Como fazer mudas de Ameixa.

Como fazer mudas de Ameixa.

Cultivo da ameixeira

Nome científico: Prunus serrulata

Origem: China, Japão

Propagação:

– Entre outros métodos, a ameixeira propaga-se geralmente, em escala não comercial, através de sementes. Inclusive, podem perfeitamente ser aproveitadas as mudas (rebentos),  que brotam das raízes descobertas, retirando-as e colocando-as em balainhos até que estejam totalmente pegas, para depois serem levados aos seus locais definitivos.

Propagação por sementes:

– Selecionar sementes de plantas vigorosas.

– Plantá-las em balainhos com solo rico em material orgânico.

– Os balainhos deverá permanecer em locais sombreados até o desenvolvimento das mudas.

– O solo dos balainhos deverá sempre ser mantido com boa umidade, sem encharcar.

– As sementes germinarão por volta dos trinta a quarenta dias.

– Após as mudas atingirem uma altura de vinte a trinta centímetros poderão ser levadas a campo.

– Antes das mudas ser transplantadas em seus locais definitivos deverá ser feita a aclimatação gradativa das plantas.

Solo para o plantio em local definitivo:

– A ameixeira deverá ser cultivada em solos argilo-calcários, arigilo-silicosos e sílico-argilosos, permeáveis, muito bem drenados, com boa aeração, e acima de tudo profundos (superiores a 1,5 metros).

– É necessário que se faça análise de solo para determinar o pH, que deve girar em torno de 6 a 6,5.

– A correção do solo deverá ser feita com calcário e gesso, por cobertura, dependo da análise feita a cada dois anos..

– A análise também irá determinar a adubação química (NPK) feita geralmente antes do período produtivo das plantas.

Preparação das covas:

– As covas deverão ser preparadas com 30 dias de antecedência, antes de receber a muda definitiva.

– Abrir covas de 60 x 60 x 60 centímetros, separando o solo da superfície que é o mais rico em material orgânico.

– Adicionar ao solo removido: 20 a 30 litros de esterco animal bem curtido, 1 kg de calcário dolomítico, 300 gramas de fósforo, 30 gramas de bórax, 60 gramas de potássio.

–  Levar as mudas para as covas, de preferência no período chuvoso do ano.

– Após início da brotação da muda, poderá iniciar a aplicação de adubação gradativa de cobertura por adubo químico pelo menos três vezes ao ano. (NPK – Formulação rica em nitrogênio).

Tratos culturais:

– Podas de formação da planta.

 Podas de frutificação:

– Em regiões onde o inverno é pouco rigoroso, a brotação de folhas e floração é mais precoce, sendo a época mais indicada para a poda, o mês de julho.

– Em regiões onde o frio é rigoroso, (com neve e geada), a planta naturalmente retarda o início da produção, e a poda deverá também ser atrasada até o aparecimento das primeiras folhas e botões florais.

Como fazer mudas de fruta do conde – pinha

Como fazer mudas de fruta do conde – pinha

Propagação por sementes

– Selecionar frutos perfeitos de plantas saudáveis, vigorosas, sem doenças e que apresentem uniformidades.

– Extrair as sementes dos frutos bem maduros.

– As sementes deverão ser lavadas em água corrente em seguida deverão ser levadas para locais bem arejados, à sombra, e colocadas sobre jornais para  secarem por 3 a 4 dias.

– Passado esse período, poderão ser semeadas em sementeiras ou, em balainhos.

– O solo para preenchimento dos balainhos, deverá ser rico em material orgânico, além de apresentar boa aeração. (três partes de terra para uma parte de esterco animal bem curtido)

– Para regiões onde a incidência do sol é elevada, devem-se acomodar os balainhos em locais sombreados, embaixo das copas das árvores, tela para sombreamento com 50% de proteção ou, cobertura com ripas, varas, bambus, folhas de coqueiro, sapé, capim ou qualquer outra cobertura que propicie este sombreamento desejado.

– Colocar de duas a três sementes por balainho, enterrando aproximadamente a um centímetro de profundidade.

– Regar de 1 a 2 vezes por dia, para que o substrato fique úmido todo o tempo, mas sem encharcar.

– O nascimento das sementes ocorrerá dentro de 20 a 30 dias, dependendo da temperatura e da época em que foram semeadas.

– Caso todas as sementes venham a nascer, fazer o desbaste deixando apenas a plantinha mais vigorosa.

– As mudas estarão prontas para irem para o campo, após 18 meses, a partir da semeadura.

Plantio:

– Depois de bem aclimatadas ao sol, a melhor época para serem levadas para os pomares definitivos, são os períodos mais chuvosos do ano, quando a planta dificilmente entrará em estresse, motivada pela mudança brusca de habitat . Porém, caso necessário, havendo disponibilidade de irrigação, esse processo poderá ser realizado em qualquer época do ano.

Solo dos pomares:

–  O solo para o cultivo da fruta-do-conde deverá  apresentar textura leve, bem drenado, rico em matéria orgânica, profundo e ligeiramente ácido.

– Com antecedência de aproximadamente 30 dias antes do plantio definitivo, preparar covas de 60 x 60 x 60 centímetros, com espaçamentos que podem variar de 4 x 2 metros.

– Adubação da cova:

Misturar ao solo das covas 20 litros de esterco de curral curtido, adicionando ainda 0s micronutrientes abaixo relacionados, à terra retirada da superfície, que logo após  bem homogenizada, deverá voltar para dentro do buraco:

– 600 gramas de superfosfato triplo.

– 200 gramas de cloreto de potássio.

– 200 gramas de calcário dolomítico.

– Dependendo ainda da análise de solo, acrescentar também dez gramas de bórax e 20 gramas de sulfato de zinco, caso esses micronutrientes apresentem-se em quantidades insuficientes no solo.

Clima:

– Planta de clima tropical.

– Não tolera geadas, nem baixas temperaturas.

Tratos culturais:

– Fazer podas de formação das plantas.

– Averiguar semanalmente o pomar para detectar incidência de ataques de pragas como: brocas, ácaros e cochonilhas.

– Fazer coroamento no tronco de cada planta para evitar a concorrência com as ervas invasoras.

– Fazer suplementação de adubação de cobertura com esterco de gado curtido, e adubação química (NPK) dependendo da análise do solo, enquanto a planta estiver em processo de crescimento, ( a cada dois meses, no período chuvoso).

Características gerais:

– Fruto rico em vitamina C e do complexo B, proteínas, carboidratos, cálcio, fósforo e ferro.

Tratamento das Doenças;

O controle de doenças que poderão ocorrer poderá ser feito com pulverizações semanais utilizando-se calda bordalesa ou calda sulfocálcica (1 Kg de cal + 1 Kg de cobre diluídos em 100 litros de água).

Observações:

– As mudas enxertadas são as mais indicadas para o plantio em escala comercial, pois passaram por um processo rigoroso de seleção de matrizes produtivas, resistência ao ataque de pragas, precocidade, além de  apresentarem grande conformidade entre elas.

– Plantações formadas através de sementes, são mais vulneráveis ao ataque de doenças e pragas, demoram mais tempo para o início da produção, além de formarem pomares heterogêneos

Como fazer mudas – pelo método da mergulhia

Como fazer mudas –  pelo método da mergulhia

Propagação de plantas por Mergulhia

A mergulhia é uma técnica de propagação vegetativa, reprodução assexuada de plantas bastante semelhante à estaquia.

O método consiste em enterrar um ramo ainda preso à planta matriz, para que o mesmo enraíze, obtendo assim uma muda com características iguais a planta mãe.

Como proceder:

Veja a figura ilustrativa:

 

 

 

 

 

 

1-      Escolher um ramo bastante flexível e que alcance o solo sem grandes dificuldades para não se quebrar.

2-      Depois do ramo selecionado, fazer um teste prático, encostando-o no solo, para se ter a ideia exata, de onde fazer o anelamento do seu caule, observando que o ponteiro do ramo terá que ficar para fora da terra.

3-       Fazer o anelamento do ramo em toda a sua circunferência, removendo de 2 a 3 centímetros a casca. O anelamento deverá ser feito exatamente no local onde o ramo ficará enterrado.

4-      Cavar um buraco no solo de uns dez centímetros de profundidade, abaixar o ramo até o solo, dentro do buraco, colocar um peso sobre o ramo, ou amarrá-lo a uma estaca, para que ele permaneça fixo no local, observar que a parte anelada  esteja bem no centro do buraco, enterrar o caule do ramo, deixando o ponteiro livre.

5-      Regar constantemente, mantendo o solo umedecido, sem encharcar, até ocorrer o enraizamento, que será perceptível ao vê-lo emitindo brotos e folhas novas.

6-       Cortar o ramo anteriormente à parte enterrada, desenterrar a muda com cuidado para não machucar o seu sistema radicular, transplantando-a em balainho adequado, observando o tamanho da muda.  O substrato deverá ser rico em material orgânico. Como se trata de uma planta ainda muito sensível, o balainho deverá ser colocado em local sombreado, mantendo o solo sempre umedecido em encharcar. (O processo de enraizamento se dará da seguinte forma: A seiva bruta sobe pelos vasos lenhosos do tronco e galhos da planta  para ser trabalhada nas folhas pelo processo da fotossíntese, ao se transformar em seiva elaborada, desce pela casca para alimentar toda a estrutura da planta, no caso do anelamento, onde o caminho do retorno foi truncado, haverá um grande depósito de seiva elaborada e o acúmulo desse suprimento na região do corte, em contato com o substrato umedecido,  com o passar do tempo, dará o início do processo de enraizamento do galho. Mesmo porque aquele ramo que está ameaçado de morte, tentará tudo para sobreviver, e uma de suas saídas é emitir raízes para conseguir sua independência. A vida anda por esses caminhos).

7-      Ao perceber que a muda no balainho, já esta pega, emitindo brotos e folhas novas, fazer a aclimatação gradativa ao sol, até que ela fique completamente pronta para ser transplantada em seu local definitivo.

Como fazer mudas – Multiplicação de plantas pelo método da Alporquia.

Como fazer mudas – Multiplicação de plantas pelo método da Alporquia.

Multiplicação de plantas por Alporquia.

– Alporquia é uma técnica de multiplicação vegetativa em plantas difíceis de enxertar, utilizada principalmente em alguns casos onde o método da estaquia não proporciona resultados satisfatórios.

– O método da Alporquia consiste em fazer a indução, para se obter o enraizamento de um ramo quando ele ainda está preso à planta matriz que se deseja multiplicar.

– Na realidade, a Alporquia é uma variação do método da mergulhia, (outra técnica de propagação vegetativa de plantas que não aceitam bem a enxertia).

Alporque em ramo de jabuticabeira.

Como proceder:

1-      Selecionar um ramo saudável, com 1 a 3 cm de diâmetro, de uma planta adulta que já esteja em processo de frutificação.  (Pois esse ramo irá levar consigo essa informação, e assim que a nova muda estiver plantada em seu local definitivo irá iniciar a sua produção no primeiro ou segundo ano de vida).

2-      Fazer um anelamento de 1 a 2 cm de largura, em toda a circunferência do ramo escolhido,  para retirada da casca. (Para o anelamento e retirada da casca usar uma lâmina afiada: faca, canivete, estilete, etc.).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3-      Cobrir envolvendo as proximidades da parte anelada (aproximadamente 8 centímetros para cima e para baixo, da região cortada), com um material úmido que retenha bem a água, por exemplo: sphagnum, mistura de esterco e serragem molhada, etc. Em seguida, encapsular esse  material umedecido, apertando-o junto ao ramo com plástico transparente, cujas pontas devem ficar  bem amarradas e presas junto ao caule do ramo.  (O processo de enraizamento se dará da seguinte forma: A seiva bruta sobe pelos vasos lenhosos do tronco e galhos da planta  para ser trabalhada nas folhas pelo processo da fotossíntese, ao se transformar em seiva elaborada, desce pela casca para alimentar toda a estrutura da planta, no caso do anelamento, onde o caminho do retorno foi truncado, haverá um grande depósito de seiva elaborada e o acúmulo desse suprimento na região do corte, em contato com o substrato umedecido,  com o passar do tempo, dará o início do processo de enraizamento do galho. Mesmo porque aquele ramo que está ameaçado de morte, tentará tudo para sobreviver, e uma de suas saídas é emitir raízes para conseguir sua independência. A vida anda por esses caminhos).


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4-      Ao perceber o enraizamento satisfatório do ramo, através do plástico transparente, o galho deverá se cortado, logo abaixo onde fora colocado o substrato amarrado.

5-       Remover com cuidado apenas o plástico, devendo permanecer o substrato junto com as raízes. Como se trata de uma muda ainda em estado de fragilidade, deverá ser plantada num balainho adequado, colocá-la em local sombreado, e manter o substrato sempre umedecido, até o seu pegamento.

6-       Quando a planta apresentar-se mais robusta, com brotação e emissão de folhas novas deve ser aclimatada aos poucos ao sol, até estar em condições de ser levada para o seu local definitivo.

Vantagem:

Nos casos em que mudas são feitas através de sementes demoram até dez anos para iniciar a sua produtividade, esse método reduz significativamente esse tempo para um ou dois anos, desde que a planta que irá fornecer a nova muda, esteja em plena atividade produtiva.

Como fazer mudas – Viveiro – Produção de mudas de árvores.

Como fazer mudas – Viveiro –  Produção de mudas de árvores.

Produção de mudas de árvores nativas – Viveiro

A produção de mudas de árvores poderá ser feita de variadas formas, desde que se consiga um mínimo de sombreamento capaz de não permitir que o broto da semente ao germinar, se desidrate e morre com o calor abrasador do sol, por volta do meio dia.

Esse ambiente poderá ser conseguido em:

– Debaixo de árvores frondosas.

– Sob a proteção de ripados.

– Sob cobertura de folha de coqueiros.

– Cobertura feita com sombrites.

– Plantar árvores é tão fácil e simples. Basta apenas ter um pouquinho de dedicação.

– É só separar as sementes dos frutos que você consome, ou coletá-las ainda nas árvores que se deseja reproduzir.

– Geralmente tira-se a poupa, ou abrem-se as vagens e deixam-nas de uma a duas semanas, esparramadas sobre jornais, em locais sombreados, secos e ventilados para depois plantá-las. Exceto os casos em que se faz necessário a quebra da dormência.

– Em seguida podem ser plantadas em balainhos, geralmente com substrato rico em matéria orgânica.

– Em regra geral, as sementes devem ser enterradas com uma camada de solo não superior a sua espessura

– O substrato deve ser bem molhado logo depois de receber a semente.

– Os balainhos devem ser colocados em locais sombreados e arejados, e devem ser mantidos com o solo sempre bem umedecido sem encharcamento.

– Dependendo da semente, em uma semana já estará germinada.

Obs.

– Você pode plantar suas sementes diretamente no solo, mas o uso do balainho facilitará o transplante e o pegamento da muda em seu local definitivo, visto que suas raízes já estão fixadas no torrão de substrato.

– Veja o exemplo deste viveiro de mudas, coberto com sombrite,  que usa um tipo de embalagem de plástico rígido, reciclável, chamada tubetes. E que num pequeno espaço, produz milhares de mudas anualmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Viveiro de mudas de árvores nativas do centro-oeste brasileiro.

 Você não necessariamente precisará ter um viveiro igual a esse. Se o seu desejo é produzir mudas para o seu uso, basta ter um cantinho reservado em seu quintal, ou jardim, e um pouquinho de iniciativa para produzir suas espécies preferidas.

Caso você não dispõe de espaços suficientes para plantar todas as mudas que porventura produzir, presenteie seus amigos que  gostam da natureza e que tem locais específicos, adequados para elas.

Faça isso e deixe sua marca registrada na biodiversidade do nosso planeta.

A vida irá lhe agradecer e retribuir apenas por isso.

As pequenas ações somadas fortalecem as grandes iniciativas.

Para ver um vídeo mais detalhado deste viveiro de mudas clicar aqui

 

Como fazer mudas – Viveiro de mudas de árvores nativas.

Como fazer mudas – Viveiro de mudas de árvores nativas.

Grande parte da fauna selvagem, alimenta-se exclusivamente de frutos e sementes silvestres.

Se você gosta da vida, e faz questão de viver bem e em paz, provavelmente já se deu conta de que nada sobrevive sozinho,  percebeu então,  o quanto dependemos das coisas simples da natureza. Mesmo porque, já compreendeu que tudo está intimamente relacionado e interligado, e nós, os seres humanos “considerados inteligentes”, jamais poderemos sobreviver sem o suporte básico, fantástico, dessa biodiversidade que nos é oferecida diariamente, e que nem sempre a notamos.

Assim sendo, nós que já compramos essa idéia de preservação, poderemos perfeitamente dar uma mãozinha à natureza, plantando sementes de árvores frutíferas. Cada quintal, cada terreno poderá corretamente ostentar algumas espécies de plantas que produzirão frutos.

O que atrai animais e passarinhos silvestres é comida. Veja como os pássaros estão migrando para as cidades, em busca de alimento.

Plantar uma árvore é tão fácil e simples. Basta apenas ter um pouquinho de dedicação.

È só separar as sementes dos frutos que você consome e colocá-las na terra, em condições ideais de umidade e luminosidade, num solo fértil.

Para facilitar o transplante dessa muda que você pretende fazer, é necessário que ela esteja dentro de um balainho, que poderá ser feito com um saquinho de plástico, uma embalagem tretra pak, ou qualquer outra vasilha perfurada, para drenagem de água.

Veja o exemplo deste viveiro de mudas, que usa um tipo de embalagem de plástico rígido, reciclável, chamada tubetes. E que num pequeno espaço, produz milhares de mudas anualmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Viveiro de mudas de árvores nativas do centro-oeste brasileiro.

Você não precisa ter um viveiro como esse. Basta ter um cantinho reservado em seu quintal, ou jardim, e um pouquinho de iniciativa para produzir suas mudas.

Caso você não tenha espaços suficientes para plantar todas as mudas que porventura produzir, presenteie seus amigos que tem locais específicos, adequados para elas.

Faça isso e deixe sua marca registrada na biodiversidade do planeta.

A vida irá lhe agradecer apenas por isso.

As pequenas ações somadas, fortalecem as grandes iniciativas.

Para ver um vídeo mais detalhado deste viveiro de mudas clicar aqui

 

Como fazer mudas – Enxertia pelo método de garfagem.

Como fazer mudas – Enxertia pelo método de garfagem.

A enxertia é o método onde se juntam duas plantas da mesma família, para formar uma única planta. Realmente  é um método curioso de propagação vegetativa geralmente utilizada na obtenção de mudas de frutíferas, cada vez mais selecionadas para uma fruticultura em crescente demanda de pordutividade.

A técnica consiste basicamente em juntar os tecidos de duas plantas distintas, que de forma geral, pertencem a mesma espécie. (Exemplo: as frutas cítricas).

As exigências entre essas duas plantas denominadas de: enxerto e porta-enxerto são as seguintes: O porta-enxerto, (Base, também denominado cavalo), que irá formar o sistema radicular da planta, deverá apresentar raízes vigorosas, resistentes a doenças e nematóides. Enquanto que o enxerto, (a parte aérea, também denominada topo), que irá formar a copa, deverá apresentar-se produtiva, resistente a doenças como o cancro cítrico e a leprose dos citros.

O uso da enxertia é amplamente difundido na fruticultura, onde se aproveita a rusticidade do cavalo e o potencialidade produtiva do enxerto.

Com a enxertia é possível produzir em escala comercial mudas de: laranja, limão, ponkan, manga, uva, tomate, pêssego, entre tantas outras.

O propósito da enxertia é juntar as melhores características de duas plantas em uma só!

Como fazer uma enxertia pelo método de garfagem.

ver ilustração abaixo

 

 

 

 

 

 

A enxertia pelo método de garfagem é mais indicada em plantas de folhas caducas, aquelas que perdem as folhas no inverno como: a videira, o pessegueiro e a nectarina.

O ideal é utilizar estacas que não ultrapassem diâmetro externo de 2 cm, pois galhos muito grossos possuem pouca chance de sucesso.

Como Fazer Mudas – pelo método da estaquia (estacas)

Como Fazer Mudas – pelo método da estaquia (estacas)

A multiplicação de plantas pelo método da estaquia caracteriza-se em enterrar: galhos, ramos, folhas, de uma planta que se deseja propagar. Obtendo-se assim, novas mudas, a partir do enraizamento dessas estacas.

A estaquia é um meio de reprodução assexuada (propagação vegetativa) cujos resultados são cópias fiéis da planta mãe.  Sendo utilizada geralmente na produção de frutíferas e ornamentais, sempre utilizando-se das melhores matrizes para se obter resultados perfeitos.

A maioria das plantas podem ser propagadas pelo método da estaquia, mas, nem todos os vegetais são passivos desse tipo de reprodução. A biodiversidade é extensa, com plantas de estrutura diferenciadas e não dá para generalizar por apenas um procedimento de disseminação. Cada planta apresenta um método mais apropriado.

 A estaquia é um processo relativamente fácil.

– Cortar ramos entre 5 a 30 centímetros de comprimento, formando as estacas. (O tamanho dependerá da planta que se deseja reproduzir).

– Desfolhar a base da estaca para estimular a formação das raízes, (As raízes brotarão nas bases das folhas retiradas).

– Enterrar as estacas em substrato adequado: (húmus, terra, fibra de coco, areia etc.).

– Há casos de plantas que as raízes desenvolvem melhor em água, e a muda só passará para o solo, depois de totalmente enraizada. (um exemplo específico são as dracenas).

Tipos de estacas

Estacas de ramos semi-lenhosos, (apresentam-se tenras na ponta e firmes na base).

Utilização para plantas ornamentais, (propagação de plantas arbustivas).

– Estacas de ramos lenhosos ( apresentam-se firmes, lignificados).

Utilização para árvores frutíferas, arbustos e roseiras. Para as plantas que entram em dormência no inverno.  Recomenda-se retirar as estacas quando as plantas apresentarem-se sem as folhas, próximo ao período da rebrota.

– Estacas de folhas

Utilização principalmente nas suculentas (Plantas ornamentais). Onde as folhas serão enterradas para rebrota na sua base, conseguindo-se assim novas plantas. (Exemplo: Violetas africanas).

Em alguns casos específicos, o uso de hormônios enraizadores (em geral auxinas), ajudam a melhorar a formação de raízes nas estacas. Como exemplo: as estacas das azaleias.

Como fazer mudas de figo da índia

Como fazer mudas de figo da índia

 Nome científico: Opuntia fícus-indica

Origem: desertos do México

Considerações gerais:

O figo da índia é uma fruta exótica, pertence à família dos cactos. E como todo cacto, que para suportar ambientes inóspitos, como o clima dos desertos, transformou suas folhas em espinhos e seu tronco em grandes armazéns de água. Para tolerar longos períodos de estiagem, não perdendo líquidos no processo da fotossíntese.

Propagação:

– A propagação pode ser feita através de sementes, mas o método mais utilizado é o da estaquia das palmas.

– Na propagação por sementes o ciclo de frutificação demora em média, cinco anos para iniciar, enquanto que, por estaquia das palmas, o início da produtividade  dar-se-á por volta dos três anos.

– Por tratar-se de plantas extremamente rústicas, não haverá necessidade de adubação, nem de defensivos.

Método da estaquia:

– Coletar as estacas (palmas) maduras, após o período de frutificação.

– Enterrar as estacas no solo até a sua metade. Dê preferência à estação chuvosa para facilitar o enraizamento e a brotação.

Clima:

– A planta adapta-se perfeitamente aos climas tropicais e subtropicais secos.

– Suporta a estação fria, solos fracos e prolongadas estiagens.

– Sua produção ocorre o ano inteiro com picos entre dezembro e março.

Utilização:

– O fruto é muito apreciado para o consumo in natura.

– O fruto também poderá se transformar em sucos e geléias.

– O fruto em seu País de origem, é muito consumido como digestivo.

– No Nordeste, suas palmas são utilizadas como opção de forrageira, na alimentação do gado e outros animais domésticos, no período das grandes secas.

Propriedades medicinais:

– Fruto rico em  vitaminas A e C e cálcio.

Notas:

– Para lidar com essas plantas se faz necessário o uso de luvas de segurança,  em virtude dos espinhos quase invisíveis.

– Depois da ocorrência das floradas, o fruto leva 120 dias para amadurecer, quando a casca passa da tom verde para laranja ou, vermelha.

Como fazer mudas de Caju

Como fazer mudas de Caju

Nome científico: Anacardium occidentale L

Origem: Brasil

Propagação:

– A proliferação do cajueiro geralmente é feita através de sementes.

– O plantio poderá ser feito em viveiros (balainhos – sacos de polietileno), ou semeadura direta da castanha na cova.

– No caso de utilizar balainhos, enterrar duas castanhas a um profundidade média de 3 centímetros.

– Caso todas as sementes nasçam, fazer o desbaste, deixando apenas a planta mais vigorosa.

Plantio:

– O plantio deverá coincidir com o início da estação chuvosa, para a planta aclimatar-se mais facilmente ao novo ambiente, com mudas previamente preparadas em viveiros.

– Abrir covas de 50 x 50 x 50 centímetros, deverá ser incorporado ao solo da cova: 20 litros de esterco bovino bem curtido.

– Retirar a muda do balainho com cuidado, a fim de não danificar o sistema radicular da planta. Acomodar a muda no centro da cova.

– Para direcionar o crescimento do cajueiro, enterrar tutores de um metro de altura, junto ao seu caule, amarrando em seguida a muda à essa estaca.

– O cajueiro é muito sensível a temperaturas baixas e não tolera geada.

– O espaçamento mais utilizado entre plantas é de 10 metros.

 

Solo:

– Embora a planta adapta-se facilmente em qualquer tipo de solo, o mais adequado é o solo tipo leve.

– Solos argilosos, também poderão ser utilizados desde que o terreno tenha boa drenagem.

Clima:

– O clima ideal para a cultura do cajueiro, são as regiões onde a temperatura média é de 27 ºC

Tratos culturais:

– Poda  apenas de formação no cajueiro.

– Retirar todas as brotações laterais no caule até meio metro do solo.

– Capinas em forma de coroamento para evitar a concorrência e o sufocamento da muda pelas ervas daninhas,  limpando a área de projeção da copa.

– Aplicar cobertura morta ao redor do tronco de cada planta para manter a umidade do solo e controlar o ataque das ervas invasoras.

– Na estação seca, no primeiro ano de vida, irrigar com dez a 15 litros de água por planta, semanalmente.

Adubação:

– Fazer adubação de cobertura com 20 litros de esterco animal bem curtido, em cada planta, anualmente. Isso será suficiente para melhorar a composição orgânica do solo.

– Para aplicação de adubos químicos e corretivos de ph, será necessário fazer análise de solo.

Características Gerais:

– O cajueiro é uma planta rústica, pouco exigente e de fácil manejo e poderá ser cultivada em várias regiões do País onde apresentam clima quente e seco,

– A cultura do caju poderá ser consorciada com a apicultura, cujas abelhas colaboram para a polinização das flores do cajueiro.

– No nordeste concentra o maior volume de produção do fruto no País, principalmente nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia.

– A variedade enxertada do “caju-anão”, é precoce, cuja frutificação iniciará a partir do primeiro ano.

Obs.

– O fruto verdadeiro do cajueiro é a sua castanha, que torrada gera a amêndoa rica em proteína, lipídios, gordura insaturada, fibras e vários outros nutrientes.

– O caju, a parte carnosa, é um pseudofruto, pois é apenas o pedúnculo da castanha. Pode ser consumido in natura, ou em forma de  sucos, sorvetes, doces cristalizados, compotas, licores, etc.  Rico em vitamina C, cálcio, fósforo e ferro.

Uso  medicinal:

– O caju é considerado diurético e anti-inflamatório.