente dentro de cada recipientes com as estacas.

– Colocar um distanciador (tipo tutor), para que o plástico da estufa não entre em contato com as estacas, pois as gotículas de umidade que condensam no plástico, poderá apodrecê-las.

– Dispor os recipientes com as estacas em locais onde recebam luz direta do sol pela manhã e à tarde.

– Geralmente, dentro de um mês as estacas já estarão emitindo raízes novas e brotações.

– Quando isso acontecer, a cobertura de plástico deverá ser removida e cada estaca deverá ser transplantada em vasos separados ou, em seus locais definitivos.

Clima:

– A família filodendro são plantas adaptadas ao clima úmido tropical que se desenvolvem à sombra e/ou à meia sombra das florestas altas, contudo, poderão ser cultivadas a pleno sol, sem qualquer prejuízo de sua exuberante beleza.

Cultivo:

– A planta apresentará mais exuberância em solos ricos em materiais orgânicos.

– Uma alternativa de substrato para cultivo em vasos, poderá ser uma mistura de: 2 partes de esterco animal bem curtido, 1 parte de terra comum e 1 parte de terra vegetal.

Regas:

– Manter o substrato do vaso ou o solo onde a planta estiver vegetando, sempre levemente umedecido.

Tratos culturais:

– Processar  poda de contenção da planta sempre que houver necessidade.

– Remover folhas e raízes velhas, para revitalizar a planta.

Nota:

Cuidado!…

Trata de uma planta tóxica…

– Suas folhas são moderadamente tóxicas, elas contêm cristais de oxalato de cálcio.

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Como fazer mudas de Cipó-imbé

Como fazer mudas de Cipó-imbé

Nome científico: Philodendron bipinnatifidum.

Nome popular: Filodendro, Banana-de-imbé, Banana-de-macaco, Cipó-imbé, banana-de-morcego, banana-do-mato, guaimbê.

Origem: Florestas tropicais brasileiras, América do Sul.

Características gerais:

– Trata-se de uma planta ornamental de ciclo de vida perene, que na natureza se desenvolve tanto no solo das florestas, quanto hospedada sobre árvores.

– A planta de folhas vigorosas e exuberantes apresenta o caule flexível e precisará ser tutorada até que suas raízes aéreas encontre o solo dando-lhe suporte de sustentação, bem como para retirar nutrientes do solo para abastecer e desenvolver a planta.

– O motivo de a planta estar sempre vegetando tutorada por um tronco de árvore, passa  erroneamente a impressão de se tratar de uma trepadeira.

– A planta emite flores masculinas e femininas, com pouca importância ornamental.

– Os frutos são em formas de bagas suculentas.

Propagação:

– Na natureza, a multiplicação da planta geralmente se dá através das sementes, que são espalhadas por animais e pássaros que se alimentam de seus frutos.

– As sementes nascem em ocos de árvores, forquilhas, e no solo sobre material orgânico em decomposição. As plantas que nascem sobre árvores, com o passar do tempo emitem raízes aéreas que crescem buscando o solo para dele retirar os nutrientes que a planta necessita.

Propagação em escala doméstica:

– Para multiplicar a planta em escala doméstica, aconselha-se o método de estaquia do caule e/ou, a separação dos brotos laterais que a planta emite junto ao seu caule, com o seu envelhecimento.

Método da Estaquia:

– Escolher uma planta adulta que tenha um caule bastante comprido.

– No início da primavera cortar estacas deste caule com aproximadamente 10 cm de comprimento.

– Observar que os cortes deverão ser feitos abaixo dos respectivos nós. Pois, geralmente, em cada nó (ou, axila de cada folha), há uma gema dormente.

– Remover as folhas das estacas sem danificar as gemas.

– Em seguida, preparar vasos grandes ou caixas plásticas com dreno para escoamento de água, com substrato totalmente orgânico ou, uma mistura de turfa com areia grossa.

– O próximo passo será: acondicionar várias estacas em cada recipiente preparado enterrando-os parcialmente no substrato. Observar que a parte que deverá ser soterrada é exatamente a parte de baixo de cada estaca.

– Na sequencia o substrato deverá ser satisfatoriamente umedecido.

– Finalmente cada recipiente com as estacas deverá ser coberto por um plástico transparente para criar um tipo de efeito estufa, (quente e úmido), no ambiente dentro de cada recipientes com as estacas.

– Colocar um distanciador (tipo tutor), para que o plástico da estufa não entre em contato com as estacas, pois as gotículas de umidade que condensam no plástico, poderá apodrecê-las.

– Dispor os recipientes com as estacas em locais onde recebam luz direta do sol pela manhã e à tarde.

– Geralmente, dentro de um mês as estacas já estarão emitindo raízes novas e brotações.

– Quando isso acontecer, a cobertura de plástico deverá ser removida e cada estaca deverá ser transplantada em vasos separados ou, em seus locais definitivos.

Clima:

– O cipó-imbé é uma planta adaptada ao clima úmido tropical que se desenvolve à sombra e/ou à meia sombra das florestas altas, contudo, poderá ser cultivada a pleno sol, sem qualquer prejuízo de sua exuberante beleza.

Cultivo:

– A planta apresentará mais exuberância em solos ricos em materiais orgânicos.

– Uma alternativa de substrato para cultivo em vasos, poderá ser uma mistura de: 2 partes de esterco animal bem curtido, 1 parte de terra comum e 1 parte de terra vegetal.

Regas:

– Manter o substrato do vaso ou o solo onde a planta estiver vegetando, sempre levemente umedecido.

Tratos culturais:

– Processar  poda de contenção da planta sempre que houver necessidade.

– Remover folhas e raízes velhas, para revitalizar a planta.

Nota:

Cuidado!…

Trata de uma planta tóxica…

– Suas folhas são moderadamente tóxicas, elas contêm cristais de oxalato de cálcio.

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Como fazer mudas de Mulungu.

Como fazer mudas de Mulungu – Mulungu do litoral.

Nome científico: Erythrina speciosa.

Nomes populares: Mulungu, Corticeira, Eritrina, Eritrina-candelabro, Eritrina-vermelha, Mulungu do litoral.

Origem: América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore tipicamente ornamental, nativa da mata atlântica, de ciclo de vida perene, que pode atingir mais de 4 metros de altura.

– O florescimento ocorre no inverno e início da primavera.

– Suas flores de coloração vermelho vivo, atraem beija-flores e psitacídeos, (periquitos e papagaios), que se alimentam delas, numa época em que há escassez de frutos silvestres  na natureza.

– As sementes ocorrem em vagens, semelhantes a feijões.

Clima:

– Planta adaptada ao clima: Tropical, subtropical e Equatorial, e deverá ser cultivada a pleno sol.

Solo:

– Trata-se de uma planta rústica capaz de se desenvolver em qualquer tipo de solo. Mas, para atingir maior exuberância, deverá ser plantada em solo fértil, com boa precipitação pluviométrica anual.

– Por se tratar e uma planta nativa da mata atlântica, aprecia alto teor de umidade, inclusive tolera solos parcialmente encharcados.

Propagação:

– A planta propaga-se por sementes e por estaquia de galhos maduros.

Propagação por sementes:

– As sementes deverão ser plantadas tão logo que sejam colhidas para não perder seu potencial germinativo.

– As sementes não requer nenhum tipo de tratamento e nem quebra de dormência,  antes de serem plantadas.

– As sementes deverão ser plantadas em balainhos, feitos com sacos de polietileno ou, com qualquer outro material disponível, para posterior repicagem , quando a planta atingir, em média, 30 cm de altura.

– As mudas crescem rapidamente e, estarão prontas para o plantio, em média, com  4 meses depois de plantadas.

– As mudas deverão ser levadas a campo, preferencialmente, no início da estação chuvosa.

Propagação por estaquia:

– A propagação por estaquia deverá ser feita, preferencialmente, em seu lugar definitivo.

– Cortam-se pedaços de ramos maduros, em média, com 30 cm de comprimento, enterrando-os até a metade.

– A propagação por estaquia deverá ocorrer no inicio da estação chuvosa, quando as plantas estarão emergindo da dormência vegetativa, provocada pelo inverno.

– A propagação por estaquia apresenta rápido desenvolvimento.

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Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

Como fazer mudas de castanha do Pará – Cultivo da Castanha do Pará

 Nome científico: Bertholletia excelsa

Nome popular: Castanha do Brasil, Castanha do Pará, castanha da Amazônia.

Família: Lecythidaceae

Origem: America do Sul, Região amazônica.

Características gerais:

– Trata-se de uma árvore de grande porte, que atinge facilmente 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro na base do seu tronco.

– Árvore endêmica da floresta Amazônica podendo ser encontrada nos estados do

Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Mato Grosso.

– A espécie ocorre também na Venezuela, Bolívia, Guianas, Colômbia, Peru, porém, na Amazônia brasileira existe com maior densidade.

Propagação:

– A propagação da castanheira é feita via sementes.

– No entanto, para acelerar o processo de germinação, as sementes necessariamente terão que ficar livres de sua casca (tegumento).

– As sementes sem o tegumento, apresenta um índice de germinação, em média, 70% com apenas 3 meses após semeadura.

– A retirada do tegumento é um trabalho delicado para não danificar a amêndoa.

– O melhor período para coletar as sementes destinadas a produção de mudas, vai de  outubro a março.

– Coletar sementes grandes, de árvores saudáveis com boa produtividade.

– Na produção de mudas utilizar apenas sementes novas, pois, essas, ainda não perderam a umidade nem o seu poder germinativo.

Retirada da casca tegumentar:

– Para facilitar a retirada do tegumento, as sementes deverão ficar mergulhadas em água por um período de 48 horas. Na sequência, poderá ser utilizada um quebra nozes, ou um martelo, apenas para trincar o tegumento, cujo processo final, deverá ser feito com o auxílio de um canivete, com todo o cuidado para não danificar a amêndoa.

Tratamento antifúngico:

– Após a retirada do tegumento, as sementes deverão passar por um tratamento contra fungos que atacam sementes oleaginosas.

– Preparar uma solução com fungicida à base de propiconazole na concentração de 0,2% (2 g do produto para 1 litro de água). As sementes deverão permanecer emergidas por 90 minutos nesta solução, com agitação a cada 10 minutos.

– Após o tratamento com esse fungicida, as sementes deverão ficar expostas sobre papel jornal para secarem a sombra, por um período de aproximadamente duas horas.

Sementeira:

– A sementeira poderá ser: caixa plástica perfurada para drenagem de água, ou confeccionada com madeira.

– A sementeira deverá ser colocada ou, construída em local semissombreado, (50% de sombra).

– A parte superior da sementeira deverá ser protegida com uma tela de malha fina, para prevenir o ataque de roedores que chegam para saquear as sementes em desenvolvimento.

Substrato da sementeira:

– O substrato da sementeira deverá ser apenas areia lavada.

– Distribuir areia lavada na sementeira, nivelar a superfície sem prensar, em seguida regar.

Semeadura:

– A semeadura é uma das etapas consideradas como a mais importante.

– Colocar as sementes sob a areia, como o polo radicular de onde se originará a raiz (parte mais grossa) voltada para baixo, e o caulinar a uma profundidade de 1 cm da superfície do substrato.

– Caso haja dúvida, sobre o lado correto do polo radicular, colocar a semente na posição horizontal.

– Regar a sementeira, imediatamente após a colocação das sementes, repetindo a cada dois dias, a fim de manter o substrato de areia levemente umedecido.

Germinação:

-As sementes iniciam a germinação após10 dias da semeadura, podendo se estender até cinco meses, sendo que aos 80 dias já ocorreu 70% da germinação.

Substrato para os balainhos:

– Terra de boa qualidade, Areia lavada, Esterco de gado bem curtido, na seguinte proporção 2:1:1.

– Adicionar 1,0 kg de Calcário e 200 g de Superfosfato triplo por metro cúbico, de substrato.

– Homogeneizar todos os ingredientes, e preencher os balainhos.

Repicagem para balainhos (Sacos plásticos):

– A repicagem deverá ser feita antes da abertura das primeiras folhas das plântulas, no chamado “ponto de palito”, para evitar a perda de água e queima das folhas.

– Só deverão ser repicadas para os, (balainhos), sacos plásticos, as mudas que apresentar caulículo e radícula em pleno desenvolvimento.

Repicagem das mudas para locais definitivos:

– As mudas estarão aptas para o plantio em seus locais definitivos, quando atingirem, em média, 30 cm de altura e apresentarem 16 folhas abertas. O tempo necessário para que isso ocorra, poderá variar de quatro a oito meses, após a repicagem para os balainhos.

– Os balainhos, ou seja: As embalagens plásticas recomendadas para esse tipo de planta são sacos de polietileno preto (19 cm x 28 cm e 2 mm de espessura), contendo furos para drenagem de água.

Aclimatação ao meio externo:

– As mudas produzidas em ambiente sombreados deverão passar por um processo de aclimatação gradativa à luz solar, antes de serem repicadas definitivamente.

– Para isso, no período que anteceder o repique, as mudas deverão permanecer de 15 a 30 dias a céu aberto.

Covas:

– A castanheira deverá ser plantada em covas profundas.

– O colo da muda deverá ficar rente ao nível do solo.

– Para enchimento da cova utiliza-se uma mistura de terra vegetal (da primeira camada do solo), geralmente de coloração mais escura, devido à concentração de húmus, acrescentando 10 litros de esterco de curral e 300g de Superfosfato triplo, 100g de cloreto de potássio e 100g de sulfato de amônia, totalmente homogeneizados.

– Para grandes plantações, utilizar somente o Superfosfato triplo, misturado ao solo retirado da cova.

– Realizar o plantio no início das chuvas da primavera.

Clima:

– Trata-se de uma espécie adaptada a climas tropicais e subtropicais, variando entre 24,0° e 28,0°C. Cuja umidade relativa do ar é considerada alta, girando  em torno de 80% e 87%, com variações bruscas durante os meses entre 66% e 91% . Com precipitações médias anuais, oscilando entre 1400 e 2800 mm.

– A planta não tolera ventos frios.

Solo:

– A castanheira tem acentuada preferência por solos argilosos e argilo-silicosos e  terras altas .

– Os solos para a cultura ou, plantio definitivo, devem ser profundos, bem drenados, de textura média, topografia levemente ondulada e livre de inundações.

– A planta apresenta melhor desenvolvimento em altura e diâmetro do tronco, quando cultivada em solos com pH levemente ácido.

Espaçamentos:

– O espaçamento e a densificação de plantas por hectare, depende da finalidade.

– Para sistemas consorciados com culturas perenes, o espaçamento recomendado é 12m x 12m, densidade de 70 plantas por ha.

– Para sistema onde se pretende produção de madeira, o espaçamento deverá oscilar em torno de 4 mx 4 m.

 Tratos culturais:

– Capinas ou roçadas em forma de coroamento, efetuadas em torno das plantas, duas vezes ao ano. À medida que a planta for crescendo, não será  mais necessário.

– Aplicação de 300 gramas de Superfosfato triplo, aplicação em cobertura no segundo e terceiro ano após plantio.

– Controle de pragas. A praga mais comum é a formiga saúva.

Floração frutificação e colheita:

– Em plantio realizado em campo experimental, a floração e frutificação da castanheira iniciaram-se 15 anos, após as plantas serem levadas a campo.

– A castanha do Pará, Geralmente, apresenta floração nos meses de outubro a dezembro, e frutificação de outubro a março.

Como fazer mudas de pequi – Quebra de dormência.

Como fazer mudas de pequi – Quebra de dormência.

Nome científico: Caryocar brasiliense.

Origem:  América do Sul, Brasil.

Características gerais:

– O pequizeiro é uma árvore típica, nativa do cerrado brasileiro.

– A semente envolta por uma poupa amarelada, com sabor e odor peculiar, é largamente consumida pelos povos da região, que a prepara: cozida no arroz, feijão, carnes, e também em formas de conservas, doces, licores, etc.

– Para acelerar a germinação das sementes que possui um tecido tegumentar espesso é necessário fazer a quebra de dormência.

Quebra de dormência:

– Colher o fruto e retirar as sementes.

– Deixar as sementes de molho em água por 4 a 5 dias, para facilitar a remoção da polpa amarela, comestível.

– Passado esse período a poupa já amoleceu o suficiente para ser removida com jato de água, até deixar a semente totalmente limpa.

– Em seguida deixar a semente secar em locais semissombreados por 2 a 3 dias.

– Na sequência as sementes deverão receber um tratamento por imersão, com ácido giberélico, facilmente encontrado em lojas agropecuárias.

Como preparar essa infusão:

Ingredientes:

– 1,0 gramas de ácido giberélico.

– Álcool.

– 4,0 litros de água.

Como preparar:

– Dissolver 1,0 gramas de ácido giberélico em álcool, o álcool deverá ser a medida suficiente para diluir totalmente o ácido, e em seguida adicionar os 4,0 litros de água.

– Homogeneizar totalmente essa mistura e mergulhar as sementes nessa infusão por 4 dias.

– Após os quatro dias, as sementes já estarão prontas para o plantio.

Plantio:

– Aconselha-se o plantio em sementeiras feitas em caixas plásticas com furos no fundo para drenagem de água.

– Encher as sementeiras com areia, (apenas areia, a ária facilita a drenagem de água).

– Enterrar as sementes com o olho do embrião para cima.

– As sementes deverão ficar soterradas com aproximadamente 3 cm de profundidade.

– Colocar as caixas plásticas com as sementes já plantadas, ao sol pleno.

– Regar de 2 a 3 vezes ao dia.

– Com dois meses a maioria das sementes já estará germinada.

– Após as mudas germinadas já poderão ser plantadas em balainhos, tubetes de plástico.

Substrato para os tubetes:

– 6 partes de terra de boa qualidade.

– 2 partes de esterco animal, totalmente curtido.

– 1 parte de areia.

Nota:

– Esses materiais deverão ser totalmente homogeneizados antes de serem colocados nos tubetes.

– As mudas deverão ser transferidas diretamente das sementeiras para os tubetes.

– Depois de transferidas para os tubetes, deverão ser irrigadas e mantidas sempre a sol pleno.

– As regas deverão acontecer sempre de 2 a 3 vezes ao dia.

Desenvolvimento das mudas:

– Entre 6 a 8 meses de idade, as mudas já deverão atingir aproximadamente meio metro de altura.

– O plantio para os locais definitivos deverão coincidir com o início da estação chuvosa do ano.

Colheita:

– A frutificação deverá iniciar por volta de 5 a 6 anos após o plantio.

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